(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DECEP��O GERAL

CoronaVac: Prefeitos de cidades menores se revoltam com doses escassas

Alguns munic�pios da Regi�o Central do estado receberam menos de 20 doses da vacina do Instituto Butantan, o que deixou prefeituras frustradas


20/01/2021 15:32 - atualizado 20/01/2021 16:48

Paraopeba tem cerca de 25 mil habitantes e recebeu apenas 68 doses da vacina (foto: Prefeitura Municipal de Paraopeba/Divulgação)
Paraopeba tem cerca de 25 mil habitantes e recebeu apenas 68 doses da vacina (foto: Prefeitura Municipal de Paraopeba/Divulga��o)
Prefeitos de v�rias cidades da Regi�o Central de Minas, com popula��o abaixo dos 30 mil habitantes, ficaram decepcionados com o quantitativo de doses de CoronaVac enviado pelo governo do estado. Eles alegam que esperavam uma remessa maior, suficiente para imunizar pelo menos os profissionais de sa�de.

Paraopeba, que tem quase 25 mil habitantes, recebeu 68 doses da vacina contra a COVID-19. Pelas redes sociais, o prefeito Juca Bahia classificou como brincadeira a campanha de vacina��o. 

“Recebemos a primeira fase de vacina��o de COVID-19. Mas na hora que a gente l� o relat�rio [do governo do estado] parece mais coisa de brincadeira do que uma coisa s�ria de vacina��o. Paraopeba tinha feito um pr�-contrato de 50 mil doses com o [Instituto] Butantan. O governo federal n�o achou vacina em outro lugar, resolveu pegar as vacinas do Butantan para distribuir por todo o Brasil. Est� certo, isso � papel do governo mesmo! Mas na hora que voc� v� a distribui��o de vacinas, chegando para Paraopeba 68 doses, a� j� parece brincadeira. Isso j� passou de todos os limites”, afirmou.

Segundo o mais recente boletim epidemiol�gico municipal, divulgado nesta ter�a-feira (19/01), a cidade possui 830 casos confirmados de coronav�rus e 12 �bitos em decorr�ncia da doen�a. Tr�s pessoas se encontram hospitalizadas e outras 275 est�o sendo monitoradas.

Em Inha�ma, o prefeito Juninho enviou na semana passada uma carta de inten��es para o Instituto Butantan, informando a inten��o em adquirir 14 mil doses da Coronavac para vacinar os 7 mil habitantes. No entanto, a cidade recebeu apenas 14 doses. “Isso � um absurdo”, disse o prefeito.

Segundo ele, Inha�ma precisaria de pelo menos 400 doses para imunizar ao menos os profissionais de sa�de e mais 600 doses para vacinar os idosos. O prefeito defende a descentraliza��o da vacina��o e a compra das doses pelas prefeituras. “Cada prefeito sabe como funciona a sua cidade, conhece sua popula��o. N�o � uma quest�o de se ter descren�a no Governo Federal, mas eu preciso garantir a sa�de da minha popula��o”, ressaltou Juninho, afirmando que conseguiria vacinar toda a popula��o de Inha�ma em 45 dias.


Frustra��o em Funil�ndia


J� Funil�ndia, com uma popula��o de quase 4,4 mil habitantes recebeu 17 doses da vacina. Nas redes sociais, o prefeito Edson Vargas se mostrou frustrado, pois esperava que a cidade recebesse uma quantidade equivalente de doses ao lote de seringas que fora enviado pelo governo do estado.

“Hoje pela manh� nos preparamos para receber as doses da vacina para t�o esperada campanha. O governo fez uma campanha imensa e criou uma expectativa muito grande. Recebemos 1,2 mil seringas e imagin�vamos que seriam em torno de 1,2 mil doses. Ou seja, mais ou menos 600 pessoas seriam vacinadas. Praticamente toda nossa popula��o idosa acima de 75 anos e tamb�m os profissionais de sa�de seriam imunizados. O governo nos encaminhou 17 doses da vacina, ou seja, apenas oito pessoas ser�o vacinadas. Ficamos decepcionados, tristes!”.

Vargas tamb�m criticou o governo federal. “Criamos protocolos, nos organizamos, fizemos carta de inten��o de compra da vacina com o Instituto Butantan. O governo falhou na condu��o do processo, o governo n�o teve atitude de agir quando foi necess�rio. Agora, pa�s menor que o Brasil na Am�rica Latina consegue j� ter sua popula��o vacinada e o Brasil ficando para tr�s. Vamos continuar trabalhando e pedindo a Deus que nos proteja. Mas � muita indigna��o contra isso”.

Outras cidades da regi�o receberam uma quantidade �nfima da Coronavac. Prudente de Morais recebeu 26 doses, Fortuna de Minas, 12, e Cachoeira da Prata, apenas nove. 

Para o prefeito de Paraopeba, a solu��o � colocar a Fiocruz e o Butantan para produzir as vacinas de forma emergencial. “No Brasil, a gente tem duas f�bricas paradas de vacinas. Cada uma pode produzir um milh�o de vacinas por dia, o Butantan e a Fiocruz. Os insumos est�o parados na China. E aqui no Brasil, n�s temos governador brigando com o presidente, um chamando o outro de cal�a apertada, o outro querendo impeachment. Por que n�o se unem e liberam os insumos?", afirmou Juca Bahia.

"O [Romeu] Zema aqui est� tirando foto levando seringa para todo lado. Seringa cada prefeitura compra a sua. N�o precisamos de governador para isso n�o. Precisamos de vacina. Coloca todo mundo dentro do avi�o e fala assim: voc�s s� voltam aqui quando conseguirem liberarem os insumos. Eu mesmo vou se for preciso. E o povo, em vez de ficar nas redes sociais, uns defendendo Bolsonaro, outros Zema, outros D�ria, tudo mundo deveria parar e se unir. O povo est� morrendo e os governantes brigando”, disse o prefeito, revoltado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)