
Situa��o que leva � necessidade uma vigil�ncia do poder p�blico e da sociedade quanto � press�o exercida sobre os leitos hospitalares. A ocupa��o de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) variou, na �ltima semana, dentro dos 70% e as enfermarias em torno de 60%.
No total, at� essa quarta, a pandemia em Minas contabilizou 536.044 casos, com 11.784 mortos e 485.887 recuperados. A maior parte das regionais de sa�de se encontra na situa��o mais cr�tica de restri��es segundo o plano Minas Consciente. S�o oito regi�es na onda vermelhs: Sul, Centro-Sul, Sudeste, Leste do Sul, Vale do A�o, Leste, Jequitinhonha e Nordeste. A onda amarela, intermedi�ria, se espalha por cinco regi�es: Centro, Oeste, Tri�ngulo do Norte, Noroeste e Norte. Tri�ngulo do Sul � a �nica na onda de maior flexibiliza��o.
Para a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) o aumento no n�mero de casos confirmados e �bitos por COVID-19 � “uma rea��o � diminui��o de aten��o aos protocolos sanit�rios”, assim como resultado de eventos como campanhas eleitorais e encontros de fim de ano.
O fato de as mortes n�o se elevarem no mesmo ritmo das contamina��es, para a SES, pode estar relacionado “� condu��o cl�nica e de assist�ncia, que est� melhor qualificada para atender os casos de COVID-19”.
Ainda que distante de uma redu��o mais efetiva, Minas se encontra em situa��o melhor que a maioria dos estados brasileiros, sendo o quarto com menos testes positivos, registrando uma taxa de 2.464 por 100 mil habitantes e a menor taxa de �bitos nacional, de 54 por 100 mil (veja o quadro).
O estado enfrentou a primeira fase mais aguda de contamina��o pela COVID-19 em agosto. Nesse pico, os cont�gios por dia chegaram a 2.802 e os �bitos a 83 a cada 24 horas. No m�s seguinte, o n�mero di�rio de �bitos sofreu grande retra��o, chegando a 68 (-18%), o que se acentuou em outubro (54) e novembro (35). Nesse �ltimo m�s, o ritmo das mortes pela doen�a respirat�ria em Minas se encontrava pouco acima do que se via em junho, que tinha m�dia di�ria de 23 �bitos.
Parecia que a doen�a estava sendo controlada at� o m�s de dezembro registrar alta de 54% e uma regress�o aos n�veis de outubro. A raz�o di�ria de diagn�sticos positivos encolheu m�s a m�s, at� dezembro trazer ponto m�ximo, 35% superior ao de agosto.
Patamar de cont�gios preocupa capital
A evolu��o mensal de novos casos e �bitos na capital mineira segue por um outro lado e apresenta atualmente a quarta maior m�dia di�ria de casos desde mar�o, com 249 positivos a cada 24 horas e sete �bitos. No caso das mortes pela COVID-19, um patamar de estabilidade que vem desde setembro. Contudo, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ainda considera que os n�meros da doen�a no munic�pio permanecem elevados.
“Em Belo Horizonte, a letalidade da doen�a est� em 2,97% (raz�o de infectados que morrem). Ainda n�o h� sinal de redu��o, a situa��o atualmente � de estabilidade. O tratamento eficaz da doen�a ainda est� em fase de estudos, assim como a vacina. O v�rus se comporta com padr�o de possibilidade de agravamento e morte. Portanto, � extremamente importante manter as medidas de preven��o”, informou a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA).
O elevado patamar de cont�gios ainda preocupa. “Isso tem impactado no aumento das taxas de ocupa��o de leitos da cidade. Tamb�m tem sido registrado aumento na procura por atendimento nos servi�os e unidades de sa�de de Belo Horizonte, como SAMU e Centros Especializados em COVID-19 (Cecovid). Nesse contexto, a prefeitura mant�m em funcionamento os servi�os implantados durante a pandemia e refor�a que � extremamente importante prosseguir com as medidas de preven��o como distanciamento social, uso de m�scara, higieniza��o frequente das m�os e n�o promover nem participar de aglomera��es”, frisa a administra��o da sa�de municipal.
Equipes de sa�de em alerta
Ao longo da pandemia em Minas Gerais, a SES-MG destaca que muitas a��es foram importantes para que a COVID-19 n�o sa�sse do controle no estado. “Desde janeiro, quando ocorreram as primeiras notifica��es em Wuhan, na China, o governo de Minas vem atuando preventivamente no enfrentamento � pandemia”, afirma. Naquele m�s, foi criado o Centro de Opera��es de Emerg�ncia em Sa�de (Coes-Minas) para o monitoramento dos casos e para atua��o na tomada de decis�es.
Em fevereiro, o Plano de Conting�ncia j� estava pronto. Em seguida, foi implantado um programa de aquisi��o de equipamentos de prote��o individual para profissionais da linha de frente e concebido o plano Minas Consciente para retomada das atividades.
O governo de Minas informa ter aumentado os leitos de UTI para 3.995 e adquirido 1.047 respiradores. “Outra estrat�gia fundamental foi a cria��o da sala de situa��o, que re�ne m�dicos, enfermeiros, estat�sticos, entre outros profissionais para o monitoramento epidemiol�gico. Todas as 28 regionais passaram a contar com uma sala de situa��o para analisar dados espec�ficos. “J� no que se refere � imuniza��o, a SES-MG colocou em pr�tica, no m�s de setembro, seu Plano de Conting�ncia para Vacina��o Contra a COVID-19. Foram adquiridas 50 milh�es de seringas agulhadas e mais de 700 c�maras refrigeradas”.
Foram montadas, ainda, unidades de respostas localizadas para atuar de forma bem pr�xima a cada uma das regionais de Sa�de, no planejamento, execu��o, monitoramento e avalia��o das respostas necess�rias, o que permite, por exemplo, identificar com maior rapidez as oportunidades de amplia��o de leitos.
COMIT� DE BH
Em Belo Horizonte, a prepara��o tamb�m come�ou em fevereiro, com a capacita��o e qualifica��o das equipes da Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA). No in�cio de mar�o foi institu�do o Comit� de Enfrentamento � COVID-19, que definiu as regras de flexibiliza��o e os protocolos de funcionamento das atividades na cidade. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informa ter investido na amplia��o e qualifica��o de leitos da Rede SUS-BH.“Foram abertos leitos de forma gradativa, acompanhando a evolu��o dos indicadores e sempre com recursos humanos e equipamentos necess�rios, todos equipados com respiradores, monitoramento e equipe exclusiva para acompanhamento dos pacientes”, informa a SMSA. Foram abertos tr�s centros especializados (Cecovid), que atenderam mais de 33 mil pacientes. A popula��o vulner�vel, em situa��o de rua e idosos em institui��es de longa perman�ncia tiveram locais apropriados montados para seu atendimento.
Um servi�o de consulta on-line para casos suspeitos foi disponibilizado e um laborat�rio pr�prio para a realiza��o de exames para detec��o de COVID-19 aberto, conforme a PBH. Na capital, j� foram realizados quase 600 mil exames em todas as redes, acumulando cerca de 300 mil testes/por milh�o de habitantes. Desde o in�cio da pandemia foram contratados cerca de 2 mil profissionais, especificamente para o enfrentamento da doen�a.