
Al�m disso, outro decreto, o Nº 5.236, autoriza a requisi��o de leitos de UTI dos hospitais particulares do munic�pio. Segundo o prefeito, entre os fatores que levaram � publica��o do decreto est�o: falta de consci�ncia da popula��o em adotar medidas de prote��o contra o novo coronav�rus; aumento do n�mero de casos confirmados; grande demanda do hospital regional (j� sem capacidade de atender os pacientes); e falta de oxig�nio que o setor da sa�de tem enfrentado.
“Hoje n�s chegamos ao �pice. N�o temos mais como atender a demanda que chega ao nosso hospital. Estamos requisitando leitos de hospitais particulares para n�o deixar os pacientes em atendimento. Entretanto, isso n�o � suficiente. J� que a popula��o n�o est� tendo consci�ncia do momento dif�cil que estamos passando. N�o me resta outra alternativa ao n�o ser decretar o fechamento das atividades n�o essenciais da nossa cidade”, disse o prefeito em v�deo divulgado nas redes sociais da prefeitura.
Neste sentido, o decreto Nº 5.235 suspende eventos p�blicos e particulares de qualquer natureza e o funcionamento de estabelecimentos comerciais e de servi�os, exceto: supermercados e similares, farm�cias, postos de combust�veis, hot�is e pousadas, transportes e oficinas, entre outros poucos segmentos considerados essenciais.
Ainda de acordo com o decreto, fica proibida a aglomera��o de pessoas em logradouros e espa�os p�blicos. A Pol�cia Militar e a Pol�cia Civil poder�o atuar para assegurar o cumprimento das medidas determinadas independentemente de requisi��o.
Rafael Sim�es ainda sugeriu aos colegas prefeitos das cidades vizinhas a tomar uma atitude forte. “Do contr�rio, voc� n�o ter� para onde mandar os pacientes contaminados”, alertou.
Sim�es ainda pediu desculpas aos comerciantes, mas garantiu que n�o tem o que fazer. “A medida � necess�ria e ser� por prazo indeterminado. At� que o povo se conscientize que n�s precisamos respeitar um ao outro, usando m�scara, �lcool gel, o que n�o vem acontecendo", lamentou.
Requisi��o de leitos cl�nicos e UTI’s
O decreto Nº 5.236 estabelece que autoridades envolvidas nas a��es de enfrentamento da emerg�ncia de sa�de p�blica decorrente do novo coronav�rus (COVID-19) poder�o requerer leitos cl�nicos e de UTIs dos hospitais particulares em Pouso Alegre. Enquanto vigorar a requisi��o administrativa de leitos hospitalares devem permanecer suspensos os procedimentos eletivos.
N�meros da COVID em Pouso Alegre
Pouso Alegre lidera o n�mero de casos confirmados de COVID-19 no Sul de Minas e ultrapassou a marca dos 5 mil moradores infectados. De acordo com �ltimo boletim divulgado pela prefeitura neste s�bado, o munic�pio chegou a 5.084 registros do novo coronav�rus, com 83 mortes.
A ocupa��o dos leitos de UTI no Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio, refer�ncia no atendimento regional, chegou a 93%, com 28 dos 30 leitos ocupados.
Comerciantes protestam

Kelly Ribeiro tem uma brinquedoteca que estava fechada desde mar�o. Em outubro teve libera��o para funcionar com limita��es, mas agora voltou a ser obrigada a fechar. A empres�ria conta que o funcionamento, mesmo que de maneira restrita, estava dando para manter as contas fixas.
“Agora esse novo fechamento s� veio para atrapalhar. A gente j� tem eventos reduzidos, seguindo os protocolos de seguran�a. E as pessoas deixam de fazer os eventos nas nossas casas, que conseguimos controlar, e v�o para s�tios aglomerando com 50 at� 200 pessoas”, disse.
O presidente da Associa��o do Com�rcio e Ind�stria de Pouso Alegre (Acipa) Ibrahim Kallas afirma que o apoio ao protesto dos comerciantes � no sentido de concilia��o.
“N�s entendemos o problema ser�ssimo que a sa�de passa. Eu, como m�dico, estou vendo isso de perto. Mas temos que encontrar solu��es que possam atender a necessidade do com�rcio, que n�o pode parar. Estamos trabalhando ideias, elaborando um documento, propondo solu��es para entregarmos para a prefeitura”, diz o presidente da Acipa.
Esse � o segundo decreto que fecha o com�rcio n�o essencial em Pouso Alegre. O primeiro foi no final de mar�o, com a flexibiliza��o tendo iniciado uma semana depois. Ap�s sete meses de lojas abertas, seguindo regras sanit�rias, os comerciantes alegam que o n�mero de casos de COVID n�o estava aumentando.
“Existem fortes ind�cios dessa realidade. Durante o tempo que o com�rcio estava aberto, n�s n�o tivemos um surto. Tanto � que o com�rcio est� aberto tem alguns meses e o surto aconteceu agora. A contamina��o se faz em 10 a 15 dias. Ent�o, algo que aconteceu por aglomera��es de outro sentido. Essa � nossa linha de pensamento e que vamos debater com o poder p�blico”, finaliza.
(Gabriella Starneck e Magson Gomes/Especial para o EM)