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Estado de Minas SOLIDARIEDADE

Hospital da Baleia pede ajuda para manter tratamentos oncol�gicos

Campanha mostra hist�rias como a da menina Lara Rafaely, em tratamento contra o c�ncer desde abril


01/12/2020 17:06 - atualizado 01/12/2020 19:53

 
Lara Rafaely é uma das pacientes que estampam a campanha para ajudar a arrecadar recursos para o Hospital da Baleia(foto: Hospital da Baleia/Divulgação )
Lara Rafaely � uma das pacientes que estampam a campanha para ajudar a arrecadar recursos para o Hospital da Baleia (foto: Hospital da Baleia/Divulga��o )
No fim de mar�o, Lara Rafaely, de 12 anos, come�ou a reclamar de fortes dores na perna esquerda e a andar com dificuldades. Depois de procurar o posto de sa�de de Itabirito, onde foram feitos cinco raios X que n�o acusaram nada, a m�e da menina, Cristiane Barreto, a levou at� o Hospital Jo�o XXIII, onde descobriu um tumor e recebeu o diagn�stico de osteossarcoma, tipo de c�ncer que atinge os ossos. 

Ap�s passar 10 dias internada, Lara foi transferida para o Hospital da Baleia. Desde abril, � na unidade que ela faz seu tratamento oncol�gico. A cada 15 dias, ela viaja de Itabirito para BH para fazer as sess�es de quimioterapia. At� o momento j� foram 23 e uma cirurgia na perna, em que o tumor foi retirado e implantada uma endopr�tese, evitando uma amputa��o. 

� para continuar ajudando pacientes como Lara que o Hospital da Baleia lan�ou, nesta ter�a-feira (01/12), em que � celebrado o Dia de Doar – data que incentiva as pessoas a praticarem gestos de solidariedade –, uma campanha para arrecada��o de recursos, com o tema ‘A pior doen�a � a falta de solidariedade. Doe, a cura come�a em voc�’. A hist�ria dela � uma das que estrelam a mobiliza��o.

“O que a gente quis mostrar com essa campanha � que, na realidade, n�o existe uma pior doen�a. Todas elas s�o muito ruins, mas pior do que isso � a pessoa n�o conseguir ter empatia, um olhar para o outro. E a gente precisa continuar contando com o apoio da popula��o”, explica Adriano Ayres, gerente de comunica��o do Hospital da Baleia. 


“Todo ano essa campanha acontece, geralmente, entre outubro e dezembro. �s vezes estendemos at� janeiro. O objetivo � estimular a doa��o que hoje representa 30% da receita do hospital. O Baleia sobrevive das doa��es porque 95% dos pacientes atendidos vem do SUS. E ele tem uma tabela defasada de 20 anos. Por isso muitas pessoas perguntam como n�s conseguimos manter esse n�mero de atendimentos”, ressalta. Segundo ele, todos os anos s�o feitos, em m�dia, 1,2 milh�o de atendimentos a pacientes de 88% dos munic�pios mineiros. 

Novo diagn�stico


O tratamento no Hospital da Baleia tem sido essencial para Lara. Desde que descobriu a doen�a, ela tem feito as atividades escolares no hospital. Ela est� no 4° ano do ensino fundamental. Semanalmente o padrasto retira as atividades na escola. “Eu trago para o hospital e ela vai fazendo de acordo com a sua disposi��o. � bom para passar o tempo, apesar da rotina aqui ser bem puxada.” 

Prestes a concluir as sess�es de quimioterapia, um novo diagn�stico: n�dulos surgiram no pulm�o. Uma nova cirurgia deve ser realizada, mas ainda sem data e um novo tratamento iniciado. “O pior momento � sempre o do diagn�stico. Sofri muito quando descobrimos a doen�a e est�vamos bem felizes com o fim da quimioterapia. Mas, infelizmente, recebemos esse novo diagn�stico da met�stase no pulm�o. � mais um diagn�stico sofrido e dif�cil de superar”, confessa Cristiane.

“Ao mesmo que estou chateada, triste, agrade�o a Deus pela minha filha ter a oportunidade de tratar. Muitas crian�as acabam n�o resistindo � doen�a. Espero que tudo d� certo e que logo minha filha fique curada.”   
Ela conta que desde o in�cio do tratamento da filha, a rotina da fam�lia foi totalmente alterada. “Toda semana arrumo mala e desfa�o mala. Tudo � muito cansativo, mas necess�rio. A semana que estou em casa s� quero ficar curtindo os meus filhos, brincando com eles. E, gra�as a Deus, no per�odo em que estamos no hospital sei que os meus outros filhos est�o bem, pois tenho muito apoio do meu marido.”

A m�e revela, tamb�m, que Lara fez muitas amizades durante os per�odos de interna��o. "Na verdade, o clima aqui n�o � de hospital. Todos n�s estamos em um momento dif�cil, lidando com doen�a, mas n�o tem tristeza. Me sinto em casa", afirma.  

Como toda m�e, o sonho de Cristiane � ver a filha curada. J� Lara quer conhecer uma youtuber. "Meu sonho � conhecer a Camila Loures, gravar um v�deo com ela", conta a garota.

Campanha 

As doa��es s�o fundamentais para tratamentos complexos como o de Lara. “Para conseguir manter esses atendimentos, n�s sempre trabalhamos com campanhas de doa��o, ao longo de todo o ano. Mas, essa � a maior campanha que fazemos, perto do Natal, em que as pessoas est�o mais sens�veis e abertas a doar”, ressalta. 

Ayres explica que um paciente do SUS que fica internado no hospital custa, em m�dia, de 1800 a 2000 reais e o sistema paga � entidade apenas 478 reais. “S� � poss�vel manter esse paciente internado no CTI, com a ajuda da popula��o”. J� uma consulta custa, em m�dia, R$62 e o hospital recebe do SUS somente R$20. 

O hospital possui 30 especialidades m�dicas e t�m como refer�ncias os Centros de Oncologia Adulta e Pedi�trica, Nefrologia (Hemodi�lise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Bari�trica e Metab�lica, al�m do Tratamento e Reabilita��o de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare). 

Doa��es

“N�s recebemos de centavos, recolhidos em drogarias e supermercados at� doa��es de grandes empresas e pessoas f�sicas”, afirma Ayres.

No site ï¿½ poss�vel fazer doa��es de valores fixos ou escolher o quanto quer contribuir. H�, ainda, a possibilidade de usar cart�es de cr�dito, d�bito, boleto banc�rio, d�bito em conta, doar mensalmente ou em parcela �nica. No site do Hospital da Baleia, existem tamb�m op��es para quem quiser ajudar de outros modos.

“Antes de doar � super importante as pessoas acreditarem na doa��o. N�s recebemos alguns questionamentos se o dinheiro doado � mesmo recebido. As duas institui��es que arrecadam o troco para n�s s�o ser�ssimas. A pessoa ao doar recebe um cupom n�o fiscal, ent�o esse dinheiro nem vai para o caixa da drogaria ou supermercado. Ele � diretamente enviado para o Hospital da Baleia e faz toda a diferen�a. Mas, se ainda assim, as pessoas ficarem com d�vidas podem entrar em contato com a gente. N�s sempre fazemos a presta��o de contas”, finaliza Ayres. 

* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria


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