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Estado de Minas V�RZEA DAS FLORES

Vargem das Flores: represa atinge 97,4% e Betim barra entrada de fam�lias

Com previs�o de chuvas para os pr�ximos dias, represa pode alagar mata ocupada irregularmente; prefeitura faz controle da regi�o


17/02/2021 17:44 - atualizado 17/02/2021 19:23

Na foto, ocupação que corre risco de alagamento (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press - 15/02/2021)
Na foto, ocupa��o que corre risco de alagamento (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press - 15/02/2021)
O risco de uma enchente no C�rrego Estiva deixou aproximadamente 70 pessoas desalojadas entre a noite de ter�a-feira e madrugada desta quarta (17/2), no Bairro Duque de Caxias, em Betim, na Grande BH. Mas, bem pr�ximo dal�, um outro ponto de risco de alagamento preocupa as autoridades da cidade.

No in�cio da semana, equipes da Defesa Civil instalaram barreiras em tr�s vias de acesso a �reas de risco no entorno da represa V�rzea das Flores. Isso porque, atualmente, o n�vel da represa est� em 97,4% e, com mais previs�o de chuvas para os pr�ximos dias, h� o risco de sobrecarga da calha do Rio Betim e, consequentemente, risco de alagamento da regi�o ocupada irregularmente. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) � categ�rica: o atual n�vel representa situa��o normal de opera��o e ressalta que n�o h� indicativo para apreens�o com rela��o � seguran�a do reservat�rio.

Em janeiro de 2020, 58 fam�lias moradoras do entorno da Vargem das Flores foram retiradas de suas moradias em raz�o do risco de inunda��o da represa. Na ocasi�o, de acordo com a prefeitura de Betim, o volume de �gua j� estava transbordando pelo vertedouro.

Todas as fam�lias foram acolhidas pelo Aluguel Social, financiado pela Copasa, conforme determina��o judicial. Os bairros localizados em �rea de risco s�o: Nossa Senhora de F�tima, Vila das Flores e S�tio Po��es

Para que a trag�dia n�o se repetisse, a prefeitura de Betim fez bloqueios em forma de trincheiras  - eleva��es de terra - nas ruas Souza Nunes, Jos� Sales Lima e Guara� - todas no Bairro Vila das Flores. Com as barreiras, ve�culos automotivos ficaram impedidos de trafegar no local.   

Este ano, a prefeitura identificou o retorno de algumas fam�lias � �rea de risco. No �ltimo dia 10, a Defesa Civil de Betim retornou � regi�o e identificou 19 fam�lias. Elas retornaram �s moradias de forma irregular, mesmo recebendo aluguel social.

De acordo com a prefeitura, as fam�lias foram identificadas, catalogadas e orientadas sobre a necessidade de desocupa��o. Desde ent�o, equipes da Prefeitura de Betim estiveram no local para registrar as necessidades das fam�lias. Apenas uma moradora, que invadiu uma moradia desocupada, afirmou que n�o teria condi��es de se retirar do im�vel. Diante disso, a prefeitura ofereceu hospedagem no Albergue Municipal.

Segundo a administra��o municipal, todos os moradores foram orientados diversas vezes sobre a necessidade da sa�da dos im�veis, sob o risco de medida coercitiva. Apenas tr�s moradores alegaram que n�o tinham condi��es de deixar suas casas e, por isso, tiveram a mudan�a realizada pela Defesa Civil, no �ltimo fim de semana. Os demais deixaram o local. 

Nessa segunda-feira (15/2), a reportagem do Estado de Minas esteve no local e encontrou um pequeno grupo de crian�as brincando no gramado pr�ximo ao rio. Apenas um adulto foi localizado, mas ele quis conversar com a reportagem sobre a situa��o.

A Copasa informou que acompanha e monitora 60 im�veis selecionados pela Defesa Civil em janeiro de 2020. � �poca, foram cadastradas 53 fam�lias cadastradas, das quais 50 aceitaram ser removidas para aluguel social, atendendo �s suas necessidades familiares. As demais optaram por ficar em casa de parentes ou outras alternativas.

H� mais de um ano, a Copasa realiza visitas peri�dicas aos locais em que, de acordo com a companhia, a administra��o municipal "n�o impediu ou permitiu a ocupa��o irregular das margens de cursos de �gua, para conferir se os im�veis permanecem desocupados." A companhia ainda afirma que as resid�ncias desocupadas em 2020 estavam sendo reocupadas pelas pr�prias fam�lias e at� por terceiros. 

A Copasa ainda informa que n�o tem legitimidade e compet�ncia para fiscalizar, prevenir, impedir, reprimir e remover pessoas situadas em �reas irregulares. "Nesse aspecto, a Copasa reitera que n�o det�m o poder de pol�cia e nem pode impedir invas�es em �reas que n�o lhe pertencem, tratando-se de atribui��o exclusiva do Poder P�blico Municipal", informou por meio de nota.

O nível da represa está em 97,4%, de acordo com a Copasa (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press - 15/02/2021)
O n�vel da represa est� em 97,4%, de acordo com a Copasa (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press - 15/02/2021)

Reservat�rio V�zea das Flores


A Copasa informa que o reservat�rio de Vargem das Flores � dotado de vertedouro, que possui dimens�es tecnicamente adequadas para evitar o transbordamento da represa.

"Dentro dos mais r�gidos padr�es de seguran�a, a empresa mant�m o controle do n�vel do reservat�rio, cuja principal fun��o � acumular �gua, principalmente no per�odo chuvoso, para utiliza��o em per�odos de estiagem e assim garantir abastecimento durante todo o ano de grande parte da popula��o da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte", informou.

Conforme o Estado de Minas apurou o transbordamento de �gua na mata ciliar pode ocorrer em tempos de chuvas fortes. Por�m, o vertedouro n�o estava ativado desde 2012 - quando ocorreu um per�odo de seca - voltando a trabalhar no ano passado. Foi nesse per�odo de seca que ocorreu uma ocupa��o na mata ciliar que j� era de risco. Por isso, a preocupa��o com as fam�lias que al� ocupavam e o monitoramento da �rea para que n�o haja retorno � �rea de alagamento.

Mas isso n�o significa que a barragem tem risco de rompimento, de acordo com a Copasa.  A companhia ainda esclarece que o plano de seguran�a atesta que a barragem de Vargem das Flores � segura e encontra-se no n�vel normal de resposta ao risco. "Isto � em uma escala que vai de 0 a 3 onde 0 � Normal e 3 Emerg�ncia, a barragem est� no n�vel 0", informou a companhia.

"A Copasa esclarece que a empresa realiza a��es t�cnicas atrav�s de manobras operacionais e bombeamento para controle da vaz�o afluente do reservat�rio para calha do Ribeir�o Betim e vem mantendo a m�xima produ��o de �gua tratada. N�o h� vertimento descontrolado, uma vez que o vertimento da �gua � natural, e o volume de 100% da capacidade do reservat�rio � seguro. Por sua vez, a represa amortece o excedente da vaz�o de �gua de chuva que chegaria para o Ribeir�o Betim. Sem o amortecimento, a situa��o seria muito ruim para a popula��o", informou por meio de nota.


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