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Estado de Minas MANIFESTA��O

Comerciantes fazem aglomera��o em protesto contra decreto de Kalil

Porta da Prefeitura de BH ficou lotada de manifestantes contr�rios �s medidas restritivas devido � pandemia de COVID-19


11/01/2021 10:03 - atualizado 11/01/2021 13:35

Manifestantes se reúnem na porta da Prefeitura de Belo Horizonte para protestar contra o fechamento do comércio na capital(foto: Jair Amaral/EM/D. A. Press)
Manifestantes se re�nem na porta da Prefeitura de Belo Horizonte para protestar contra o fechamento do com�rcio na capital (foto: Jair Amaral/EM/D. A. Press)
Manifestantes de diversos setores comerciais se re�nem na manh� desta segunda-feira (11/01) na porta da Prefeitura de Belo Horizonte, na Regi�o Central da cidade. Eles s�o contr�rios � decis�o do Executivo de somente permitir o funcionamento de servi�os e estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados, farm�cias, postos de gasolina, padarias e sacol�es.

Milhares de pessoas participaram do ato, v�rias com camisas e bandeiras do Brasil e nariz de palha�o. Durante o protesto, que causou grande aglomera��o na porta da PBH, v�rias pessoas estavam sem m�scara de prote��o contra a COVID-19. Vereadores de Belo Horizonte, deputados, membros de associa��es de com�rcio, bares e restaurantes e diversos setores do com�rcio tamb�m estavam presentes no ato contra a decis�o de Kalil.
 
Tamb�m houve buzina�o por parte de quem passou de carro pelo local, na Avenida Afonso Pena. A BH Trans fechou a avenida, nos dois sentidos (Mangabeiras e Centro), o que congestionou o tr�nsito em toda regi�o.
 
BH Trans fecha Avenida Afonso Pena, sentido Mangabeiras(foto: Jair Amaral/EM/D. A. Press)
BH Trans fecha Avenida Afonso Pena, sentido Mangabeiras (foto: Jair Amaral/EM/D. A. Press)
Durante o protesto, Mariel Marra, que se apresentou como prestador de servi�os jur�dicos ao gabinete do vereador Nikolas Ferreira (PRTB), discursou em frente � PBH contra medidas de restri��o ao funcionamento do com�rcio. "N�s vamos ter que apelar", disse. Veja:
 
Depois, em contato com o Estado de Minas, Nikoas negou que Marra tenha liga��o trabalhista com ele. "O Mariel Marra n�o � meu assessor. Ele � uma pessoa que eu conhe�o, um advogado que est� ali pela causa, assim como v�rias outras pessoas que querem ajudar de maneira espont�nea. Mas n�s n�o temos rela��o trabalhista, rela��o de emprego nenhuma. Ele acabou se exaltando l�, ultrapassando o limite, mas � um cara que ajuda em alguma demanda e tudo. Mas nenhum v�nculo".

Pouco antes dessa manifesta��o, donos de academias j� estavam na prefeitura para contestar a decis�o, justificada pelo aumento de casos do novo coronav�rus e situa��o dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em BH. Eles voltaram para este novo protesto e, segundo o instrutor da academia Open Fitness, que fica no bairro Jardim Am�rica, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, Jamilson Castro, de 33 anos, a sa�de no Brasil tem que ser vista al�m da est�tica. "No meu modo de pensar a academia hoje em dia � uma forma de cuidar da sa�de e vai muito al�m da est�tica. Eu trabalho com dan�a, com senhoras de v�rias idades e vejo a import�ncia de se exercitar e eliminar qualquer tipo de doen�a", afirmou. 
 
Enquanto ao fechamento, ele diz discordar da decis�o porque est�o cumprindo as regras de preven��o. "A quest�o da paralisa��o tras uma frustra��o porque estamos seguindo todas as orienta��es da OMS. ENt�o trabalhar nos deixa mais feliz em poder compartilhar com a sa�de, os m�dicos e enfermeiros. Faz com que as pessoas se preocupem mais com a sa�de", disse.
 
