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Estado de Minas RETROSPECTIVA 2020

O ano em que a Terra parou: fatos que marcaram Minas em 2020

Morte na pandemia de COVID-19, intoxica��o por cerveja, desastres provocados por chuvas e queimadas s�o cenas de 365 dias que ficar�o para a hist�ria


31/12/2020 00:22 - atualizado 31/12/2020 09:04

Belo Horizonte em dois tempos ao longo de 2020: acima, os poucos pedestres usam máscara para se proteger contra o novo coronavírus. (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 14/7/20)
Belo Horizonte em dois tempos ao longo de 2020: acima, os poucos pedestres usam m�scara para se proteger contra o novo coronav�rus. (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 14/7/20)
Quando o rel�gio indicar a virada das 23h59 para a 0h de 31 de dezembro para 1º de janeiro de 2021 ficar� para tr�s 2020 e acontecimentos que a sociedade deseja que nunca mais voltem a ocorrer. Afinal, foi um ano em que o mundo parou por causa da pandemia da COVID-19. No entanto, para a popula��o de Belo Horizonte, os primeiros dias de 2020 j� indicavam que n�o seriam tempos f�ceis, uma vez que, logo em janeiro, v�rias pessoas foram intoxicadas por consumo de cerveja, sem contar as chuvas que devastaram a capital mineira dias depois.

Tudo caminhava para a volta da normalidade, com a realiza��o do carnaval nas ruas de Belo Horizonte, que atraiu 4,5 milh�es de pessoas – sendo 211 mil turistas –, o que fez com que fosse o melhor da hist�ria da capital mineira, de acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). Mas a aglomera��o que dava gosto de ver nas ruas come�ou a ser evitada ao m�ximo a partir de 11 de mar�o, quando a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) declarou que a contamina��o pelo novo coronav�rus tinha virado pandemia.

Desde ent�o, a rotina da popula��o em escala global mudou. Cuidados passaram a ser redobrados para evitar a contamina��o pela COVID-19. Em Belo Horizonte, por exemplo, v�rios estabelecimentos de diversos segmentos n�o puderam abrir. Aqueles que tinham autoriza��o para funcionar, como restaurantes, foram obrigados a mudar a rotina de trabalho, substituindo o tradicional self-service por delivery. As ruas ficaram vazias. O trabalho em casa passou a ser adotado em grande parte dos setores da economia. No entanto, os n�meros da pandemia no Brasil foram aumentando cada vez mais, deixando personalidades como v�timas e milhares de fam�lias em luto ap�s a perda de entes queridos.

Mas, mesmo com a pandemia, problemas ambientais continuaram atingindo o Brasil. Em Minas Gerais, por exemplo, cerca de 16 mil hectares da Serra do Cip� foram devastados pelo inc�ndio que afetou o parque estadual entre os meses de setembro e outubro. Outros pontos do estado tamb�m n�o escaparam das chamas, como a Serra da Moeda e Lapinha da Serra. Militares do Corpo de Bombeiros, brigadistas e sociedade civil trabalharam arduamente para a extin��o das labaredas. Quente tamb�m ficou Belo Horizonte, que bateu dois recordes de calor neste ano. O �ltimo foi quando os term�metros aferiram 38,4ºC, temperatura mais alta da hist�ria da capital mineira desde 1910, quando come�aram as medi��es do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O ano tamb�m foi de elei��es municipais. Em BH, n�mero recorde: 15 chapas concorreram � prefeitura da capital mineira. No entanto, 63,36% do eleitorado belo-horizontino definiu que Alexandre Kalil (PSD) continuar� chefiando o Executivo municipal por mais quatro anos. Na vizinha Contagem, o pleito foi para o segundo turno em uma disputa acirrada entre Mar�lia Campos (PT) e Felipe Saliba (DEM). Mar�lia levou a melhor com 51,35% dos votos.

