
Segundo o delegado Wagner Sales, o modo de agir era o mesmo. Ele criava um perfil falso nas redes sociais, como uma mulher de nome Fernanda, se aproximava das v�timas e come�ava a conversa. Em seguida, pedia o n�mero de celular e a intera��o migrava para um aplicativo de mensagens.
O terceiro momento era o encontro do homem com as v�timas, que chegavam no local imaginando encontrar com a suposta Fernanda. Ent�o o suspeito aparecia, se apresentava como irm�o da mulher das redes sociais e dizia que ela era menor de idade. Neste momento, exigia que as v�timas pagassem uma quantia a ele ou seriam denunciadas na pol�cia.
Coagidas pelo homem, as v�timas cediam � extors�o, que era o pagamento de uma conta, transfer�ncia banc�ria ou dinheiro em esp�cie. Al�m disso, segundo o delegado, o homem tamb�m for�ava as v�timas a manterem atividades sexuais com ele.
Quando foi preso, tinha acabado de cometer um dos crimes e obrigou a v�tima a ter pr�ticas sexuais dentro de um carro.
Como o crime envolve elementos do mundo digital, a Delegacia de Crimes Cibern�ticos tamb�m est� envolvida nas investiga��es e em uma das buscas na cidade de Uberl�ndia, onde o suspeito j� morou, foi encontrado um pen-drive que a Pol�cia Civil acredita ter dados de outras 100 v�timas.
Nos casos j� identificados, algumas v�timas relataram ter criado transtornos psicol�gicos por causa dos atos sexuais que foram submetidas e o delegado alertou para o cuidado com as redes sociais, j� que as pessoas podem se deparar com algu�m mal-intencionado.
Com a pris�o do homem, a Pol�cia Civil acredita que mais v�timas ir�o prestar queixa e refor�a a import�ncia dessa den�ncia: "� um crime que muitas vezes a pessoa que est� envolvida vai se sentir envergonhada, mas a responsabiliza��o criminal, penal, pelo ato vil que esse indiv�duo comete n�o pode deixar de ser realizada”, diz delegado Wagner Sales.
As investiga��es continuam em parceria com a Delegacia de Crimes Cibern�ticos.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria
