
Dono de lojas de cal�ados femininos, o empres�rio Renato Arrais afirmou que o decreto � incoerente com os posicionamentos anteriores da pr�pria secretaria municipal de Sa�de, e considerou esta a pior das medidas tomadas desde o in�cio da pandemia de COVID-19. “H� 15 dias, o Dr. Gladstone (Rodrigues, secret�rio de Sa�de) disse que o problema n�o � o com�rcio, mas a� fechou o com�rcio. Aqui n�o d� aglomera��o, atendo 15 ou 20 pessoas por dia, quando d� mais de tr�s ou quatro clientes a gente segura”, disse.
Ainda segundo Arrais, o momento para o fechamento � ainda mais complicado pela falta de apoio governamental, como houve em 2020. Ele disse que vai ter que demitir pelo menos dois funcion�rios e dar f�rias a outras tr�s. “O plano � contar com entendimento de fornecedores e vender por internet”.
Da mesma forma, comerciantes de bebidas alco�licas entram na terceira semana de restri��o de atividades. Eles n�o podem funcionar no fim de semana. Diorge Koyama contou � reportagem que acumula preju�zo de R$ 60 mil nos �ltimos dias. “Como tenho o Cnae (Classifica��o Nacional de Atividades Econ�micas) de distribuidor de bebidas, vou isolar as fun��es de bar e a cozinha n�o vai funcionar no meu estabelecimento. Estou amargando preju�zos, mas em cima disso deixo de pagar imposto, na ordem de 5%. Os impostos de janeiro ainda n�o consegui pagar e depois vou dividir em at� oito vezes. O munic�pio tamb�m perde”, explicou.
Entidades
Tanto a C�mara dos Dirigentes Lojistas (CDL) local quanto a Associa��o Comercial e Industrial de Uberl�ndia (Aciub) emitiram notas contestando a decis�o do poder p�blico de fechamento das atividades comerciais consideradas n�o essenciais.
A Aciub informou que 'mesmo tendo convic��o de que o fechamento do com�rcio n�o se mostrou eficaz para a redu��o dos �ndices de contamina��o em nenhum lugar do mundo', vai orientar associados a cumprir as determina��es. A entidade lamentou que a situa��o da munic�pio tenha chegado a um 'cen�rio extremamente delicado, em fun��o da sobrecarga do sistema de sa�de, p�blico e privado' e destacou que 'as autoridades considerem todas as possibilidades, como aumento do n�mero de leitos e o acesso ao tratamento precoce, para quem deseja e acredita na orienta��o de especialistas favor�veis a esta medida'.
A CDL foi mais incisiva e disse por meio de comunicado que 'o poder p�blico imputou a culpa do aumento dos casos da COVID ao com�rcio e servi�os, apesar de j� ter sido comprovado que as atividades econ�micas, cumprindo todas as normas de higiene e sa�de, n�o t�m responsabilidade pela propaga��o do v�rus. E o pior, com a r�gida restri��o das atividades, as pessoas t�m um comportamento de feriado, saem de casa e se ajuntam socialmente e a delibera��o se torna novamente ineficaz”.
A entidade ainda apontou que a prefeitura 'tardou em tomar a atitude de fiscaliza��o e repress�o �s aglomera��es e �s festas clandestinas e n�o disponibilizou o atendimento preventivo nas UAIs'.