O Centro da cidade ferve no maior carnaval de todos os tempos da capital mineira, antes de a doença se espallhar(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 24/2/20)
O Centro da cidade ferve no maior carnaval de todos os tempos da capital mineira, antes de a doen�a se espallhar (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 24/2/20)

Janeiro


Cerveja contaminada

Logo nos primeiros dias de 2020, uma informa��o preocupou a todos os moradores de Belo Horizonte, especialmente, do Bairro Buritis, Regi�o Oeste da capital mineira: uma doen�a misteriosa tinha sido a causa da morte de um homem e teria provocado a interna��o de outros. Todos com grave quadro de insufici�ncia renal associada a sintomas neurol�gicos. Uma for�a-tarefa foi montada pela Secretaria Estadual de Sa�de (SES/MG) para investigar as causas.

Com o avan�o das investiga��es, descobriu-se que as v�timas internadas consumiram cervejas da marca Belorizontina, fabricada pela Backer. O composto org�nico dietilenoglicol – usado em processos de refrigera��o industrial – foi encontrado em dois lotes do r�tulo. A partir de ent�o, uma s�rie de buscas come�ou a ser feitas na sede da cervejaria, no Bairro Olhos D’�gua, na Regi�o do Barreiro.

Durante as investiga��es, o Minist�rio da Agricultura interditou a f�brica da Backer. Ao todo, 10 pessoas morreram por causa da intoxica��o por mono e dietilenoglicol encontrados na cerveja Belorizontina. Outras 29 pessoas tamb�m foram contaminadas.

At� o momento, 11 pessoas j� foram indiciadas por les�o corporal, contamina��o de produto aliment�cio e homic�dio. No in�cio de setembro, o Minist�rio P�blico (MP) denunciou 10 pessoas � Justi�a, entre s�cios-propriet�rios da Backer e respons�veis t�cnicos. Um dos t�cnicos respons�veis pelas cervejas da Backer, que estava envolvido no caso, morreu no in�cio de novembro.

Temporais em Minas

Na reta final de janeiro, fortes chuvas atingiram Minas Gerais, sobretudo a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, que registrou v�rios pontos de destrui��o, como deslizamentos de terra, desabamentos e alagamentos. O saldo dos temporais foi tr�gico: mais de 50 mortos no estado, milhares de desabrigados e desalojados e centenas de cidades em situa��o de emerg�ncia.

Em Belo Horizonte, por exemplo, janeiro foi o m�s mais chuvoso da hist�ria da cidade em 110 anos de aferi��o feita pelo Inmet. Foram 932,3 mil�metros de chuva, batendo os 850,3 mil�metros acumulados, registrados em janeiro de 1985. O resultado do recorde foi visto em v�rias ruas da capital mineira destru�das pela for�a das �guas.

A Avenida Tereza Cristina, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte, foi completamente interditada em um ponto pr�ximo da Avenida Amazonas, por causa de uma cratera que se abriu no asfalto.A Avenida Prudente de Morais e a Rua Mar�lia de Dirceu, na Regi�o Centro-Sul, tamb�m n�o escaparam dos alagamentos.
 

Fevereiro 


Carnaval de recordes

Ap�s um janeiro tr�gico, Belo Horizonte voltava para a normalidade em fevereiro com a realiza��o do carnaval. De acordo com a Belotur, 4,45 milh�es de pessoas – sendo 211 mil turistas – acompanharam os 390 desfiles em 23 dias de eventos. O balan�o, de acordo com o presidente da empresa, Gilberto Castro, mostrou que foi o melhor carnaval da hist�ria da capital mineira. "Os n�meros apresentaram isso. Tivemos menos lixo. Foli�es mais conscientes. Menos casos de sa�de, mobilidade funcionando melhor. Os banheiros qu�micos funcionando melhor. Talvez o mais seguro do pa�s", disse Castro.

Chegada do coronav�rus no Brasil

Na quarta-feira de Cinzas (26/02), o Minist�rio da Sa�de anunciou que o Brasil registrou o primeiro caso de coronav�rus. Um homem de 61 anos, que viajara para a It�lia, havia contra�do a doen�a. Ele deu entrada no Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo, apresentando febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. Tr�s dias depois, o Brasil registrou o segundo caso importado de COVID-19. Assim como o primeiro paciente, o homem, de 32, havia chegado da It�lia e deu entrada no Hospital Albert Einstein.
 

