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Estado de Minas TRANSPORTE COLETIVO

Kalil fala sobre multas a empresas de �nibus: 'Estamos nas m�os da Justi�a'

Setor de transporte p�blico recebeu 17 mil autua��es e tem ido aos tribunais para evitar o pagamento


18/12/2020 13:42 - atualizado 18/12/2020 15:03

Apesar de decreto municipal limitar a quantidade de passageiros por ônibus, população de BH continua convivendo com superlotação em veículos e estações(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Apesar de decreto municipal limitar a quantidade de passageiros por �nibus, popula��o de BH continua convivendo com superlota��o em ve�culos e esta��es (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A Prefeitura de Belo Horizonte segue em disputa judicial com as empresas de transporte coletivo da capital. A contenda � relativa �s multas aplicadas pelo Munic�pio pela conduta dos empres�rios durante a pandemia de COVID-19.


Nesta sexta-feira, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou que a administra��o municipal est� cumprindo seu papel de aplicar as autua��es, mas que n�o pode obrigar as empresas a realizar o pagamento das penalidades.


“As multas s�o dadas e a Justi�a, como sempre, tem o poder de mandar pagar ou n�o. J� cansei de falar isso. N�o adianta transformar a BH Trans e �nibus e multa.... Porque nosso assunto � morte. Voc� multa, eles recorrem e n�s estamos na m�o da Justi�a. A �nica coisa que n�s podemos fazer � multar. Se a Justi�a mandar abrir o botequim para um cuspir no outro, como j� mandou e n�s tivemos que ir l� recorrer, estamos recorrendo”, explicou o prefeito.


Nessa quinta-feira, o G1 noticiou que as empresas de transporte p�blico de BH receberam mais de 24 mil autua��es neste ano, sendo 17.236 (72%) durante a pandemia. Desde total, apenas 366 viraram multas e segundo a BHTrans, nenhuma foi paga pelas empresas, j� que um decreto suspendeu por tempo indeterminado os prazos administrativos do munic�pio.

 

As autua��es s�o referentes ao descumprimento do Decreto Municipal 17.362/2020, que determinou a redu��o do n�mero de passageiros por viagem, limitou a quantidade de pessoas em p� dentro dos ve�culos – 20 nos �nibus convencionais e cinco nos mini�nibus – al�m de uma s�rie de outras medidas para tentar frear a dissemina��o do coronav�rus na capital mineira.


Kalil refor�ou que n�o tem o poder de constranger os empres�rios a desembolsar o valor das multas, porque a quest�o est� sob an�lise do Judici�rio.

“Isso est� na m�o da Justi�a. Ou voc� acha que n�s n�o estamos cobrando? Isso � uma barbaridade. � s� multar e a Justi�a mandar pagar que eles v�o pagar. N�s somos o Executivo, n�o somos o Judici�rio. Isso tem que ser cobrado do Judici�rio”, disse.


Apesar do desentendimento com o setor de transporte coletivo, Kalil disse que os principais respons�veis pela alta dos n�meros da COVID-19 em Belo Horizonte n�o s�o os usu�rios do transporte p�blico, e sim as pessoas da “classe A”, que est�o promovendo aglomera��es em festas.


“Quem est� infectando n�o � o transporte p�blico. Quem tem cart�o de plano de sa�de no bolso n�o anda de �nibus. Cuidado para voc� n�o matar seu pai, n�o matar seu amigo, n�o matar sua m�e. Para voc� n�o passar o �ltimo Natal com sua fam�lia”, alertou o prefeito.

(foto: 'Se a Justiça mandar abrir o botequim para um cuspir no outro, como já mandou e nós tivemos que ir lá recorrer, estamos recorrendo', disse Kalil)
(foto: 'Se a Justi�a mandar abrir o botequim para um cuspir no outro, como j� mandou e n�s tivemos que ir l� recorrer, estamos recorrendo', disse Kalil)

Empresas de �nibus reclamam

Nesta sexta-feira, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) emitiu uma nota alegando que “est� operando com 100% da frota do Sistema MOVE que era ofertada antes da pandemia, cumprindo 99,99% das viagens di�rias programadas”.

O setor afirma, ainda, que “a limita��o no transporte de passageiros em p�, tornou insuficiente o n�mero de ve�culos para atender a demanda nos hor�rios de pico nas esta��es”. 

Veja abaixo a �ntegra da nota do SetraBH

NOTA SETRABH – OPERA��O DO SISTEMA DURANTE A PANDEMIA

 

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) v� com preocupa��o a forma como alguns ve�culos de imprensa t�m noticiado a crise enfrentada por v�rios servi�os essenciais durante a pandemia da Covid-19, em especial, o Sistema de Transporte Coletivo de Belo Horizonte.

 

Esclarece que n�o est� de acordo com as multas aplicadas relacionadas aos decretos publicados durante a pandemia pela Covid-19, pois est� operando com 100% da frota do Sistema MOVE que era ofertada antes da pandemia, cumprindo 99,99% das viagens di�rias programadas pelo decreto.

 

Os preju�zos acumulados pelo sistema durante a pandemia, considerando o per�odo atual e quando as empresas ofertavam viagens acima da demanda, j� somam mais de R$ 300 milh�es desde mar�o.

 

OPERA��O DO SISTEMA

 

O SetraBH ressalta que a limita��o no transporte de passageiros em p�, tornou insuficiente o n�mero de ve�culos para atender a demanda nos hor�rios de pico nas Esta��es.

 

Com as restri��es impostas, as empresas chegaram ao limite de suas frotas para atender o sistema MOVE e manter o cumprimento do decreto.

 

Esfor�o conjunto - Cabe pontuar que nenhuma grande cidade no mundo estava preparada ou treinada para se adequar rapidamente �s adversidades e desafios di�rios que todo o sistema, empresas e colaboradores v�m enfrentando para continuar operando com efici�ncia e seguran�a, durante a pandemia.

 

O servi�o de transporte de passageiros, em todas as grandes cidades brasileiras, como Belo Horizonte, foi dimensionado para realizar viagens com um n�mero maior de passageiros, por isso observamos o grande movimento de pessoas nas esta��es de embarque e desembarque, mesmo com as restri��es pela pandemia.

 

Outro detalhe s�o as linhas troncais que operam nas esta��es, s�o ve�culos de grande capacidade, assim como a estrutura das esta��es, desenhada para receber um grande n�mero de pessoas, principalmente nos hor�rios de pico.

 

COLABORA��O DE TODOS � IMPORTANTE

 

A nossa recomenda��o aos passageiros do servi�o � ter calma e paci�ncia para realizar as viagens de forma segura e em �nibus com a quantidade de passageiros recomendada pelo decreto.

 

Quando o ve�culo se aproximar das plataformas das Esta��es, aguardar assentado primeiro o desembarque de passageiros em p�, para em seguida descer.

 

N�o se esquecer de sempre utilizar m�scara de prote��o e fazer uso de �lcool em gel para higieniza��o das m�os em todos os lugares p�blicos e sempre usar o cart�o BHBUS para pagar a passagem, evitando assim o contato com notas e moedas. O cart�o BHBus identificado � distribu�do gratuitamente nos postos do Transf�cil.


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