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Estado de Minas PANDEMIA

Governo de MG: munic�pios podem escolher quem vacinar primeiro

Secretaria de Estado de Sa�de detalha como est� sendo feita a distribui��o das doses da CoronaVac e libera munic�pios para definir grupos priorit�rios


19/01/2021 14:06 - atualizado 19/01/2021 19:42

Doses da CoronaVac desembarcaram nessa segunda-feira no aeroporto de Confins(foto: Marcos Vieira/EM/D. A Press)
Doses da CoronaVac desembarcaram nessa segunda-feira no aeroporto de Confins (foto: Marcos Vieira/EM/D. A Press)
No in�cio da tarde desta ter�a-feira (19/1), a Secretaria de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) promoveu uma live com prefeitos, com  participa��o do governador Romeu Zema (Novo), para anunciar os protocolos de vacina��o nos munic�pios mineiros. Na reuni�o, o �rg�o detalhou como ser� feita a distribui��o das doses da vacina contra a COVID-19, que chegaram na noite dessa segunda-feira (18/1) ao estado.

Jana�na Fonseca de Almeida Souza, diretora de Vigil�ncia de Agravos Transmiss�veis apresentou informa��es t�cnicas sobre o plano de vacina��o do estado. "Neste primeiro momento, como a quantidade de doses � pequena e uma popula��o muito espec�fica, demos liberdade para as regionais fazerem o remanejamento do que foi proposto pelo n�vel central, levando em considera��o que alguns dados estavam defasados”, explica.

Jana�na destaca que os gestores precisam avaliar qual � a prioridade de cada munic�pio, qual o primeiro grupo a ser vacinado e em que locais. 

“A gente acredita que, nesse primeiro momento, a estrat�gia n�o seja de deixar a vacina nas unidades de sa�de, mas sim fazer vacina��o extramuro, vacinando nos servi�os de sa�de, onde est�o os profissionais que atendem os casos de COVID, vacinar nas institui��es de longa perman�ncia, onde est�o os idosos. Com parcerias com os distritos sanit�rios ind�genas, nas regi�es de terras ind�genas." 

Para ela, neste momento, as vacina��es ser�o muito localizadas. “� esse o principal desafio que a gente tem, de dar transpar�ncia e calma � popula��o. As vacinas vir�o de forma escalonada, a campanha n�o vai durar pouco tempo. Vai ser uma campanha prolongada e os grupos precisam aguardar sua vez de acordo com a prioridade.” 

O fluxo de distribui��o � importante porque garante a rastreabilidade e controle dos lotes. "Garantimos tamb�m a seguran�a dos imunizantes e o controle de extravio de insumos imunobiol�gicos. Uma vacina t�o rica e valorosa, a gente n�o pode correr o risco de perder nem uma dose.”

“Conseguimos iniciar efetivamente este plano, com o recebimento das vacinas. � o in�cio de um processo, ent�o � muito dif�cil fazer a distribui��o de uma quantidade muito pequena de vacinas, nesse primeiro momento, perto da necessidade imensa da popula��o mineira”, disse Jana�na. 
 

Zema: 'Processo longo' 

 
Na abertura da reuni�o, Romeu Zema destacou a chegada das vacinas a Minas. “Recebemos ontem a primeira carga com 577 mil doses da CoronaVac e hoje cedo j� foram distribu�das todas as 28 regionais da Secretaria de Sa�de. Todos os munic�pios j� t�m acesso � vacina. Desde o in�cio da pandemia, n�s temos trabalhado com o maior planejamento poss�vel para poder salvar vidas e o resultado tem aparecido”, disse o governador. 

“Minas Gerais ainda tem a menor taxa de �bitos do Brasil, apesar de toda nossa dificuldade financeira. Comprometimento, acompanhamento, planejamento � fundamental. Adquirimos respiradores com menor custo do Brasil, aquisi��o das seringas e agulhas de forma planejada. Continuaremos nessa nova etapa da vacina��o. Vai ser um processo longo, talvez at� mais longo do que assistimos desde o in�cio da pandemia at� este momento”, disse o governador. 

Segundo ele, no momento, dependemos da disponibilidade de vacinas. “Esse processo pode levar meses. O mundo inteiro est� ansioso por vacinas. Estamos vendo o embate do governo federal com outros pa�ses e institui��es l� fora, com o objetivo de trazer uma quantidade maior de vacinas. Mas, independente disso, um plano de vacinas bem planejado tamb�m vai ajudar a salvar vidas, disse. 

