
As investiga��es apontaram que, com exce��o da mulher, todos s�o envolvidos com o tr�fico de drogas. O l�der da organiza��o criminosa teria autorizado as agress�es, que configuraram crime de tortura, e a execu��o da v�tima. Segundo a delegada Adriana das Rosas Neves, da Delegacia Especializada de Homic�dios de Santa Luzia, todos os envolvidos, incluindo o chefe do grupo – que est� com mandado de pris�o em aberto –, foram indiciados no inqu�rito por homic�dio duplamente qualificado e tortura.
Ela explica ainda que houve indiciamento dos homens por tr�fico de drogas, associa��o para o tr�fico e corrup��o de menores.
J� os adolescentes respondem por ato infracional an�logo a esses crimes. O chefe do tr�fico responder�, ainda, por corrup��o de menores.
Os tr�s maiores tinham mandado de pris�o expedidos. A mulher foi presa em casa, enquanto os outros dois mandados foram cumpridos no pres�dio, uma vez que os indiciados j� estavam recolhidos no sistema prisional por outros crimes.
Os tr�s adolescentes est�o internados numa unidade socioeducativa.
O objetivo, agora, segundo a delegada Adriana, � a localiza��o do l�der da organiza��o criminosa. Ele tem 36 anos e j� foi identificado, segundo a delegada, como mandante do crime.
O crime
O homic�dio ocorreu em 11 de janeiro deste ano, no Bairro S�o Cosme de Baixo. A v�tima, seu namorado e um amigo estavam na casa da suspeita, quando um dos adolescentes envolvidos tamb�m chegou.
“Eles socializaram e fizeram uso de drogas juntos. Em dado momento, o adolescente saiu. Minutos depois, jogaram uma pedra no telhado da casa. Mais tarde, quando os outros tr�s estavam indo embora, encontraram o carro do amigo da v�tima danificado e houve uma discuss�o”, diz a delegada.
Posteriormente, segundo a policial, a adolescente foi atra�da ao local, sob o argumento de resolver a situa��o de forma pac�fica. “Quando a v�tima retornou, os suspeitos iniciaram as agress�es de forma violenta, dando pauladas e coronhadas. Fizeram, ainda, o uso de soda c�ustica. Foram dadas v�rias facadas na v�tima e, antes de deixarem o local, os assassinos ainda deram um tiro nela”.
O crime de tortura, segundo a delegada Adriana, foi identificado nas investiga��es, pois “havia a inten��o de causar sofrimento � v�tima, as agress�es n�o foram meramente um meio para executar”.
A delegada informa ainda que os suspeitos apresentaram duas vers�es distintas para o crime, caindo em contradi��o.
Uma delas � de que a v�tima teria d�vida relacionada com drogas.
A outra � que um dos adolescentes apreendidos teria ficado enciumado com a presen�a do amigo da v�tima na casa da suspeita.
“Essa segunda motiva��o ganha mais for�a, considerando a viol�ncia das agress�es e que o adolescente � o bra�o direito do l�der, o gerente no tr�fico, e ele se sentiu desafiado com a situa��o e com a discuss�o pelos danos ao ve�culo, que antecedeu aos fatos”, conclui Adriana.