
Na �ltima semana, os leitos do Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, voltaram a alcan�ar 100% de ocupa��o, com possibilidade e necessidade de expans�o das enfermarias. Quem torce pela melhora no cen�rio a curto prazo � o m�dico intensivista Claudio Lemos.
“A gente nota que h� um perfil um pouco mais jovem. Pessoas abaixo dos 40, 50 anos, sem comorbidade. Ainda tem os idosos acima dos 75, s� que o percentual, que antes era 80% (de ocupa��o por idosos), agora est� em 60%. Estamos lotados; mar�o vai ser um m�s triste”, prev�.
“A gente nota que h� um perfil um pouco mais jovem. Pessoas abaixo dos 40, 50 anos, sem comorbidade. Ainda tem os idosos acima dos 75, s� que o percentual, que antes era 80% (de ocupa��o por idosos), agora est� em 60%. Estamos lotados; mar�o vai ser um m�s triste”, prev�.
� uma doen�a que me quebrou psicologicamente al�m do aspecto f�sico. A press�o foi muito grande, comecei a pensar muitas coisas, se eu tivesse que me internar, se n�o voltasse mais para casa
Gilson Junio Ara�jo Lobo do Carmo, de 40 anos
“N�o � uma coisa que foi de repente”, avalia o m�dico. Ele explica que a chegada de pacientes jovens come�ou logo ap�s as festas de fim de ano. “O percentual de pacientes mais jovens com necessidade de terapia intensiva aos pouquinhos vem subindo. A obedi�ncia dessa faixa et�ria � muito pequena, realmente n�o aderem a qualquer apelo por ficar em casa, por achar que s� v�o ficar com a forma leve da doen�a. Infelizmente, n�o fazem o isolamento social. A obedi�ncia � muito baixa, menos de 40%. Passo todo dia pela orla da Lagoa da Pampulha. De cada 10 pessoas, se quatro estiverem com m�scara � muito. A maioria que n�o est� com m�scara � jovem. � preciso deixar claro que eles t�m risco sim de pegar a forma grave da doen�a e sobrecarregar os CTIs”, alerta o m�dico.
DOR E PRESS�O
Em um horizonte de incertezas com o crescente n�mero de hospitaliza��es, quem est� fora da chamada faixa de risco, mas se infecta pelo v�rus e consegue se recuperar, respira aliviado.
“Tive uma dor muito intensa no corpo e no peito. Mas, gra�as a Deus, n�o tive problema respirat�rio. O que mais me marcou � que foi uma doen�a que me quebrou psicologicamente al�m do aspecto f�sico. A press�o foi muito grande, comecei a pensar muitas coisas, se eu tivesse que me internar, se n�o voltasse mais para casa”, lembra Gilson Junio Ara�jo Lobo do Carmo, de 40.
“Tive uma dor muito intensa no corpo e no peito. Mas, gra�as a Deus, n�o tive problema respirat�rio. O que mais me marcou � que foi uma doen�a que me quebrou psicologicamente al�m do aspecto f�sico. A press�o foi muito grande, comecei a pensar muitas coisas, se eu tivesse que me internar, se n�o voltasse mais para casa”, lembra Gilson Junio Ara�jo Lobo do Carmo, de 40.
O advogado, que tem a fotografia como hobby, constatou que estava com COVID-19 no mesmo dia em que o exame de sua mulher, a farmac�utica Damiana Carvalho, foi entregue com o resultado positivo. Apesar de terem permanecido em casa, a apreens�o durante o isolamento foi constante.
“O medo de contaminar (outras pessoas) foi pesado para mim. Tive contato com meu pai e outras pessoas que est�o no grupo de risco um dia antes de amanhecer com os sintomas. Fiquei muito preocupado, pedi a Deus demais que n�o tivesse sido um vetor para meu pai e as pessoas com quem eu trabalhava. Gra�as a Deus n�o sentiram nada.”
“O medo de contaminar (outras pessoas) foi pesado para mim. Tive contato com meu pai e outras pessoas que est�o no grupo de risco um dia antes de amanhecer com os sintomas. Fiquei muito preocupado, pedi a Deus demais que n�o tivesse sido um vetor para meu pai e as pessoas com quem eu trabalhava. Gra�as a Deus n�o sentiram nada.”