O secret�rio de Sa�de de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, destacou que o encontro tinha o objetivo de orientar os munic�pios para a distribui��o das doses da vacina contra a COVID-19 e concordou com a posi��o de Zema.  “� o primeiro passo de uma caminhada que ser� longa at� que toda a popula��o brasileira esteja vacinada.” 

Ele destacou que as 6 milh�es de doses ainda est�o longe do esperado. “O passo que n�s demos foi muito grande de conseguir aprova��o da Anvisa, tanto da Corona Vac quanto da Astrazeneca. Aguardamos a produ��o pelas empresas para a chegada das vacinas para cada munic�pio”.  
 
Participaram ainda da reuni�o Julvan Lacerda, presidente da Associa��o Mineira dos Munic�pios (AMM); e Eduardo Luiz da Silva, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Sa�de de Minas Gerais (Cosems/MG). 

Fluxo de distribui��o


Jana�na Souza explicou foi seguido ao m�ximo o que j� � preconizado na rotina. "J� temos uma estrutura de realiza��o de campanhas de vacina��o de rotina. Precisamos implementar, incorporar e estruturar melhor o que j� t�nhamos a capacidade de fazer em conjunto com as Unidades regionais de Saude e com os 853 munic�pios do estado", informou a diretora da vigil�ncia.  

As vacinas chegaram na noite dessa segunda-feira (18/01) no aeroporto de Confins e foram levadas diretamente para a Central Estadual da Rede de Frio, que fica em Belo Horizonte. A equipe passou a madrugada preparando, recebendo essas vacinas. Faturando e fazendo toda a notifica��o no sistema para poder encaminhar para as regionais", diz Jana�na.

Nas primeiras horas desta ter�a-feira, com apoio das for�as de seguran�a, essas vacinas foram encaminhadas para as 28 centrais regionais do estado da rede de frio, uma em cada regional de sa�de. A partir de ent�o, os munic�pios dever�o buscar essas vacinas nas centrais regionais, com o apoio das for�as de seguran�a.  

Segundo a diretora, todos os munic�pios ser�o acompanhados pela Pol�cia Militar ao buscar essas doses. Quando elas chegarem aos munic�pios, as a��es de vacina��o ser�o realizadas.

Vacinas tem v�rus inativado


Em seguida, a diretora apresentou a CoronaVac, vacina que o estado recebeu neste primeira remessa. Ressaltou que � uma vacina de v�rus inativado, uma tecnologia j� conhecida. “A conserva��o dela � bem tranquila, j� estamos acostumados na nossa cadeia de frio, com refrigera��o de 6 a 8 graus. Ela vem em frascos �nicos, para ser aplicada em dose �nica”, explicou.

Segundo ela, a distribui��o levou em conta o p�blico priorit�rio, seguindo as diretrizes do PNI. “Recebemos 577.480 doses e o p�blico priorit�rio s�o idosos que residem em institui��es de longa perman�ncia, pessoas com defici�ncia institucionalizadas. Esse � um p�blico, inclusive n�o temos dados oficiais para saber o quantitativo no estado. Hoje ser� liberada uma nota t�cnica, com todas essas informa��es e vamos solicitar aos munic�pios que possuem pessoas com defici�ncia institucionalizadas que encaminhem este quantitativo para podermos fornecer a vacina, deixamos de reserva t�cnica para essa popula��o. Os ind�genas e os trabalhadores de sa�de, que no estado ultrapassam 600 mil pessoas. Tivemos que estratificar essa categoria. Ser�o vacinados os trabalhadores que atendem unidades de refer�ncia do COVID no estado, trabalhadores da linha de frente e aqueles da aten��o prim�ria � sa�de, que v�o fazer a vacina��o.” 

Os munic�pios devem analisar a quantidade de doses que vai receber, se ser� poss�vel vacinar todos os trabalhadores ou precisaram deixar alguma popula��o para um segundo momento. “N�o vai acontecer de forma igual em todos os munic�pios nem da forma como gostar�amos, mas j� � um passo muito importante no combate a essa doen�a. 

As for�as de seguran�a disponibilizaram pessoal, insumos, aparelhos e aeronaves para o transporte de vacinas. Segundo a diretora, o trabalho das for�as de seguran�a foi essencial para fazer a distribui��o dessas doses. "Demoraram dias para fazer essas rotas por meio terrestre, em rela��o ao tamanho do nosso estado”. 

Foram usados 4 caminh�es da rede de frio, 4 aeronaves e 2 helic�pteros. 

