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Estado de Minas COVID-19

Governos federal e estadual selam parceria para desenvolver vacinas em MG

Acordo deve acelerar pesquisas sobre imunizante e viabilizar outros projetos


06/02/2021 15:33 - atualizado 06/02/2021 15:40

A parceria que une o MCTI, o governo de Minas e a UFMG deverá garantir a sequência de um trabalho que começou no início de 2020(foto: MARCÍLIO LANA/UFMG/DIVULGAÇÃO)
A parceria que une o MCTI, o governo de Minas e a UFMG dever� garantir a sequ�ncia de um trabalho que come�ou no in�cio de 2020 (foto: MARC�LIO LANA/UFMG/DIVULGA��O)
Mais um avan�o na luta contra a COVID-19. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o governo estadual v�o contar com apoio do Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��es para o desenvolvimento de vacinas em Minas. De acordo com a institui��o superior de ensino, a reitora  Sandra Regina Goulart Almeida e o vice-governador Paulo Brant foram recebidos na quinta-feira (4), em Bras�lia DF, pelo ministro Marcos Pontes, ficando acertada parceria que deve promover incremento nas pesquisas realizadas pelo Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) da UFMG e institui��es vinculadas ao governo do estado.

Segundo Sandra Almeida, o objetivo do esfor�o conjunto � viabilizar o desenvolvimento de imunizantes nacionais, o que reduzir� a depend�ncia do Brasil em rela��o a vacinas e insumos produzidos no exterior. “O CT-Vacinas da UFMG tem tido papel importante na testagem diagn�stica e est� trabalhando no sentido de desenvolver uma vacina nacional para a COVID-19, al�m de outros estudos relevantes para o campo das vacinas. A parceria estabelecida com o MCTI, envolvendo tamb�m o governo do estado, ser� fundamental n�o apenas para a continuidade do desenvolvimento do imunizante contra o coronav�rus, mas tamb�m para as pesquisas com vacinas a longo prazo.”

A reitora da UFMG destacou que o CT-Vacinas tem amplo conhecimento instalado neste campo: “A expectativa � que tenhamos aqui um centro nacional especializado em vacinas para que possamos enfrentar os desafios que sabemos est�o por vir. Necessitamos, mais do que nunca, de articula��o entre as universidades e os �rg�os p�blicos estaduais e federais para garantir investimento cont�nuo."

Em nota distribu�da pela UFMG, est� a declara��o do ministro Marcos Pontes sobre a vacina que est� sendo desenvolvida pela UFMG, com tecnologia nacional: “� important�ssima para o estado e para o pa�s e tem grande relev�ncia para ci�ncia brasileira”.

Ja o vice-governador Paulo Brant disse que a iniciativa conjunta “d� esperan�a � sociedade brasileira em meio � pandemia”. E enfatizou que o CT-Vacinas da UFMG tem desenvolvido “um �timo trabalho” e que � necess�rio apoio adicional. “Esse esfor�o vai contar com o Governo de Minas, com o MCTI e com outras institui��es, p�blicas e privadas, e logo poderemos dar �timas not�cias para os brasileiros”, afirmou.

TESTES CL�NICOS

A parceria que une o MCTI, o governo de Minas e a UFMG dever� garantir a sequ�ncia de um trabalho que come�ou no in�cio de 2020, antes mesmo de declarada a pandemia. A equipe do CT-Vacinas logo come�ou a se organizar para desenvolver o imunizante contra o Sars-CoV-2, e em mar�o o projeto j� estava pronto. Em maio, os recursos foram liberados pela Finep, e pouco depois o grupo iniciava os testes com as diversas plataformas vacinais.

Depois da identifica��o e produ��o em pequena escala dos ant�genos (adenov�rus, prote�nas recombinantes e outros) e dos testes bem-sucedidos de imunogenicidade em camundongos, o CT-Vacinas est� pronto, segundo a professora Ana Paula Fernandes, uma das coordenadoras do Centro, para iniciar os testes cl�nicos. As fases 1 e 2, de imunogenicidade e seguran�a em humanos, devem demandar investimento de R$ 15 a 20 milh�es. Para a fase 3, ainda n�o h� or�amento. A previs�o, segundo Ana Paula, � de que, “se tudo der certo, com a colabora��o de todas as partes envolvidas”, os testes em humanos sejam iniciados at� o fim deste ano.

O desenvolvimento do imunizante do CT-Vacinas da UFMG adota tecnologia semelhante � utilizada pela Universidade de Oxford, que trabalha com vetores virais (v�rus n�o patog�nicos para os seres humanos) capazes de codificar prote�nas do coronav�rus sem causar a doen�a, mas estimulando a produ��o de anticorpos e c�lulas de defesa. De acordo com o professor Fl�vio Fonseca, que tamb�m comp�e o grupo de coordena��o do Centro, a diferen�a b�sica entre a vacina que est� sendo produzida na UFMG e a de Oxford � a utiliza��o, pelo CT-Vacinas, de outros vetores virais, al�m do adenov�rus. “A estrat�gia de usar diferentes vetores minimiza a resposta contra o pr�prio vetor, ampliando a efic�cia da vacina”, explica o microbiologista da UFMG.

Ana Paula Fernandes destaca que o CT-Vacinas e outros centros brasileiros t�m plena capacidade de produzir vacinas, reduzindo a necessidade de trazer de fora esses produtos. “� preciso quebrar a cultura de importa��o de imunizantes que impera no Brasil. Os resultados promissores que obtivemos at� agora demonstram que temos compet�ncia multidisciplinar, dominamos as diversas plataformas vacinais e contamos com ferramentas que est�o dispon�veis nos grandes centros de pesquisa estrangeiros”, afirma a cientista, ressaltando ainda a import�ncia do financiamento de longo prazo que viabilizou as pesquisas nesse campo, ao longo das �ltimas d�cadas.


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