Mar�o

coronav�rus chega a Minas

Em 8 de mar�o, o Minist�rio da Sa�de anunciou o primeiro caso de coronav�rus em Minas Gerais. Tratava-se de uma mulher, de 47 anos, que havia desembarcado em Belo Horizonte ap�s viajar para a It�lia. Ela apresentou sintomas leves da COVID-19, como coriza e mal-estar, e ficou isolada em casa, em Divin�polis, no Centro-Oeste do estado.

Tr�s dias depois, a OMS classificou a contamina��o por coronav�rus como “pandemia”, fazendo com que o mundo ficasse em alerta quanto � doen�a. Em Belo Horizonte, o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no dia 16. No dia seguinte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou uma s�rie de medidas para conter o avan�o do v�rus na capital, como a interrup��o de servi�os p�blicos, aulas, fechamento de museus e parques, entre outros. Kalil tamb�m editou um decreto promovendo mudan�as no funcionamento do com�rcio.

O governo de Minas tamb�m tomou medidas. No dia 20, o governador Romeu Zema (Novo) enviou � Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um decreto de calamidade p�blica. Zema tamb�m autorizou apenas o funcionamento de servi�os essenciais e fechou as divisas do estado, bloqueando �nibus que operavam linhas interestaduais. Escolas tamb�m foram fechadas.

Em 30 de mar�o, o governo do estado confirmou a primeira morte por COVID-19 em Minas. A v�tima foi uma idosa de 82 anos, que morava em Belo Horizonte e estava internada em um hospital de Nova Lima, na Regi�o Metropolitana. Ela deu entrada na unidade de sa�de com febre, tosse e com dificuldades para respirar.


Abril

‘V�deo fake’ na Ceasa-MG viraliza nas redes sociais

No dia 1º de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma publica��o nas redes sociais que chamou a aten��o da popula��o: um v�deo sobre suposto desabastecimento na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa-MG), em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Na ocasi�o, um homem mostrou uma parte do espa�o com poucos produtos, com a inten��o de alarmar os brasileiros quanto �s consequ�ncias do isolamento social.

No entanto, n�o estava acontecendo desabastecimento na Ceasa. O v�deo foi apagado das redes sociais de Bolsonaro, que pediu “desculpas” pela publica��o. A Pol�cia Civil abriu inqu�rito para investigar o conte�do das imagens e concluiu que o homem – um aut�nomo, de 48 anos – tinha a inten��o de enganar. Ele foi indiciado na Lei de Contraven��es Penais.

m�scaras em cena

Em 22 de abril passou a ser obrigat�rio o uso da m�scara para quem trafegasse pelas ruas ou entrasse em estabelecimentos de Belo Horizonte. O mesmo passou a valer para quem utilizar o transporte coletivo. O com�rcio que autorizar a entrada de clientes sem o acess�rio poder� ter o alvar� recolhido pela fiscaliza��o da Prefeitura de Belo Horizonte.

Em julho, a PBH publicou um decreto que estipulou em R$ 100 a multa para quem n�o usar m�scara nas ruas de Belo Horizonte. A penalidade � aplicada pela Guarda Municipal ou pela fiscaliza��o do Executivo municipal. A regra prev� uma orienta��o na primeira abordagem. Em caso de desobedi�ncia, a puni��o � imposta.


Maio

Mais um v�deo com not�cia falsa viraliza

A Pol�cia Civil abriu mais um inqu�rito, no come�o de maio, para investigar um v�deo que viralizou nas redes sociais. No conte�do, uma mulher dizia que caix�es com v�timas da COVID-19 em Belo Horizonte estariam sendo abertos, mas que em vez de corpos havia pedras dentro das urnas. No entanto, n�o houve exuma��o na capital mineira. A mulher pediu desculpas pelo v�deo, mas acabou sendo indiciada por denuncia��o caluniosa e pela contraven��o penal de provocar p�nico e tumulto.

Brasil registra 10 mil mortes por COVID-19

Em menos de dois meses de pandemia, o Brasil ultrapassou a marca de 10 mil mortos por COVID-19. No dia 9 de maio, o Minist�rio da Sa�de confirmou 10.627 vidas perdidas, com mais de 600 �bitos di�rios nos boletins da �poca.

