O plano de imuniza��o contra a COVID-19 apresentado pelo governo federal traz o nome de quase 150 pesquisadores que teriam colaborado com a elabora��o do programa. Por�m, 36 dos profissionais citados pelo Executivo revelaram n�o ter tido acesso ao documento e cobraram medidas mais abrangentes de vacina��o, como a amplia��o dos grupos priorit�rios que ter�o direito � imuniza��o gratuita e a aquisi��o de outras vacinas pelo governo federal.
"Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo t�cnico n�o nos foi apresentado anteriormente e n�o obteve nossa anu�ncia. Importante destacar que o grupo t�cnico havia solicitado reuni�o e manifestado preocupa��o pela retirada de grupos priorit�rios e pela n�o inclus�o de todas as vacinas dispon�veis que se mostrarem seguras e eficazes", afirmaram os cientistas, em nota t�cnica publicada ontem.
Os profissionais pediram "que todas popula��es vulner�veis sejam inclu�das na prioridade de vacina��o, como ind�genas, quilombolas, comunidades ribeirinhas, privados de liberdade e pessoas com defici�ncia", al�m de outros grupos populacionais j� inclu�dos e apresentados no plano inicial do governo". O texto pede ainda que o governo considere estender a imuniza��o gratuita contra a COVID-19 aos trabalhadores da educa��o e aos trabalhadores essenciais, que n�o pararam de trabalhar na pandemia.
Entregue ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF), o plano de imuniza��o n�o contempla os presidi�rios, que constavam nas primeiras vers�es da campanha. Quilombolas, ribeirinhos e pessoas com defici�ncia tamb�m ficaram de fora.
O Minist�rio da Sa�de pretende priorizar os idosos, os profissionais de sa�de, pessoas com comorbidades, professores do ensino fundamental ao superior, profissionais das for�as de seguran�a e salvamento e os funcion�rios do sistema prisional. O plano divide esse pessoal em quatro grupos e n�o estabelece data para o in�cio da aplica��o da vacina.