Donos e funcionários de academias também estão presentes no protesto desta segunda-feira (11/01) na porta da Prefeitura de Belo Horizonte(foto: Matheus Muratori/EM/D. A. Press)
Donos e funcion�rios de academias tamb�m est�o presentes no protesto desta segunda-feira (11/01) na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (foto: Matheus Muratori/EM/D. A. Press)
O empres�rio da Lealtex, Adolfo de Oliveira, de 45 anos, acredita que a culpa da transmiss�o do v�rus est� recaindo, de forma equivocada, sobre os comerciantes. "Essa decis�o do prefeito � totalmente equivocada, pegar um setor e pagar o pato por uma situa��o m�dica que acontece de uma forma que o com�rcio n�o interfere", afirmou.

Ele ainda citou seu estabelecimento como exemplo. "Estamos com 50% a menos do faturamento, as lojas est�o totalmente vazias e carentes de clientes, um movimento 'pife' e ele ainda fecha? O que estamos contribuindo para a dissemina��o? Seguimos todos os protocolos exigidos", completou.
 
Dono da loja Lealtex junto a funcionárias também protestam na porta da PBH(foto: Matheus Muratori/EM/D. A. Press)
Dono da loja Lealtex junto a funcion�rias tamb�m protestam na porta da PBH (foto: Matheus Muratori/EM/D. A. Press)
As manifesta��es se encerraram por volta de 12h, a multid�o come�ou a ser dispensada e o tr�nsito liberado aos poucos.
 

Justificativa 

Na �ltima quarta-feira (06/01), o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), utilizou as redes sociais para justificar o fechamento do com�rcio n�o essencial. De acordo com o prefeito, a COVID-19 “chegou no limite” em Belo Horizonte. A ocupa��o de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo, permanece na casa dos 80%, na zona vermelha de alerta, uma vez que a demanda superou a marca de 70%.

Para efeito de compara��o, o percentual de uso na terapia intensiva era de 44% no in�cio de dezembro. Contudo, vale lembrar que a prefeitura alterou o crit�rio de avalia��o em 18 de dezembro. Em vez de considerar a oferta em potencial, a prefeitura passou a colocar na conta apenas os leitos que realmente estavam � disposi��o da popula��o.
 
"S�o n�meros impressionantes. Houve uma importa��o da doen�a surpreendente, porque temos casos, hoje, em hospitais particulares de BH de uma fam�lia inteira e fam�lias inteiras, que passaram o Natal juntos, (e que hoje est�o) infectados e internados”, disse o chefe do Executivo municipal.

Veja como ficar� o com�rcio em BH a partir de segunda:


