
Minas Gerais voltou ao patamar de novos casos confirmados em 24 horas que teve no pico da doen�a. Os dados do painel Conorav�rus, da Secretaria de Estado de Sa�de, demonstram que os n�meros retornaram ao patamar de junho, quando se alcan�ou o �pice no n�mero de diagn�sticos comprovados (26 de junho), quando houve o recorde de 6.095 novas infec��es em um �nico dia. Os n�meros chegaram em 11 de dezembro a 6.173.
Os dados tamb�m mostram pico no n�mero de �bitos por dia em agosto, dois meses depois do aumento no n�mero de casos, o que acende um alerta para um poss�vel aumento no n�mero de mortes em fevereiro de 2021.
flexibiliza��es, com maior circula��o, e relaxamento com as medidas b�sicas por parte das pessoas. Ele refor�a que, mesmo com a flexibiliza��o, se as pessoas cumprissem as medidas de preven��o haveria mais controle do cont�gio. No entanto, as pessoas n�o as cumprem.
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano, destaca dois motivos que resultaram no aumento no n�mero de casos: “Come�amos a ver as pessoas sem m�scaras, sem higienizar as m�os, fazendo festas, eventos clandestinos, com aglomera��es. A pandemia gerou cansa�o. A redu��o nos n�meros deu a falsa impress�o de que a pandemia havia acabado e as pessoas resolveram arriscar. Juntou as duas coisas: aumento da circula��o e baixa na guarda das restri��es de preven��o.” O especialista � taxativo ao dizer que n�o tem outra forma que n�o distanciar as pessoas. “Ainda n�o temos a vacina e n�o temos um tratamento”, reafirma.
Agravamento dos casos
Os n�meros seguem tend�ncia de alta. Nas �ltimas 24 horas, Minas registrou 5.008 casos positivos de novo coronav�rus e 80 mortes causadas pela COVID-19, conforme o boletim epidemiol�gico divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) �s 10h desse s�bado (12). De acordo com o relat�rio, o estado soma 464.545 casos confirmados. Desde o in�cio da pandemia, 10.645 vidas foram perdidas para a doen�a.
A secretaria acompanha pelo menos 33 mil casos confirmados de COVID-19 que n�o evolu�ram para �bito, cuja condi��o cl�nica permanece sendo acompanhada ou aguarda atualiza��o pelos munic�pios. O n�mero de pessoas que se recuperaram da doen�a chegou a 420.164. S�o casos confirmados de COVID-19 que receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de 10 dias e estiveram h� pelo menos 72 horas assintom�ticos (sem a utiliza��o de medicamentos sintom�ticos) e sem intercorr�ncias.
No estado, a m�dia de ocupa��o dos leitos de UTI � de 66,51%. A situa��o mais preocupante � na Regi�o Leste, onde chegou a 83,7%, seguida pela Leste do Sul (75,83%), Centro-Sul (71,97%) e Centro (67,26%). Na semana de 29 de novembro a 5 de dezembro, o isolamento em Minas estava menor do que a m�dia no Brasil: 37,15%, enquanto no pa�s estava em 38,04%. Na semana de 28 de junho a 4 de julho, o isolamento em Minas era de 40,66%, e no Brasil, de 40,97%.
Banaliza��o da doen�a
O professor da Faculdade de Medicina da UFMG Una� Tupinamb�s afirma que o estado chegou ao n�vel do pico da primeira fase da primeira onda. “A pergunta que se faz: continuaremos a subir?. Com esse cen�rio, � mais adverso do que t�nhamos em junho e julho. A popula��o est� cansada, banalizou a doen�a, festas de fim de ano, f�rias de janeiro”. O infectologista teme um in�cio de ano muito dif�cil. “Vamos encontrar as trabalhadoras da sa�de tamb�m exaustas, muitas de f�rias e com press�o de outras condi��es de sa�de”, diz."Come�amos a ver as pessoas sem m�scaras, sem higienizar as m�os, fazendo festas, eventos clandestinos. Ainda n�o temos a vacina e n�o temos um tratamento"
Estev�o Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia
O infectologista Carlos Starling, que comp�e com Una� Tupinamb�s e Estev�o Urbano o comit� cient�fico da PBH, avalia que o cen�rio no estado deve piorar. Ele leva em conta para fazer a afirma��o a queda no isolamento social em decorr�ncia das festas e encontros de fim de ano.
Ele faz tamb�m uma cr�tica “a liminares de ju�zes liberando aglomera��es”. “O cen�rio n�o � bom”, diz. Na avalia��o do especialista, os governos do estado e municipais precisam adotar medidas para frear o aumento de casos. “Adotar medidas mais r�gidas de restri��o, a exemplo de outros pa�ses, incentivar o distanciamento e o isolamento social, o uso de m�scaras, etc. E, acima de tudo, parar de bater cabe�a com o processo de libera��o de vacinas”, argumenta.
Ele faz tamb�m uma cr�tica “a liminares de ju�zes liberando aglomera��es”. “O cen�rio n�o � bom”, diz. Na avalia��o do especialista, os governos do estado e municipais precisam adotar medidas para frear o aumento de casos. “Adotar medidas mais r�gidas de restri��o, a exemplo de outros pa�ses, incentivar o distanciamento e o isolamento social, o uso de m�scaras, etc. E, acima de tudo, parar de bater cabe�a com o processo de libera��o de vacinas”, argumenta.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Sa�de, que at� o fechamento desta mat�ria n�o retornou a solicita��o.