As novas regras fazem parte da Onda Roxa, do programa "Minas Consciente" criado pelo governo estadual. O governador Romeu Zema (Novo), tornou a medida obrigat�ria para todo estado ap�s os n�meros da COVID-19 avan�arem em Minas e cidades enfrentarem falta de leitos para pacientes internados com a doen�a.
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E para que as medidas sejam respeitadas, a Pol�cia Militar vai estar nas ruas para fiscalizar. A capit�o Layla Brunella, chefe da assessoria de imprensa da PMMG, deu detalhes de como ser� o trabalho da corpora��o em Belo Horizonte. Segundo a militar, a partir desta quarta, haver� refor�o no policiamento a partir do fim da tarde at� o in�cio da manh� do dia seguinte para garantir o cumprimento de todas as medidas definidas pelo decreto estadual.
Quanto ao toque de recolher, ela afirma que haver� uma primeira abordagem educacional. Em caso de reincid�ncia, o cidad�o pode at� mesmo ser conduzido por cometimento de crime contra a sa�de p�blica.
“� preciso deixar claro que n�o queremos reprimir o trabalhador. Teremos blitz para fazer a abordagem a ve�culos. O objetivo � principalmente verificar a motiva��o (do deslocamento). O ideal � que a pessoa tenha alguma documenta��o para comprovar de imediato”, afirma Layla Brunella. A militar aponta tamb�m que a corpora��o est� consciente que os casos de desacato e desobedi�ncia podem acontecer com o toque de recolher.
Outra medida que pode resultar nesses casos � a proibi��o de eventos em espa�os p�blicos ou privados, ainda que com distanciamento social. Para que o efetivo de policiais fiquem cientes das medidas a serem tomadas, a corpora��o elaborou um memorando. O documento detalha as a��es a serem feitas pelos militares durante as duas pr�ximas semanas.
A onda roxa do governo do estado tamb�m pro�be a circula��o de pessoas sem o uso de m�scara de prote��o, seja em espa�os p�blicos e privados, que sejam de uso coletivo.
A regra tamb�m cita o veto para realiza��o de reuni�es presenciais, inclusive de pessoas da mesma fam�lia que n�o coabitam.
Kalil foi contra medida
A ades�o � onda roxa � compuls�ria. Na �ltima sexta (12/3), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) criticou o toque de recolher decretado por outras cidades da Grande BH.
“� in�cuo. N�o adianta abrir a cidade toda, como Sabar� est� fazendo, por exemplo, e amontoar todo mundo de dia, mas fazer toque de recolher durante a noite. Isso � uma brincadeira de p�ssimo gosto. O que temos que fazer � fechar de dia, pois a� n�o tem motivo para andar � noite”, afirmou.
Por�m, na avalia��o do secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, a medida veio em boa hora.
“O governo do Estado tomou medidas duras, mas necess�rias para enfrentar a pandemia. Embora um pouco mais tarde do que gostar�amos. Na nossa opini�o, j� deveriam ter sido tomadas h� mais tempo”, afirmou em entrevista ao Estado de Minas.
Procurada, a PBH informou que j� est� na "fase mais restritiva de atividades" desde o �ltimo dia 6, "com o objetivo de aumentar o isolamento social".
Ent�o, a PBH vai manter o decreto vigente, alterando apenas a necessidade do toque de recolher.
N�meros
Conforme o boletim epidemiol�gico e assistencial da prefeitura, Belo Horizonte chegou, nesta ter�a (16/3), a 125.661 diagn�sticos confirmados de COVID-19: 2.930 mortes, 6.711 pacientes em acompanhamento e 116.020 recuperados.
Em compara��o ao balan�o anterior, divulgado nessa segunda (15/3), houve crescimento de 1.679 casos e 28 �bitos.
A taxa de uso das unidades de terapia intensiva para pacientes com a virose � de 94,1%, somando as redes SUS e suplementar. Portanto, sobram apenas 43 leitos do tipo em BH.