  • Padarias e lanchonetes (vedado o consumo no local) (de 5h �s 22h)
  • Com�rcio varejista de latic�nios e frios (de 7h �s 21h)
  • A�ougue e Peixaria (de 7h �s 21h)
  • Hortifrutigranjeiros (de 7h �s 21h)
  • Minimercados, mercearias e armaz�ns (de 7h �s 21h)
  • Supermercados e hipermercados (de 7h �s 22h)
  • Artigos farmac�uticos (sem restri��o de hor�rio)
  • Artigos farmac�uticos, com manipula��o de f�rmula (sem restri��o de hor�rio)
  • Com�rcio varejista de artigos de �ptica (sem restri��o de hor�rio)
  • Artigos m�dicos e ortop�dicos (sem restri��o de hor�rio)
  • Tintas, solventes e materiais para pintura (de 7h �s 21h)
  • Material el�trico e hidr�ulico, vidros e ferragem (de 7h �s 21h)
  • Madeireira (de 7h �s 21h)
  • Material de constru��o em geral (de 7h �s 21h)
  • Combust�veis para ve�culos automotores (sem restri��o de hor�rio)
  • Pe�as e acess�rios para ve�culos automotores (de 8h �s 17h)
  • Com�rcio varejista de g�s liquefeito de petr�leo - GLP (sem restri��o de hor�rio)
  • Com�rcio atacadista da cadeia de atividades do com�rcio varejista da fase de controle (5h �s 17h)
  • Ag�ncias banc�rias: institui��es de cr�dito, seguro, capitaliza��o, com�rcio e administra��o de valores imobili�rios (sem restri��o de hor�rio)
  • Casas lot�ricas (sem restri��o de hor�rio)
  • Ag�ncia de correio e tel�grafo (sem restri��o de hor�rio)
  • Com�rcio de medicamentos para animais (sem restri��o de hor�rio)
  • Atividades de servi�os e servi�os de uso coletivo, exceto os especificados no art. 2º do Decreto nº 17.328, de 8 de abril de 2020 (sem restri��o de hor�rio)
  • Atividades industriais (sem restri��o de hor�rio)
  • Banca de jornais e revistas (sem restri��o de hor�rio)
  • Servi�os de alimenta��o, apenas para entrega em domic�lio e retirada no local de alimentos prontos e embalados para consumo fora do estabelecimento, nos termos do art. 3º do Decreto nº 17.328, de 2020 (sem restri��o de hor�rio)
  • Restaurantes, lanchonetes, bares e estabelecimentos cong�neres no interior de hot�is, pousadas e similares, para atendimento exclusivo aos h�spedes, nos termos do art. 4º do Decreto nº 17.328, de 2020 (sem restri��o de hor�rio)
  • Atividades autorizadas neste anexo em funcionamento no interior de shopping centers, galerias de loja e centros de com�rcio (Dever�o ser observados os hor�rios de cada atividade)

N�o podem funcionar em BH

  • Casas de shows e espet�culos de qualquer natureza
  • Boates, danceterias, sal�es de dan�a
  • Casas de festas e eventos
  • Feiras, exposi��es, congressos e semin�rios
  • Shoppings centers, centros de com�rcio e galerias de lojas
  • Cinemas e teatros
  • Clubes de servi�o e de lazer
  • Academias, centros de gin�stica e estabelecimentos de condicionamento f�sico
  • Cl�nicas de est�tica e sal�es de beleza
  • Parques de divers�o e parques tem�ticos
  • Bares, restaurantes e lanchonetes (para consumo interno)

Tamb�m ficam suspensas

  • Autoriza��es para eventos em propriedades e logradouros p�blicos
  • Autoriza��es de feiras em propriedade
  • Autoriza��es para atividades de circos e parques de divers�es

Parques e Zool�gico abrem; Feira Hippie � suspensa

Nesta sexta-feira, a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que as feiras organizadas pelo Munic�pio, como a Feira Hippie da Avenida Afonso Pena, tamb�m foram suspensas por meio de uma portaria do DOM. 

Festas em espa�os comuns de condom�nios residenciais ou corporativos continuam proibidas. 

Parques p�blicos e o Zool�gico de BH continuam recebendo visitantes com agendamento pr�vio. As pra�as permanecer�o abertas. O BH Resolve tamb�m vai manter os atendimentos presenciais com marca��o pela internet e restri��es. 

Delivery e retirada na porta

A prefeitura tamb�m ressalta que todos os estabelecimentos poder�o vender por delivery e os que tiverem estacionamento internalizado (sem ser na cal�ada), podem disponibilizar o servi�o de drive-thru para os clientes. Bares, restaurantes e estabelecimentos dessa natureza podem atender por delivery e retirada na porta, sem consumo no local. 

“Um total de 156.958 empresas de servi�os e de atividades essenciais (84% das empresas ativas instaladas na capital) seguem autorizadas a funcionar. Empres�rios e empreendedores podem consultar se seu estabelecimento pode abrir na data da consulta e todas as orienta��es necess�rias neste link. A pesquisa pode ser feita pelo c�digo ou descri��o da Classifica��o Nacional de Atividades Econ�micas (CNAE) ou pelo grupo de atividades”, informou a PBH.
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira  


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