Prefeitura confirma reabertura do com�rcio na capital mineira

Em 25 de maio, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a reabertura gradual do com�rcio n�o essencial na capital mineira. Foi a primeira retomada da economia desde o in�cio da pandemia. O Executivo, na �poca, distinguiu os n�veis de abertura em seis etapas. Com isso, sal�es de beleza, shoppings populares e estabelecimentos varejistas puderam abrir, em hor�rios predefinidos.
Dias antes, a PBH havia instalado barreiras sanit�rias nas entradas de Belo Horizonte como forma de conter o avan�o da COVID-19 na capital mineira. Carros e �nibus eram parados e as condi��es de sa�de dos passageiros avaliadas. Em caso de sintomas de coronav�rus, a pessoa era encaminhada para um centro m�dico.

Junho

Inc�ndio no museu da UFMG

Em 15 de junho, um inc�ndio atingiu parte do Museu de Hist�ria Natural e Jardim Bot�nico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no Bairro Horto, na Regi�o Leste de Belo Horizonte. A diretora pro tempore do espa�o, Mariana de Oliveira Lacerda, explicou, na �poca, que o fogo se concentrou em uma parte do pr�dio da administra��o, onde ficam tr�s salas da reserva t�cnica, que abriga as cole��es do museu que n�o est�o em exposi��o. “S�o as cole��es da paleontologia, da arqueologia, da biologia, alguns acervos de zoologia e da entomologia (estudo dos insetos)”, informou.

PBH volta a fechar atividades n�o essenciais

Um m�s ap�s anunciar a flexibiliza��o do funcionamento do com�rcio n�o essencial em Belo Horizonte, a PBH recuou e anunciou que apenas farm�cias, padarias, postos de gasolina, entre outros considerados essenciais, ficariam abertos. A medida come�ou a valer em 29 de junho. Na �poca, a ocupa��o de leitos de terapia intensiva estava pr�xima de 90%.

Tereza Cristina inundada durante as chuvas de janeiro na capital mineira: mais de 50 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas em todo o estado no período(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 19/1/20)
Tereza Cristina inundada durante as chuvas de janeiro na capital mineira: mais de 50 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas em todo o estado no per�odo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 19/1/20)


Julho

Caso Sans�o

Em 6 de julho, um c�o da ra�a pitbull foi agredido e teve as patas traseiras decepadas em uma propriedade localizada em Confins, na Grande BH. Sans�o, como passou a ser chamado, mostrou toda a sua for�a e se recuperou das agress�es, recebendo cuidados em um hospital veterin�rio. O homem acusado pelos maus-tratos foi denunciado pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). Outros animais teriam sido v�timas do rapaz. O caso ganhou repercuss�o nacional. O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei Sans�o, em setembro, que aumenta a pena de dois para cinco anos de reclus�o para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar c�o ou gato.

Pris�o de Ricardo Nunes

Na manh� de 8 de julho, o fundador da empresa Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, foi preso numa opera��o de combate � sonega��o fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. Nunes foi detido no estado de S�o Paulo e transferido para a capital mineira no mesmo dia. No entanto, � noite, a Justi�a revogou as pris�es de Ricardo, de Laura Nunes – filha do empres�rio – e de Pedro Daniel Magalh�es, diretor-superintendente da empresa.

Em dezembro, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) denunciou Ricardo Nunes e Pedro Daniel Magalh�es por suspeita de sonega��o fiscal, de cerca de R$ 120 milh�es, entre 2016 e 2019. A dupla j� havia sido denunciada pelo �rg�o em novembro, pelo mesmo crime, entre 2012 e 2017. Os valores, neste caso, giram em torno de R$ 14 milh�es.

Come�o dos testes da primeira vacina em BH

Em 31 de julho, os testes da vacina CoronaVac, fabricada pelo laborat�rio Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, tiveram in�cio em Belo Horizonte. O primeiro volunt�rio a se apresentar para os estudos foi o m�dico Andr� Ribeiro, de 30 anos.

Na capital mineira, os testes da vacina contra a COVID-19 s�o conduzidos pela equipe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de F�rmacos do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da UFMG. O estudo contou com 9 mil participantes cadastrados em 12 centros de pesquisa pelo pa�s, incluindo a UFMG - todos profissionais de sa�de que atuam na linha de frente do combate � pandemia de COVID-19.