Caderneta de vacina��o no aplicativo 


A diretora tamb�m destacou o aplicativo disponibilizado pelo Minist�rio da Sa�de, Conecte SUS Cidad�o, que � integrado � rede nacional de dados de sa�de, e permite ao cidad�o visualizar a sua caderneta nacional de vacina��o. “Ele consegue ver tudo o que est� registrado no Sistema de informa��o do PNI. Facilita a identifica��o do p�blico priorit�rio, facilita o fluxo de atendimento na unidade, por meio do QR Code”. 

Segundo ela, a secretaria j� tem v�rias estrat�gias de divulga��o para orientar a popula��o como ser� a campanha de vacina��o. Ela tamb�m alerta que o acesso �s informa��es da campanha � feito por um sistema novo do Minist�rio da Sa�de, por isso pode haver instabilidades. “A inten��o � que seja criado um painel de visualiza��o de dom�nio p�blico, um vacin�metro, para a popula��o em geral poder acessar. Estamos prevendo a publica��o de pain�is que deem o m�ximo de transpar�ncia dessas informa��es para a popula��o.”

Al�m disso, quanto � transpar�ncia dos dados, ela disse que o sistema do Minist�rio da Sa�de ainda n�o est� dispon�vel, mas deve ficar em breve. Assim, as pessoas poder�o acessar por meio do localizasus.saude.gov.br. 

Doses levaram em conta a vacina da gripe


A diretora contou que v�rias regionais j� receberam as doses. Todas as 13 rotas a�reas j� decolaram para os destinos e j� chegaram �s unidades regionais de sa�de. N�o houve nenhum problema operacional. E duas rotas terrestres sa�ram para Sete Lagoas e Divin�polis. Ela acredita que as vacinas devem chegar a todos os munic�pios mineiros at� sexta-feira (22/1).  

Depois da apresenta��o dos dados, ela lembrou que as medidas de preven��o devem continuar. “Ainda vamos conviver com essa doen�a por algum tempo e precisamos dar prioridade para aqueles grupos que t�m maior risco”. 

O crit�rio de distribui��o das doses entre os munic�pios, segundo ela, para trabalhadores de sa�de e popula��o ind�gena, levaram em conta as doses aplicadas da vacina influenza, no ano passado, e no cadastro do Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sa�de. 

Os residentes em institui��es de longa perman�ncia foram estimados a partir dos dados da Secretaria de Desenvolvimento Social, mas de acordo com ela, pode haver uma redu��o desse n�mero nos munic�pios. “Se for necess�rio, os gestores devem remanejar de um grupo para outro.”

Doses dupla


A CoronaVac � uma vacina que precisa de duas doses. “A segunda dose vamos aplicar duas semanas ap�s a primeira. As duas doses j� foram para as unidades regionais de sa�de. N�o v�o ser distribu�das aos munic�pios, neste momento, por uma quest�o de seguran�a. Daqui a duas semanas as regionais v�o fazer a distribui��o aos munic�pios”. 

Munic�pios prontos

Julvan Lacerda, presidente da Associa��o Mineira dos Munic�pios, disse que os munic�pios est�o prontos para fazer a vacina��o. “Agora precisamos esperar do governo federal um aporte maior de vacinas. Seis milh�es � um quantitativo importante, olhando a vacina��o no mundo, mas nosso pa�s tem uma dimens�o continental e habitacional muito grande. Precisamos de muito mais e esperamos o mais breve poss�vel. Contamos com o governo do estado para auxiliar o governo federal para fazer acontecer a vacina��o o mais breve poss�vel", completou.
 
Eduardo Luiz da Silva, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Sa�de de Minas Gerais (COSEMS/MG), parabenizou a secretaria e o governo de Minas por ter feito a op��o de aguardar e fazer a vacina��o pelo Plano Nacional de Imuniza��es (PNI). 

“� sem d�vida o maior plano de imuniza��o que n�s temos no mundo. Temos expertise acumulada de 30 anos no SUS, que vem imunizando a popula��o brasileira. S�o apenas 577 mil doses. Mas, para tranquilizar, em uma reuni�o com o minist�rio, eles nos informaram que ser�o 150 milh�es de doses ao longo do primeiro semestre e ao longo do segundo semestre mais 164 milh�es de doses. Temos mais 12 meses para imunizar toda a nossa popula��o. Devemos ter calma e informar a popula��o de como ser� a campanha de vacina��o.” 

Salientou, ainda, que a quantidade de vacinas � inferior ao desejado. “Estamos iniciando um processo, todo in�cio tem suas dificuldades. Ele vai at� o final do ano. Ningu�m precisa correr para os postos de sa�de, fazer aglomera��es na porta das salas de vacina��o. O processo precisa ser organizado para que n�o tenhamos dissemina��o maior do v�rus."
 
*Esatagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz
 


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