
Ela afirm que se as medidas restritivas para o enfrentamento da COVID-19 tivessem sido adotadas com rigor pelos prefeitos das cidades do Vale do A�o, desde o per�odo das festas de fim de ano, a regi�o n�o estaria � beira do colapso nos atendimentos das pessoas acometidas pela doen�a.
“A COVID-19 n�o perdoa. A doen�a faz desabar qualquer servi�o de sa�de e isso � fato incontest�vel. As medidas restritivas, recomendadas em relat�rios de an�lise t�cnica, se tivessem sido seguidas desde janeiro, de forma coordenada, n�o estar�amos nessa situa��o”, disse.
A m�dica lamentou a aus�ncia de uma fiscaliza��o rigorosa em rela��o ao uso de m�scaras faciais, �s aglomera��es de pessoas em bares e restaurantes, nas festas clandestinas e em igrejas evang�licas.
“E o principal: a fiscaliza��o com maior rigor em rela��o ao isolamento daqueles casos de pacientes positivos. Um colega citou que a pessoa que testou positivo sai de casa e anda pelo mundo afora como se nada tivesse acontecendo”, protestou.
Carmelinda lembrou que h� v�rios dias os leitos UTI COVID-19 SUS apresentam 100% de ocupa��o em Ipatinga. Ressaltou que, apesar do quase colapso, nenhuma pessoa morreu por falta de assist�ncia m�dica, gra�as ao socorro do Casu, centro hospitalar de Caratinga, que tem atendido pacientes do Vale do A�o.
Resit�ncia � onda roxa
As medidas restritivas citadas pela m�dica infectologista, que se tornaram mais rigorosas na onda roxa do Plano Minas Consciente, do governo do estado, n�o s�o vistas com bons olhos pelos prefeitos do Vale do A�o.
Em Coronel Fabriciano, o prefeito Marcos Vinicius da Silva Bizarro (PSDB), j� declarou, com anu�ncia do Comit� de Gest�o de Crise do munic�pio e Enfrentamento � COVID-19, que n�o vai aderir ao lockdown previsto pela onda roxa. Disse que vai seguir o plano pr�prio, elaborado por equipe t�cnica do munic�pio.
Em Santana do Para�so, o prefeito Bruno Morato, presidente da Assembleia Metropolitana do Vale do A�o, que re�ne as quatro maiores cidades da regi�o (Ipatinga, Coronel Fabriciano, Tim�teo e Santana do Para�so), tamb�m se posicionou em rela��o � onda roxa.
Caso a onda roxa for decretada para o Vale do A�o, Morato disse que a sua Prefeitura tem a assessoria jur�dica e o corpo t�cnico da Sa�de para estudar se cabe recurso contra a essa medida ou n�o.
“Mas a preocupa��o principal � com a sa�de das pessoas, muito embora n�s tamb�m tenhamos preocupa��o com a economia, que j� est� bem fragilizada em nossa cidade”.