Agosto

100 mil mortes por COVID-19 no Brasil

Em 8 de agosto, o Brasil chegou � triste marca de 100 mil mortes por coronav�rus. Foi o segundo pa�s a atingir tal �ndice, perdendo apenas para os Estados Unidos. Foram apenas 51 dias de diferen�a entre o patamar de 10 mil �bitos para as 100 mil vidas perdidas, o que mostrou que a doen�a estava acelerada no territ�rio nacional.

Retomada das buscas em Brumadinho

Ap�s mais de cinco meses com os trabalhos paralisados em fun��o da COVID-19, o Corpo de Bombeiros retomou, em 27 de agosto, as buscas �s 11 v�timas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Grande BH. Os militares passaram a desenvolver suas fun��es com protocolos de seguran�a para evitar contamina��o por coronav�rus, desde a verifica��o de temperatura at� o transporte dos envolvidos.

PBH volta a flexibilizar com�rcio e autoriza novos setores

Em 20 de agosto, o prefeito Alexandre Kalil autorizou a reabertura de lojas de rua e de shoppings de segunda � sexta-feira – na flexibiliza��o anterior, o sinal verde valia por tr�s vezes na semana. Uma semana depois, mais setores foram incorporados na retomada econ�mica na capital mineira, como academias, cl�nicas de est�tica e bares e restaurantes. Todos os estabelecimentos tiveram hor�rios definidos para funcionar. No caso de bares e restaurantes, por exemplo, a venda de bebidas alco�licas s� podia ser feita em determinadas faixas de hor�rio. Parques tamb�m foram reabertos. O p�blico precisava apenas retirar ingressos pela internet, como forma de controle por parte da PBH.
 

Setembro

Inc�ndios em Minas

O ano de 2020 foi mais um em que Minas Gerais sofreu com os inc�ndios, em diversas partes do estado. Na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, em setembro, a Serra da Moeda sofreu com as chamas, que chegaram a assustar moradores. V�deos enviados ao Estado de Minas, na �poca, mostravam as labaredas pr�ximas �s resid�ncias. Os focos foram controlados depois de cinco dias de combate.

Outro local bastante castigado pelas chamas foi a Serra do Cip�. Foram 10 dias de combate direto �s labaredas. Mais de 16 mil hectares do Parque Nacional foram consumidos pelo fogo. A t�tulo de compara��o, a �rea � quase equivalente �s das regionais Barreiro, Pampulha, Centro-Sul e Leste de BH somadas.

O Estado de Minas tamb�m acompanhou de perto o trabalho de bombeiros e brigadistas contra o fogo em Lapinha da Serra. Cerca de 2,8 mil hectares foram queimados. As chamas trouxeram grande preocupa��o � comunidade, mesmo estando mais distantes das casas e pousadas.

Morte de Tio Wilson

Na noite de 12 de setembro, o baterista da banda mineira Lagum, Breno Braga, morreu aos 34 anos. Conhecido como Tio Wilson, Breno teve uma indisposi��o depois de um show e morreu ap�s uma parada cardiorrespirat�ria, de acordo com o grupo musical. Em 11 de dezembro, a Pol�cia Civil concluiu o laudo que investigava a causa da morte de Tio Wilson. De acordo com a institui��o, Breno morreu de "causa natural por miocardiopatia dilatada". Breno era casado. Dias depois da morte do m�sico, a vi�va Ellen Cassim, de 38 anos, revelou que esperava um filho do baterista.

Autoriza��o para reabertura de clubes e funcionamento da Feira Hippie

No fim de setembro, clubes de lazer e a tradicional Feira Hippie tiveram autoriza��o da Prefeitura de BH para funcionar. As atividades tiveram regras definidas para evitar a contamina��o por COVID-19 entre a popula��o. A Feira Hippie foi estendida da Avenida Caranda� at� a Pra�a Sete. A medida foi tomada para garantir um distanciamento maior entre as barracas. As tendas de alimenta��o foram alocadas, tamb�m, em um novo ponto: na Rua Esp�rito Santo, esquina com Avenida Afonso Pena. Os clubes tamb�m tiveram que passar por adapta��es para poder voltar a funcionar. Saunas n�o puderam funcionar e um distanciamento teria que ser garantido entre as pessoas por raias nas piscinas.


