(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CORONAV�RUS

Casos de COVID-19 em Minas Gerais voltam ao patamar do pico de junho

N�mero de infec��es por coronav�rus em MG se igualou ao auge de confirma��es em 24 horas. Especialistas temem maior alta de mortes at� fevereiro


13/12/2020 04:00 - atualizado 13/12/2020 07:35

Movimento de pessoas nos bares da Rua Alberto Cintra neste sábado, 12 de dezembro, logo após venda de bebidas ser proibida(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Movimento de pessoas nos bares da Rua Alberto Cintra neste s�bado, 12 de dezembro, logo ap�s venda de bebidas ser proibida (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Minas Gerais voltou ao patamar de novos casos confirmados em 24 horas que teve no pico da doen�a. Os dados do painel Conorav�rus, da Secretaria de Estado de Sa�de, demonstram que os n�meros retornaram ao patamar de junho, quando se alcan�ou o �pice no n�mero de diagn�sticos comprovados (26 de junho), quando houve o recorde de 6.095 novas infec��es em um �nico dia. Os n�meros chegaram em 11 de dezembro a 6.173.
 
Os dados tamb�m mostram pico no n�mero de �bitos por dia em agosto, dois meses depois do aumento no n�mero de casos, o que acende um alerta para um poss�vel aumento no n�mero de mortes em fevereiro de 2021.
 
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano, destaca dois motivos que resultaram no aumento no n�mero de casos: flexibiliza��es, com maior circula��o, e relaxamento com as medidas b�sicas por parte das pessoas. Ele refor�a que, mesmo com a flexibiliza��o, se as pessoas cumprissem as medidas de preven��o haveria mais controle do cont�gio. No entanto, as pessoas n�o as cumprem.
 
“Come�amos a ver as pessoas sem m�scaras, sem higienizar as m�os, fazendo festas, eventos clandestinos, com aglomera��es. A pandemia gerou cansa�o. A redu��o nos n�meros deu a falsa impress�o de que a pandemia havia acabado e as pessoas resolveram arriscar. Juntou as duas coisas: aumento da circula��o e baixa na guarda das restri��es de preven��o.” O especialista � taxativo ao dizer que n�o tem outra forma que n�o distanciar as pessoas. “Ainda n�o temos a vacina e n�o temos um tratamento”, reafirma.

Os n�meros s�o preocupantes. Em 11 de dezembro, Minas registrou 6.173 casos, totalizando 459.537 desde o come�o da pandemia. Foram registradas 66 mortes. Em 26 de junho, tinham sido confirmados 6.095 casos em 24 horas, totalizando 38.891, e 27 mortes, chegando a 833 mortes.

Agravamento dos casos

Os n�meros seguem tend�ncia de alta. Nas �ltimas 24 horas, Minas registrou 5.008 casos positivos de novo coronav�rus e 80 mortes causadas pela COVID-19, conforme o boletim epidemiol�gico divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) �s 10h desse s�bado (12). De acordo com o relat�rio, o estado soma 464.545 casos confirmados. Desde o in�cio da pandemia, 10.645 vidas foram perdidas para a doen�a.
O infectologista Estevão Urbano diz que aumento da circulação e baixa na guarda das restrições de prevenção elevaram casos de COVID-19(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 25/11/20)
O infectologista Estev�o Urbano diz que aumento da circula��o e baixa na guarda das restri��es de preven��o elevaram casos de COVID-19 (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 25/11/20)

A secretaria acompanha pelo menos 33 mil casos confirmados de COVID-19 que n�o evolu�ram para �bito, cuja condi��o cl�nica permanece sendo acompanhada ou aguarda atualiza��o pelos munic�pios. O n�mero de pessoas que se recuperaram da doen�a chegou a 420.164. S�o casos confirmados de COVID-19 que receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de 10 dias e estiveram h� pelo menos 72 horas assintom�ticos (sem a utiliza��o de medicamentos sintom�ticos) e sem intercorr�ncias.
 
No estado, a m�dia de ocupa��o dos leitos de UTI � de 66,51%. A situa��o mais preocupante � na Regi�o Leste, onde chegou a 83,7%, seguida pela Leste do Sul (75,83%), Centro-Sul (71,97%) e Centro (67,26%). Na semana de 29 de novembro a 5 de dezembro, o isolamento em Minas estava menor do que a m�dia no Brasil: 37,15%, enquanto no pa�s estava em 38,04%. Na semana de 28 de junho a 4 de julho, o isolamento em Minas era de 40,66%, e no Brasil, de 40,97%.

Banaliza��o da doen�a

O professor da Faculdade de Medicina da UFMG Una� Tupinamb�s afirma que o estado chegou ao n�vel do pico da primeira fase da primeira onda. “A pergunta que se faz: continuaremos a subir?. Com esse cen�rio, � mais adverso do que t�nhamos em junho e julho. A popula��o est� cansada, banalizou a doen�a, festas de fim de ano, f�rias de janeiro”. O infectologista teme um in�cio de ano muito dif�cil. “Vamos encontrar as trabalhadoras da sa�de tamb�m exaustas, muitas de f�rias e com press�o de outras condi��es de sa�de”, diz.

"Come�amos a ver as pessoas sem m�scaras, sem higienizar as m�os, fazendo festas, eventos clandestinos. Ainda n�o temos a vacina e n�o temos um tratamento"

Estev�o Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia

O infectologista Carlos Starling, que comp�e com Una� Tupinamb�s e Estev�o Urbano o comit� cient�fico da PBH, avalia que o cen�rio no estado deve piorar. Ele leva em conta para fazer a afirma��o a queda no isolamento social em decorr�ncia das festas e encontros de fim de ano.

Ele faz tamb�m uma cr�tica “a liminares de ju�zes liberando aglomera��es”. “O cen�rio n�o � bom”, diz. Na avalia��o do especialista, os governos do estado e municipais precisam adotar medidas para frear o aumento de casos. “Adotar medidas mais r�gidas de restri��o, a exemplo de outros pa�ses, incentivar o distanciamento e o isolamento social, o uso de m�scaras, etc. E, acima de tudo, parar de bater cabe�a com o processo de libera��o de vacinas”, argumenta.
 
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Sa�de, que at� o fechamento desta mat�ria n�o retornou a solicita��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)