No �ltimo dia de libera��o, belo-horizontinos se despedem dos botecos
A regi�o da Savassi e o Bairro de Lourdes tiveram movimento; nesta segunda entra em vigor decreto da PBH que pro�be bebidas alco�licas em bares e restaurantes
Na pra�a da Savassi teve at� bar com m�sica ao vivo na tarde de domingo (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
Se o mineiro sabe fazer festa, � tamb�m bom de despedidas. No �ltimo dia da flexibiliza��o da venda de bebidas alco�licas para bares e restaurantes da capital, muitas pessoas aproveitaram o domingo em v�rios pontos da regi�o da Savassi e do Bairro de Lourdes para o �ltimo brinde na companhia de amigos e pessoas queridas antes da entrada em vigor do decreto da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), nesta segunda-feira (7/12), que pro�be a comercializa��o de bebidas alco�licas in loco. Os comerciantes est�o liberados para vender bebidas, mas os clientes n�o podem consumir no estabelecimento.
Mas o clima do domingo, nublado, com queda da temperatura, n�o animou tantos belo-horizontinos a sair de casa para a mesa do bar. A cidade estava mais calma, com ruas vazias. O dia estava mais convidativo para o aconchego do lar, para maratonar s�ries e relaxar com mais tranquilidade sem a preocupa��o de estar na rua e passar por todo o processo de higieniza��o que envolve o enfrentamento da COVID-19 (pelo menos para quem segue as regras).
O movimento na Savassi, ainda que com bar com m�sica ao vivo, estava mais quieto durante a tarde. A concentra��o ficou restrita � pra�a da Rua Tom� de Souza, no quarteir�o fechado. Havia um clima de confraterniza��o, com mesas ocupadas e, algumas com muitas pessoas, mais do que o recomendado para manter o distanciamento.
Alguns clientes n�o queriam muita conversa, assim como alguns comerciantes. Mas a gerente do La Vinicola – WineBar e Fingerfood, Narahare Gomes, confessa que j� esperava pela medida de restri��o: “Antes mesmo de entrar em vigor, bastou o an�ncio do prefeito, o movimento j� caiu. Muitos clientes deixaram de vir, at� porque o p�blico de vinho � mais consciente e maduro. O novo decreto foi um choque, mas, ao mesmo tempo, j� esperava, s� que para depois do Natal”.
Gerente Narahare Gomes, do La Vinicola, diz que agora � preciso criatividade para seguir em frente (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
Narahare Gomes diz que, agora, a sa�da � inovar: “Como n�o existe vinho sem �lcool, vamos usar a criatividade e j� estamos testando receitas de drinks sem �lcool, para viabilizarmos um caminho que seja”.
J� o gerente Luciano Vieira, do Esta��o Savassi, n�o sabe o que vir�. O bar foi comprado em janeiro, para abrir em mar�o, e veio a pandemia e meses fechado: “O decreto foi uma surpresa, os bares foram os mais prejudicados. Falam de aglomera��o e as feiras e os �nibus? Fomos os �ltimos a voltar e, agora, os primeiros com mais restri��es. Faturamento em queda, contas a pagar, t�nhamos 21 funcion�rios e precisamos dispensar oito, enfim, dif�cil. Apesar de vendermos petiscos, a bebida � que a faz girar. Quem abre para almo�o n�o sentir� tanto como os bares. Vamos esperar, ver o que acontece, se vamos continuar ou n�o abertos”.
J� o gerente Luciano Vieira, do Esta��o Savassi, diz que ficou surpreso com o decreto e vai esperar alguns dias para saber sobre o futuro (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
A decis�o do prefeito Alexandre Kalil (PSD) atende a orienta��o e pedido do Comit� de Enfrentamento ao Coronav�rus em Belo Horizonte diante do aumento da taxa de transmiss�o por infectado (Rt) na capital. Portanto, a partir desta segunda-feira est� em vigor a lei seca em bares e restaurantes.
Capital dos botecos
Mas quem decidiu se despedir dos bares e restaurantes pedia para o rel�gio ir mais devagar, afinal BH � a capital dos botecos e est� na alma mineira este compartilhamento. Os bares e restaurantes do Bairro de Lourdes, nas ruas Mar�lia de Dirceu, Alvarenga Peixoto, Curitiba e S�o Paulo, estavam cheios, com todos curtindo os �ltimos momentos da flexibiliza��o, que voltar� ou n�o a partir do resultado do monitoramento que os �rg�os de sa�de e gest�o do munic�pio colher�o ao longo dos pr�ximos dias.
O prefeito j� deixou bem claro qual decis�o deve tomar: se houver queda da contamina��o, a medida pode ser revista; se aumentar, h� chance at� de lockdown na capital. Tudo depende do alastramento do Sars-Cov-2,que atuar� de acordo com o comportamento de cada cidad�o quanto a seguir as medidas sanit�rias, de higieniza��o e cuidado diante do risco de propaga��o do novo coronav�rus. A Secretaria Municipal de Sa�de avisa que a proibi��o da comercializa��o de bebidas alco�licas � primordial para evitar que a situa��o saia do controle.