Outubro

Recordes de calor

Outubro foi um m�s quente em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, por exemplo, foram dois recordes de calor na hist�ria da capital mineira. No dia 3, os term�metros atingiram os 37,8°C. Quatro dias depois, a temperatura subiu ainda mais: 38,4°C. Teve cidade que superou os 40°C. Foi o caso de Ituiutaba, no Tri�ngulo Mineiro, onde foram registrados 41,7ºC.


Novembro

Elei��es 2020

Mesmo com pandemia, brasileiros foram �s urnas escolher prefeitos e vereadores. Em Belo Horizonte, Alexandre Kalil foi reeleito com 63,36% dos votos e permanecer� chefiando a prefeitura da capital mineira por mais quatro anos. Kalil ficou 53,41% � frente de Bruno Engler (PRTB), segundo na corrida eleitoral, que recebeu 9,95% dos votos. Ao todo, o candidato do PSD teve 784.307 votos.

Se em Belo Horizonte a disputa foi tranquila, em Contagem, na Regi�o Metropolitana, foi completamente diferente. Al�m de a disputa entre Mar�lia Campos (PT) e Felipe Saliba (DEM) ter ido para o segundo turno, o pleito foi acirrado durante toda a apura��o, mas a candidata petista levou a melhor ap�s ter a prefer�ncia de 51,35% dos contagenses.

Pr�dio amea�a cair em Betim

Em 17 de novembro, um pr�dio em Betim, na Grande BH, causou susto e transtornos para alguns moradores do Bairro Ponte Alta. Isso porque o edif�cio de cinco andares tombou e correu risco de desmoronar. A constru��o estava na reta final. O im�vel come�ou a ser demolido mais de uma semana depois do tombamento, no dia 26 de novembro. Ao todo, 15 fam�lias de casas vizinhas tiveram que ser retiradas de suas resid�ncias.

10 mil mortes por COVID-19 em Minas

Novembro tamb�m foi o m�s em que Minas Gerais chegou a 10 mil mortes causadas pelo coronav�rus. Na �poca, de acordo com dados do Grupo de Estudos em Economia da Sa�de (GEESC) e Criminalidade da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que analisa as estat�sticas da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas, os casos di�rios estavam em alta em 11 regi�es do estado: Centro, Oeste, Centro-Sul, Sudeste, Sul, Leste, Leste do Sul, Vale do A�o, Jequitinhonha, Noroeste e Tri�ngulo do Norte.


Dezembro

Minas completa 300 anos

Dezembro come�ou em clima de anivers�rio, mesmo com todos os desafios enfrentados em 2020. Isso porque Minas Gerais, no �ltimo dia 2, completou 300 anos. E n�o foi s� o estado que “assoprou velinhas”. A capital Belo Horizonte, no dia 12, passou a ter 123 anos de exist�ncia.

Trag�dia na BR-381

Um acidente na BR-381, uma das mais violentas do pa�s, chocou Minas Gerais e o Brasil. No �ltimo dia 4, um �nibus que saiu do povoado de Mata Grande/AL, com destino a S�o Paulo, caiu de uma ponte na altura de Jo�o Monlevade, na Regi�o Central do estado. Ao todo, 19 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas. De acordo com a Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o coletivo, que pertencia � Localima Turismo, n�o tinha autoriza��o para transportar passageiros. O �nibus, inclusive, j� havia sido autuado por levar pessoas de forma irregular. As causas do acidente ainda est�o sendo investigadas pela Pol�cia Civil.

Cont�gio da COVID-19 volta a subir e cerveja � proibida em bares de BH

Os n�meros do coronav�rus em Belo Horizonte voltaram a apresentar eleva��o na reta final de 2020. Com isso, a prefeitura tomou algumas medidas para tentar conter o avan�o da doen�a, entre elas, a restri��o do consumo de bebidas alco�licas em bares, restaurantes e afins. A medida desagradou comerciantes, que ingressaram com mandados de seguran�a na Justi�a, por�m, as liminares foram derrubadas pela PBH. Licenciamento de eventos gastron�micos, shows e espet�culos foram suspensos, bem como as festas de final de ano na capital mineira. No dia 18, o prefeito Alexandre Kalil fez um pedido para a popula��o, sobretudo para a “classe A”, para que evitasse aglomera��es, uma vez que leitos de terapia intensiva estavam chegando no limite. “Quero dizer ao pessoal da caminhonete cabine dupla que cart�o de sa�de n�o � vacina. Aconselho que todos que acham que o cart�o de plano de sa�de � vacina, que consultem os hospitais particulares que eles frequentam para ver a situa��o desses hospitais particulares, que est�o estrangulados, fechando portas para paciente”, afirmou.


