
O inqu�rito foi presidido pelo delegado Thiago Ara�jo, da delegacia local, que indiciou dois homens identificados apenas como Jo�o, de 18 anos, e Dilermando, de 19, ambos com v�rias pris�es, por furto, roubo e tr�fico de drogas, desde a menor idade. Esse �ltimo foi o executor da v�tima, segundo contou o mais novo . O crime, segundo o delegado, teve requintes de crueldade.
Foram pouco mais de 20 dias de investiga��es, segundo Ara�jo, que disse que foi determinante a localiza��o, pelos policiais, de uma testemunha que teria conversado com os autores.
“Essa testemunha relatou que os dois contaram o que havia acontecido e que ficou espantada com a frieza de um dos suspeitos, o que teria atirado, pois relatou friamente o crime, chegando a dizer 'deixei o corpo do cara bem feio', o que realmente � assustador”, disse o delegado.
“Essa testemunha relatou que os dois contaram o que havia acontecido e que ficou espantada com a frieza de um dos suspeitos, o que teria atirado, pois relatou friamente o crime, chegando a dizer 'deixei o corpo do cara bem feio', o que realmente � assustador”, disse o delegado.
O delegado explicou que as investiga��es abordaram todos os detalhes, levantando a empresa para a qual a v�tima trabalhava, de onde partiu o chamado, a ficha de cada um dos suspeitos do assassinato e tamb�m do motorista, que, segundo ele, n�o tinha nada que o desabonasse. “Nunca tinha tido qualquer problema com a pol�cia e era tido como bom filho e trabalhador. Uma pena o que lhe aconteceu.”
O chamado, segundo Ara�jo, partiu do celular da m�e de um dos suspeitos, o mais novo. A corrida foi chamada da regi�o do Morro Alto. “Eles pediram o carro no Bairro Novo Horizonte, para ir at� o Bairro Nova Iorque, onde foram encontrados o corpo e o ve�culo abandonado. A dupla de suspeitos roubou o celular e dinheiro da v�tima.”
Depois de pegar os dois suspeitos, os policiais partiram para encontrar testemunhas. Conseguiram pessoas que os viram entrando no ve�culo. A partir da�, chegaram tamb�m � testemunha que teria conversado com os dois depois do crime.
“Com a empresa de aplicativo, conseguimos as �ltimas corridas feitas pelo motorista. Fomos atr�s de cada uma delas e confirmamos que nenhuma tinha qualquer envolvimentocom o ocorrido”, continua o delegado Thiago.
Crueldade
O delegado comenta ainda, a crueldade envolvida no assassinato. “O corpo foi deixado em cima de um monte de lixo. Al�m de ter o pesco�o cortado, a v�tima teve os dois olhos perfurados.”
No depoimento, o mais novo, segundo ele, contou que o respons�vel seria seu parceiro. “Ele disse que o parceiro foi quem decidiu matar a v�tima, alegando que n�o queria voltar � cadeia e que tinha medo de ser reconhecido. O mais velho, no entanto, n�o fala nada. Adotou o sil�ncio, mas a confiss�o � desnecess�ria, pois as provas s�o suficientes.”
O delegado ressaltou ainda a import�ncia da ajuda do irm�o da v�tima, que ajudou a conseguir testemunhas para o caso. “As testemunhas falaram, inclusive da import�ncia de o bairro deixar de ser mal visto. Muitas vezes, corridas n�o s�o aceitas, por se tratar do Morro Alto.”
Os dois suspeitos, Jo�o e Dilermando, foram encaminhados para o sistema carcer�rio, onde permanecer�o at� o julgamento.