Uma das poucas regi�es at� ent�o controladas em Minas Gerais, a macrorregi�o Oeste regrediu para a onda vermelha e j� sinaliza risco de ir para a fase mais restritiva do programa Minas Consciente: a roxa.
Com taxa de ocupa��o que chega a 100% em alguns setores exclusivos para COVID-19 nos hospitais de Divin�polis, refer�ncia para 52 munic�pios, o secret�rio municipal de Sa�de, Alan Rodrigo Silva, admitiu, nesta quarta-feira (10/03), que o sistema est� a um passo do colapso.
O Centro de Terapia Intensiva (CTI – adulto) para tratamento exclusivo da COVID-19 do Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus est� com 100% de ocupa��o. Todos os 20 leitos dispon�veis para o Sistema �nico de Sa�de (SUS) est�o com pacientes na unidade.
No Hospital de Campanha, as 12 vagas na enfermaria est�o ocupadas e a taxa de ocupa��o do CTI est� em 68%, restam apenas oito.
“Se n�o houver uma estagna��o dos n�meros, com a taxa de positividade aumentando, casos aumentando, e com o agravamento que os casos t�m apresentado, a tend�ncia � de colapso”, alertou.
Em n�mero gerais, a taxa de ocupa��o dos 55 leitos de UTI COVID dispon�veis pelo SUS no hospital de campanha e no S�o Jo�o de Deus, antes abaixo de 50%, est� pr�xima de 65% nesta quarta-feira (10/03). Mesmo com o n�mero inferior ao de outras macros, o secret�rio diz que � necess�rio atentar-se para o quantitativo.
Para ele, a porcentagem gera uma ilus�o de conforto. “Se eu falar isso em porcentagem pode gerar uma impress�o que a situa��o est� controlada, mas eu estou falando de apenas oito leitos (CTI) dispon�veis no Hospital de Campanha. Se voc� considera que a enfermaria est� com 100% de ocupa��o e a tend�ncia de piora � muito r�pida, se eu tiver oito pacientes nas pr�ximas horas que piorarem, eu bato 100% de ocupa��o”, explica o secret�rio.
Para se ter ideia, Divin�polis chegou a socorrer outras regi�es do estado, como a do Tri�ngulo Norte. Em um final de semana, 11 pacientes foram transferidos para o munic�pio.
Quadro na rede privada de Divin�polis tamb�m preocupa
A situa��o n�o � diferente na sa�de suplementar. O Hospital S�o Judas est� com 100% dos leitos de CTI adulto exclusivos para COVID-19 ocupados. No Santa M�nica, a ocupa��o total � das vagas dispon�veis no CTI Infantil. Os dados s�o flutuantes e podem mudar a qualquer momento.
A rede privada tem 44 leitos de CTI para o tratamento compat�vel com a doen�a e 29 est�o ocupadas. Outros dois hospitais tamb�m integram a rede suplementar.
A preocupa��o � ainda maior quando analisada a ocupa��o dos leitos “n�o COVID”. O CTI para pacientes que n�o possuem quadro cl�nico compat�vel com o novo coronav�rus atingiu 100% pelo SUS. Vinte pessoas estavam em enfermarias ou em quartos aguardando vagas.
“Se os pr�prios leitos n�o COVID extrapolaram, se a gente extrapolar do COVID n�o tem onde abrir”, alertou. Na sa�de suplementar, a taxa de ocupa��o do CTI n�o COVID est� em 109,7%.
Abertura de novos leitos
A abertura de novos leitos para o SUS est� em negocia��o com a Secretaria de Estado de Sa�de (Ses). “Na reuni�o com o superintendente, J�lio Barata, manifestamos esse interesse de a gente fazer uma mobiliza��o macrorregional para buscar recursos e abrir mais leitos. O munic�pio de Divin�polis tamb�m tem trabalhado em uma estrat�gia paralela para conseguir viabilizar”, disse.
Silva v� a amplia��o de vagas como a “melhor solu��o a curto prazo”.
“N�o dizendo que n�o � preciso tomar medidas de isolamento social. �bvio que s�o duas frentes da mesma batalha. Mas abrir leitos � a via que mais devemos buscar”, defendeu.
O secret�rio n�o antecipou em quais unidades haveria a amplia��o de leitos. Pelo contrato com a organiza��o social que administra o hospital de campanha, l� n�o pode haver mais abertura de vagas.
Onda roxa
Caso o avan�o da doen�a n�o seja controlado, o secret�rio trata o risco da onda roxa como iminente. Embora reconhe�a a possibilidade, ele defende medidas coordenadas entre os munic�pios que integram a macrorregi�o.
“A onda roxa isolada para um munic�pio n�o vai ter um efeito significativo, do ponto de vista de leitos. Teria que ser uma medida macrorregional, teria que partir, realmente, do governo do estado para termos uma garantia de ades�o total do isolamento social”, explicou.
Mesmo que isso ocorra, somando a abertura de novos leitos, Silva diz que a situa��o est� longe do ideal.
“S�o duas frentes de batalha. Se uma macrorregi�o adere � onda roxa e essa mesma macro se organiza para tentar mais leitos, a gente pode ter uma revers�o do cen�rio e voltar a ter um ambiente controlado, mas n�o confort�vel, longe disso ainda”, declarou.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
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