Serra do Cipó em chamas: incêndios florestais castigaram o estado durante o período da seca(foto: Leandro Couri/EM/D.A press - 9/10/20)
Serra do Cip� em chamas: inc�ndios florestais castigaram o estado durante o per�odo da seca (foto: Leandro Couri/EM/D.A press - 9/10/20)

Mais de 190 mil despedidas

Mais de 190 mil vidas foram perdidas para o coronav�rus no Brasil em 2020. Cada v�tima com sua hist�ria. Protagonistas no filme de suas respectivas fam�lias. Na lista de mortos da pandemia tamb�m est�o personalidades que estiveram nas casas dos brasileiros nos �ltimos anos por meio da televis�o.

� o caso, por exemplo, de Nicette Bruno. A atriz, que ficou quase um m�s internada em um hospital do Rio de Janeiro, morreu aos 87 anos, no �ltimo dia 20, sendo mais uma v�tima das complica��es da doen�a. Seis dias antes, Paulinho, vocalista do Roupa Nova, tamb�m morreu de COVID-19. O m�sico tinha 68 anos.

O Brasil tamb�m se despediu do ator Eduardo Galv�o, no dia 7. Aos 58, Galv�o contraiu coronav�rus e precisou ser intubado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, acabou perdendo a vida.

Em Belo Horizonte, Parrerito, aos 67, foi outra v�tima da COVID-19. O cantor, que era integrante do Trio Parada Dura, ficou internado entre os meses de agosto e setembro, mas n�o conseguiu se recuperar dos efeitos da doen�a. As complica��es do coronav�rus tamb�m foram demais para o apresentador Rodrigo Rodrigues, que morreu em julho, aos 45. Aldir Blanc tamb�m deixou o mundo da cultura �rf�o, ao perder a vida para o coronav�rus, aos 73, em maio.

Enquanto estrelas an�nimas e conhecidas deixavam mais de 190 mil fam�lias desoladas, faltou coordena��o para combater a COVID-19 no Brasil. Estados e munic�pios passaram a ficar respons�veis pelas principais a��es, mas, em Minas Gerais, por exemplo, o governador Romeu Zema discordava do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Enquanto Zema pregava uma flexibiliza��o do com�rcio, Kalil optou pelo rigor no isolamento, fato que provocou a troca de diversas farpas entre os dois.

Enquanto isso, no governo federal, tr�s ministros passaram pelo Minist�rio da Sa�de durante a pandemia. Luiz Henrique Mandetta foi demitido da pasta em abril, ap�s discord�ncias com o presidente Jair Bolsonaro. O substituto Nelson Teich ficou menos de um m�s no cargo e deixou o governo. Eduardo Pazuello, que � general do Ex�rcito, passou a ser o interino na fun��o, at� ser efetivado por Bolsonaro.

Enquanto isso, a popula��o espera aflita por uma vacina. V�rios estados e munic�pios chegaram a fechar acordos por conta pr�pria, como Belo Horizonte, que anunciou a inten��o de compra de doses da CoronaVac, produzida pelo laborat�rio Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante vem sendo o piv� de uma discuss�o pol�tica entre Bolsonaro e o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria.

O governo federal, por sua vez, ainda n�o efetivou nenhuma compra de doses, mas encaminhou acordos que garantem, na vis�o do Minist�rio da Sa�de, acesso aos imunizantes fabricados pelo laborat�rio AstraZeneca, al�m do Cons�rcio Covax Facility e da farmac�utica Pfizer. Apesar disso, nenhuma obteve o registro das vacinas junto � Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). Aos brasileiros, resta a expectativa por um 2021 melhor. E com vacina.


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