
Enquanto o Brasil assistiu esperan�osamente o in�cio da vacina��o contra a COVID-19, a pandemia teve seu auge no m�s de janeiro: 16,6% do total de casos e 13,1% do contingente de mortes ligadas ao novo coronav�rus aconteceram nos primeiros dias de 2021 no pa�s. Em Minas e em BH, o �pice tamb�m ocorreu no per�odo. Para efeito de compara��o, 26% dos casos da doen�a registrados em toda a pandemia no estado foram nesse intervalo de tempo. Em BH, 28,5%.
Nas 853 cidades mineiras, o governo registrou 191.577 diagn�sticos no total, m�dia de 4,3 infec��es por minuto no m�s. Quanto �s mortes, a estat�stica assusta ainda mais: a cada 14 minutos, uma pessoa perdeu a vida para a COVID-19 na unidade federativa no per�odo: 3.158 em n�mero absoluto.
E a onda teve as festas de fim de ano, quando aglomera��es foram registradas por todo Brasil, como vil�s, segundo especialista ouvido pelo Estado de Minas.
E a onda teve as festas de fim de ano, quando aglomera��es foram registradas por todo Brasil, como vil�s, segundo especialista ouvido pelo Estado de Minas.
O caos vivido pelo Brasil em janeiro tem como maior s�mbolo o colapso do sistema de sa�de em Manaus. Al�m das festas de fim de ano, a capital do Amazonas enfrenta o surgimento de uma nova variante do v�rus, bem mais transmiss�vel. Para o infectologista Geraldo de Cunha Cury, no entanto, a alta no pa�s, com reflexos em Minas e em BH, tem como causa as aglomera��es durante as f�rias, o r�veillon e o Natal, sem grande impacto da nova variante.
“Essa alta que n�s estamos observando agora est� ligada �s festas de fim de ano, muito mais que qualquer variante. Essa nova cepa do Amazonas est� concentrada em Manaus. Pelo que se sabe at� agora, ela n�o causa reinfec��o, ent�o penso que a diminui��o do isolamento social e o n�o uso da m�scara s�o as principais causas desse aumento”, afirma o professor da Faculdade Ci�ncias M�dicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
E o especialista avisa: os reflexos da virada do ano ainda n�o acabaram. De acordo com ele, muitas pessoas que se infectaram n�o apresentaram sintomas, o que causou uma transmiss�o em massa do coronav�rus. Como o cont�gio � exponencial, a tend�ncia � que a alta se prolongue por mais algumas semanas.
Ao mesmo tempo que os casos e as mortes dispararam, os estados brasileiros come�aram em janeiro a vacina��o contra a COVID-19. At� aqui, a maioria dos imunizados recebeu doses da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan, em S�o Paulo, com a farmac�utica chinesa Sinovac Biotech.
Hoje, segunda-feira, primeiro de fevereiro, Minas inicia a distribui��o das ampolas da AstraZeneca, que t�m a chancela da Oxford. Por�m, uma incerteza paira no ar: as pessoas v�o manter os cuidados sanit�rios com a chegada das vacinas? E como fica essa nova flexibiliza��o do com�rcio em BH?
Hoje, segunda-feira, primeiro de fevereiro, Minas inicia a distribui��o das ampolas da AstraZeneca, que t�m a chancela da Oxford. Por�m, uma incerteza paira no ar: as pessoas v�o manter os cuidados sanit�rios com a chegada das vacinas? E como fica essa nova flexibiliza��o do com�rcio em BH?
Preven��o
Para o especialista Geraldo Cury, � preciso alertar a popula��o para que o distanciamento social n�o despenque com a chegada da vacina. “N�s precisamos alertar para que isso n�o aconte�a. Se a pessoa tomar a primeira dose da vacina, tem que esperar a segunda. Depois, tem que continuar usando m�scara. N�o se sabe ainda se a pessoa imunizada pode transmitir a doen�a para outras pessoas”, afirma.
Quanto � reabertura da atividade comercial em BH, iniciada hoje, o professor da UFMG afirma que a prefeitura tem feito um bom trabalho at� aqui, o que lhe d� seguran�a para um novo fechamento caso os indicadores voltem a crescer.
“BH tem tido uma atitude muito respons�vel. Isso (a flexibiliza��o) foi feito agora porque a transmiss�o do v�rus est� abaixo de 1 (est�gio controlado). Ent�o, o que se espera � que a ocupa��o das UTIs diminua (o �ndice ainda est� na fase cr�tica). Isso vai ser acompanhado. N�o � uma decis�o est�tica”, diz.
Em todo janeiro, Belo Horizonte registrou 25.289 diagn�sticos de COVID-19. Arredondando, um morador da capital se infectou pelo v�rus a cada dois minutos na cidade. Quanto �s mortes, a m�dia foi de uma vida perdida a cada duas horas na capital mineira: 364 no total. Se o n�mero de diagn�sticos foi recorde, o de �bitos n�o: em agosto, a gest�o Alexandre Kalil (PSD) computou 451 mortes pelo v�rus na cidade.
Brasil
O m�s de janeiro tamb�m foi de recorde de casos no Brasil: at� ontem, o Minist�rio da Sa�de contabilizou 1.528.758 diagn�sticos no pa�s. Esse consolidado resulta em uma m�dia aproximada de um caso a cada dois segundos no primeiro m�s do ano. O n�mero de mortes, por sua vez, foi o terceiro maior de um m�s desde o in�cio da pandemia: em janeiro, 29.555 pessoas morreram no Brasil por COVID-19. Em junho, foram 30.280, enquanto em julho 32.881.
“Esse n�mero tende a cair nos pr�ximos meses caso a vacina��o avance. A verdade � que o Brasil deveria ter iniciado a imuniza��o ainda em dezembro. Estamos muito atrasados. Essa primeira fase (idosos e deficientes institucionalizados, ind�genas, quilombolas e profissionais de sa�de) j� deveria estar toda protegida”, diz.
Para Geraldo Cury, os pr�ximos presidentes da C�mara e do Senado, que devem ser definidos hoje, devem cobrar o governo Jair Bolsonaro (sem partido) por acelerar os processos de compra de insumos para garantir a produ��o da CoronaVac em massa. “Temos um senador mineiro (Rodrigo Pacheco, do DEM) como um dos favoritos no Senado. Ele deve cutucar o governo por uma solu��o c�lere. O pa�s n�o pode perder mais tempo”, afirma o infectologista.
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
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Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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