
A fam�lia ent�o procurou o Hospital S�o Francisco, onde constatou que Leonora havia sido encaminhada por engano ao cemit�rio da Consola��o, no Bairro Jaqueline, Regi�o Norte da cidade. Por l�, foi velada e sepultada por parentes de um outro paciente do S�o Francisco, Fernando de Jesus Reis, 68, diagnosticado com a COVID-19 e que morreu no mesmo dia da idosa, na mesma ala hospitalar. Como o protocolo municipal para �bitos pela doen�a inclui ritos f�nebres com caix�es fechados, os parentes dele n�o puderem constatar a troca.
"N�o sei nem te falar o tamanho dessa dor que estou sentindo. Perder uma pessoa que a gente ama j� � dif�cil. N�o poder nem enterr�-la faz doer muito mais. Estamos todos revoltados e machucados", desabafa a neta da falecida.
Cova coletiva
Os familiares de Leonora podem n�o ter a chance de se despedir dela. De acordo com Kelly, o cad�ver de sua av� foi inserido em uma cova coletiva do cemit�rio da Consola��o. Depois do enterro, outros dois corpos foram adicionados ao t�mulo. Conforme as normas da necr�pole, a remo��o da aposentada requer autoriza��o das fam�lias desses dois finados e uma delas j� teria informado que n�o vai permitir a exuma��o.
"S� sei que queremos enterrar minha av�. O erro n�o foi nosso. Quem errou tem que resolver. Essa situa��o pela qual estamos passando � indigna!", afirma Kelly.
Ela relata que, nesta manh�, seus tios foram convidados para uma reuni�o com a diretoria do hospital S�o Francisco, que teria se comprometido a ajud�-los a resolver o impasse.
Os parentes de Fernando de Jesus Reis aguardam para sepultar o verdadeiro cad�ver, que permaneceu no hospital at� a noite dessa ter�a (12/01) e ainda n�o havia sido liberado at� as 11 desta quarta (13/1).
Hospital culpa funer�ria
Procurada pelo Estado de Minas, a Funda��o Hospitalar S�o Francisco de Assis (FHSFA) informou, em nota, que o equ�voco que resultou na troca dos corpos foi cometido pela Funer�ria Emirtra, citada como respons�vel pela prepara��o dos mortos.
O comunicado diz que essa empresa n�o realizou a devida confer�ncia no processo de recolhimento e deslocamento dos cad�veres para os cemit�rios e, inclusive, j� teria admitido o erro. A funer�ria tamb�m teria se comprometido a solucionar a quest�o e arcar com todas as poss�veis despesas que o transtorno causar� �s fam�lias dos pacientes.
"Apesar de n�o ter nenhuma responsabilidade sobre o triste fato ocorrido, a Funda��o lamenta muito e se solidariza com as dores dos familiares. Sabemos que � um momento de muita tristeza e o enterro faz parte do processo de luto", finaliza o texto.
A reportagem tentou contato com a Emirtra, mas n�o obteve retorno.
A reportagem tentou contato com a Emirtra, mas n�o obteve retorno.