(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas OCUPA��O DE UTI PASSA DOS 90%

� beira do colapso: decreto fecha servi�os n�o essenciais em Pouso Alegre

Medida foi adotada para conter o avan�o da pandemia de COVID-19 no munic�pio. Ocupa��o de leitos de UTI chegou a 93%


16/01/2021 13:28 - atualizado 16/01/2021 14:52

Comércio de Pouso Alegre fecha as portas após decreto para conter avanço da COVID-19(foto: Terra do Mandu)
Com�rcio de Pouso Alegre fecha as portas ap�s decreto para conter avan�o da COVID-19 (foto: Terra do Mandu)
Ap�s o sistema de sa�de chegar � beira do colapso, o com�rcio de Pouso Alegre, Regi�o Sul de Minas, considerado n�o essencial, n�o abriu as portas neste s�bado (16/01). Na sexta-feira, o prefeito Rafael Sim�es (DEM) assinou o Decreto Nº 5.235, suspendendo esse tipo de atividade por tempo indeterminado. A medida foi adotada ap�s o Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio, refer�ncia no atendimento regional, chegar a 93% de ocupa��o dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva.

 

Al�m disso, outro decreto, o Nº 5.236, autoriza a requisi��o de leitos de UTI dos hospitais particulares do munic�pio. Segundo o prefeito, entre os fatores que levaram � publica��o do decreto est�o: falta de consci�ncia da popula��o em adotar medidas de prote��o contra o novo coronav�rus; aumento do n�mero de casos confirmados; grande demanda do hospital regional (j� sem capacidade de atender os pacientes); e falta de oxig�nio que o setor da sa�de tem enfrentado.

 

“Hoje n�s chegamos ao �pice. N�o temos mais como atender a demanda que chega ao nosso hospital. Estamos requisitando leitos de hospitais particulares para n�o deixar os pacientes em atendimento. Entretanto, isso n�o � suficiente. J� que a popula��o n�o est� tendo consci�ncia do momento dif�cil que estamos passando. N�o me resta outra alternativa ao n�o ser decretar o fechamento das atividades n�o essenciais da nossa cidade”, disse o prefeito em v�deo divulgado nas redes sociais da prefeitura.

 

Neste sentido, o decreto Nº 5.235 suspende eventos p�blicos e particulares de qualquer natureza e o funcionamento de estabelecimentos comerciais e de servi�os, exceto: supermercados e similares, farm�cias, postos de combust�veis, hot�is e pousadas, transportes e oficinas, entre outros poucos segmentos considerados essenciais.

 

Ainda de acordo com o decreto, fica proibida a aglomera��o de pessoas em logradouros e espa�os p�blicos. A Pol�cia Militar e a Pol�cia Civil poder�o atuar para assegurar o cumprimento das medidas determinadas independentemente de requisi��o.

 

Rafael Sim�es ainda sugeriu aos colegas prefeitos das cidades vizinhas a tomar uma atitude forte. “Do contr�rio, voc� n�o ter� para onde mandar os pacientes contaminados”, alertou.

 

Sim�es ainda pediu desculpas aos comerciantes, mas garantiu que n�o tem o que fazer. “A medida � necess�ria e ser� por prazo indeterminado. At� que o povo se conscientize que n�s precisamos respeitar um ao outro, usando m�scara, �lcool gel, o que n�o vem acontecendo", lamentou.

 

Requisi��o de leitos cl�nicos e UTI’s

 

O decreto Nº 5.236 estabelece que autoridades envolvidas nas a��es de enfrentamento da emerg�ncia de sa�de p�blica decorrente do novo coronav�rus (COVID-19) poder�o requerer leitos cl�nicos e de UTIs dos hospitais particulares em Pouso Alegre. Enquanto vigorar a requisi��o administrativa de leitos hospitalares devem permanecer suspensos os procedimentos eletivos.

 

N�meros da COVID em Pouso Alegre

 

Pouso Alegre lidera o n�mero de casos confirmados de COVID-19 no Sul de Minas e ultrapassou a marca dos 5 mil moradores infectados. De acordo com �ltimo boletim divulgado pela prefeitura neste s�bado, o munic�pio chegou a 5.084 registros do novo coronav�rus, com 83 mortes.

 

 

A ocupa��o dos leitos de UTI no Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio, refer�ncia no atendimento regional, chegou a 93%, com 28 dos 30 leitos ocupados.

 

Comerciantes protestam

 

Comerciantes fizeram protesto após serem obrigados a fechar suas lojas(foto: Magson Gomes/Terra do Mandu)
Comerciantes fizeram protesto ap�s serem obrigados a fechar suas lojas (foto: Magson Gomes/Terra do Mandu)
Ap�s o decreto, os comerciantes fizeram um protesto para pedir a reabertura de seus estabelecimentos. Eles se concentraram na Pra�a Senador Jos� Bento. Com camisetas e cartazes, afirmavam que a culpa para o aumento de casos n�o � do com�rcio. Em seguida, sa�ram em caminhada pelo Centro da cidade.

 

Kelly Ribeiro tem uma brinquedoteca que estava fechada desde mar�o. Em outubro teve libera��o para funcionar com limita��es, mas agora voltou a ser obrigada a fechar. A empres�ria conta que o funcionamento, mesmo que de maneira restrita, estava dando para manter as contas fixas.

 

“Agora esse novo fechamento s� veio para atrapalhar. A gente j� tem eventos reduzidos, seguindo os protocolos de seguran�a. E as pessoas deixam de fazer os eventos nas nossas casas, que conseguimos controlar, e v�o para s�tios aglomerando com 50 at� 200 pessoas”, disse.

 

O presidente da Associa��o do Com�rcio e Ind�stria de Pouso Alegre (Acipa) Ibrahim Kallas afirma que o apoio ao protesto dos comerciantes � no sentido de concilia��o.

 

“N�s entendemos o problema ser�ssimo que a sa�de passa. Eu, como m�dico, estou vendo isso de perto. Mas temos que encontrar solu��es que possam atender a necessidade do com�rcio, que n�o pode parar. Estamos trabalhando ideias, elaborando um documento, propondo solu��es para entregarmos para a prefeitura”, diz o presidente da Acipa.

 

Esse � o segundo decreto que fecha o com�rcio n�o essencial em Pouso Alegre. O primeiro foi no final de mar�o, com a flexibiliza��o tendo iniciado uma semana depois. Ap�s sete meses de lojas abertas, seguindo regras sanit�rias, os comerciantes alegam que o n�mero de casos de COVID n�o estava aumentando.

 

“Existem fortes ind�cios dessa realidade. Durante o tempo que o com�rcio estava aberto, n�s n�o tivemos um surto. Tanto � que o com�rcio est� aberto tem alguns meses e o surto aconteceu agora. A contamina��o se faz em 10 a 15 dias. Ent�o, algo que aconteceu por aglomera��es de outro sentido. Essa � nossa linha de pensamento e que vamos debater com o poder p�blico”, finaliza.

 

(Gabriella Starneck e Magson Gomes/Especial para o EM)



receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)