
O retorno �s aulas presenciais em institui��es federais de ensino teve ontem o sinal verde e, logo na sequ�ncia, o vermelho. O Minist�rio da Educa��o (MEC) publicou no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) portaria determinando a reabertura das institui��es superiores de ensino sob a tutela da Uni�o a partir de 4 de janeiro. A rea��o e mobiliza��o de reitores, diretores e da comunidade acad�mica em geral foi imediata, obrigando a pasta a recuar na decis�o logo no in�cio da tarde, diante da repercuss�o negativa da medida.
A Portaria 1.030 condicionava o retorno ao protocolo de biosseguran�a instaurado em julho e permitia o uso de tecnologias digitais complementares, “em car�ter excepcional, para integraliza��o da carga hor�ria das atividades pedag�gicas”, permitindo a totalidade do ensino remoto apenas em cidades onde as atividades letivas presenciais est�o suspensas por determina��o de autoridades locais. “Temos mais de 300 c�mpus universit�rios em mais de 250 cidades, com realidades muito distintas. A situa��o n�o seria simplificada em uma portaria de quatro artigos. � preciso haver reflex�es maiores e estudos mais cuidadosos, o que estamos fazendo neste momento”, diz o vice-presidente da Associa��o Nacional dos Dirigentes das Institui��es Federais de Ensino Superior (Andifes), Marcus David, reitor da Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF, na Zona da Mata mineira.
A portaria estava fadada a criar situa��es controversas, determinando a reabertura de algumas institui��es, e deixando outras de portas fechadas. � o caso de Belo Horizonte, que abriga a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Centro Federal de Educa��o Tecnol�gica de Minas Gerais (Cefet-MG). A Prefeitura logo se manifestou: “A suspens�o de que trata o Decreto 17.435 (referindo-se � legisla��o municipal) n�o faz distin��o sobre o ente respons�vel pela gest�o do estabelecimento que esteja localizado em Belo Horizonte”.
O que criaria uma situa��o inusitada no Cefet, por exemplo, com seus 11 c�mpus, dos quais apenas dois ou tr�s poderiam abrir. “Temos c�mpus em v�rios munic�pios do estado. BH n�o pode retornar, mas em Varginha, por exemplo (Sul de Minas), a prefeitura liberou. O problema � que o Cefet tem calend�rio �nico. Temos procedimentos gerais, processos de vestibular e todos ingressam ao mesmo tempo. Voltar em um munic�pio ou outro compromete significativamente o funcionamento”, explica o diretor, Fl�vio Santos. “Defendemos o retorno unificado, assim que as autoridades, �rg�os e colegiados deliberarem. E tudo ser� feito com cautela.”
Em nota � comunidade assinada pela reitora Sandra Goulart Almeida e seu vice, Alessandro Moreira, a UFMG tamb�m mant�m a suspens�o das atividades presenciais nos c�mpus de BH e Montes Claros (Norte do estado). A universidade ressalta que “elaborou um Plano de Retomada de Atividades n�o adapt�veis ao modo remoto em quatro etapas, com previs�o de retorno gradual, lento e escalonado”, dependendo das condi��es de controle da pandemia e segundo os protocolos de biosseguran�a da UFMG.
Autonomia
Para Marcus David, uma combina��o de fatores levou ao fiasco da portaria, prontamente recha�ada pela Andifes que, coincidentemente ontem e hoje est� em reuni�o de reitores. “Efetivamente, n�o � o momento de retorno generalizado das atividades presenciais em fun��o do recrudescimento da crise sanit�ria”, aponta. O segundo fator, de acordo com o reitor, foi tomar uma decis�o sem debate pr�vio, passando ainda por cima da autonomia universit�ria. “Mas o mais grave na nossa avalia��o � p�r em risco estudantes e trabalhadores. As universidades est�o cumprindo papel fundamental ao contribuir com o enfrentamento da pandemia. Pusemos � disposi��o nossa estrutura, hospitais e laborat�rios, mas em nenhum momento abrimos m�o da seguran�a”, diz.
Hoje, reitores se re�nem para avalia��o de quadro epidemiol�gico, junto com pesquisadores das universidades, e para discutir estrat�gias de retorno progressivo. Mesmo diante da promessa de revoga��o, o assunto estar� em pauta. Ontem, universidades se apressaram em divulgar notas para acalmar os alunos. A UFJF informou que, por decis�o do Conselho Superior, a suspens�o das atividades presenciais estava mantida at� mar�o de 2021. “Temos 22 mil alunos e, desses, mais de 12 mil s�o de fora da cidade. Eles voltaram pra suas casas, devolveram apartamentos e quartos alugados. A grande preocupa��o deles � que o processo de retomada seja feito com anteced�ncia”, afirma o reitor, Marcus David.
Cautela
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) informou que “n�o est� apta a fazer uma proposta de ensino presencial neste momento, em virtude do est�gio de controle da pandemia da COVID-19”. A Federal de Vi�osa (UFV), tamb�m na Zona da Mata, manteve suas decis�es para “resguardar a sa�de e integridade de seus membros e da sociedade como um todo, bem como zelar pela qualidade dos projetos pedag�gicos de seus cursos”. O MEC foi procurado, mas n�o se manifestou at� o fechamento desta edi��o.
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
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Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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