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Estado de Minas FEMINIC�DIO

Pol�cia prende suspeito de matar cunhada e cometer estupros

Crime ocorreu em 26 de fevereiro e o corpo da v�tima foi encontrado em um matagal pr�ximo a Rio Acima, no �ltimo dia 8


22/03/2021 13:21 - atualizado 22/03/2021 13:53

Delegado pede que pessoas com denúncias de estupro em Itabirito e Ouro Preto, que possam ter relação com o suspeito, procurem a delegacia (foto: Reprodução da internet/Google Maps)
Delegado pede que pessoas com den�ncias de estupro em Itabirito e Ouro Preto, que possam ter rela��o com o suspeito, procurem a delegacia (foto: Reprodu��o da internet/Google Maps)


Um homem de 42 anos � suspeito de matar a cunhada, de 44 anos, e cometer crimes sexuais, um deles contra ela, em Itabirito e Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas. A morte da v�tima foi descoberta no in�cio deste m�s e o homem est� preso. A Pol�cia Civil deu mais detalhes do caso em uma entrevista coletiva na manh� desta segunda-feira (22/3). 

De acordo com o delegado Frederico Ribeiro de Freitas, titular da Delegacia de Pol�cia Civil em Itabirito e respons�vel pela investiga��o, o desaparecimento da mulher foi denunciado em 26 de fevereiro e as dilig�ncias come�aram.

Uma semana depois, uma mochila e documentos da v�tima foram localizados. � tarde, nesse mesmo dia, em uma estrada de terra em dire��o ao munic�pio de Rio Acima, foram localizadas fitas pl�sticas para atar m�os e um suti�. Em 8 de mar�o, em uma �rea de vegeta��o, um corpo foi localizado. Por meio da per�cia, foi poss�vel identificar que tratava-se da mulher. 

O suspeito chegou a ser ouvido como testemunha durante as investiga��es do desaparecimento e as atitudes dele chamaram a aten��o dos policiais. “Quando ele foi ouvido pela primeira vez, contou algumas hist�rias muito estranhas, como que teria servido ao Ex�rcito, que teria arrumado problemas com um tenente-coronel no Rio de Janeiro, isso tamb�m foi afastado posteriormente”,  explica o delegado. 

Nessa primeira abordagem, ele negou qualquer participa��o no crime. No entanto, segundo Freitas, desde a den�ncia do desaparecimento, o comportamento dele com os familiares e colegas mudou muito. “Ele se tornou uma pessoa muito fria. A pr�pria esposa dele, que � irm� da v�tima, ficou muito preocupada. Com certo receio, inclusive, de estar morando com ele. Chegando a pedir que os familiares n�o sa�ssem da casa dela. Isso tamb�m chamou muito a nossa suspeita."

"A partir do dia 17, quando ocorreu a pris�o dele por ordem judicial, foi solicitada pela Pol�cia Civil uma busca e apreens�o domiciliar e uma pris�o tempor�ria para verifica��o e coleta de provas, at� porque a gente tinha muito receio de que um novo feminic�dio poderia ocorrer em raz�o da esposa dele”, contou o delegado. 

“Em 17 de mar�o, foi efetivada a pris�o do suspeito, onde ele confessou parcialmente a autoria do crime. H� fortes ind�cios de crimes sexuais e tamb�m oculta��o de cad�ver, porque o corpo foi colocado no meio de uma mata bem densa e de dif�cil acesso”, explicou Freitas. “Havia preservativos no local e fita de mobiliza��o. Estamos fazendo dilig�ncias finais para saber se houve crime sexual momentos antes da consuma��o. Ele alega que o crime foi em leg�tima defesa, tese que a gente n�o corrobora at� porque a v�tima era muito pac�fica, muito caseira.” 

A v�tima, a irm� e o suspeito moravam na mesma casa, onde o crime ocorreu. “Os pr�prios parentes e amigos falam que (o relacionamento entre eles) era muito bom. Eram pessoas pr�ximas, amigas, que viviam em harmonia. Por�m, nos �ltimos 15 dias, a v�tima come�ou a manifestar para os pais e para a outra irm� que queria se mudar, que n�o queria ficar mais l� porque estava muito triste e preocupada. N�o falou o motivo para ningu�m, mas ela j� mostrava esse interesse em sair da casa da irm�", comenta.

"Ent�o acreditamos que, talvez, n�o tem como afirmar por enquanto, essas viol�ncias sexuais possam at� ter ocorrido de forma repetida, n�o foi um fato isolado. A ponto de ela n�o concordar com a atitude do cunhado, e ele tamb�m com medo de ela expor que ele poderia ter praticado um estupro, acabou cometendo o feminic�dio como forma de ocultar esse crime pr�vio. Tudo isso na casa onde os tr�s residiam e no momento em que a irm� estava trabalhando, ela n�o estava em casa”, detalhou Frederico de Freitas. 

A v�tima ia trabalhar todos os dias em um t�xi enviado pela empresa. No dia do crime, segundo as investiga��es, o motorista passou no hor�rio combinado, mas foi recebido pelo investigado, que disse que ela j� teria ido embora, o que n�o se confirmou. 

V�tima gravemente ferida

De acordo com o delegado, o homem alega ter matado a cunhada em leg�tima defesa ap�s ela ter usado uma chave de fenda para golpe�-lo e, ao se defender, caiu em cima da v�tima. “Ocorre que ela tem mais e 12 fraturas nas costelas, segundo relat�rio da necr�psia dela. O que impossibilita que uma simples queda de uma pessoa causasse tamanhas les�es.

Ela tamb�m foi encontrada com quatro metros daquela fita ‘silver tape’ na boca. S�o fatos que, para a investiga��o criminal, s�o muito sens�veis, que demonstram que n�o necessariamente a vers�o dele se confirma”, contou o delegado. Segundo ele, a mulher foi morta por sufocamento. 

Ainda sobre a alega��o de leg�tima defesa, o delegado disse ter questionado o suspeito sobre o fato de ele n�o ter chamado a pol�cia ou o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), mas ele n�o soube responder. “Ele disse que ficou chorando perto do corpo e n�o sabia o que fazer. Mas, 30 minutos depois, ele escondeu o corpo. Ent�o, a vers�o que ele apresenta n�o necessariamente corresponde aos fatos”, disse o titular da delegacia de Itabirito.

A policia apurou que o investigado transportou o corpo da mulher no porta-malas do carro dele. A movimenta��o foi flagrada por c�meras de seguran�a e refutou um dos �libis apresentados por ele, de que teria ido a um posto de combust�veis para abastecer. O investigado tamb�m disse, segundo o policial, que est� arrependido. 

O delegado acredita que, pelo indiciamento por feminic�dio, outras qualificadoras e caso seja confirmado que houve estupro da v�tima, a pena do suspeito, se condenado, deve passar de 25 anos de pris�o. 

Estupro em Ouro Preto e den�ncias

O delegado tamb�m ressaltou, na entrevista coletiva, que o suspeito foi investigado por um estupro registrado no ano passado na cidade hist�rica de Ouro Preto, vizinha a Itabirito. “Ent�o, possivelmente possa ter novas v�timas que tamb�m est�o envolvidas em crimes sexuais praticados por essa pessoa. Qualquer um, mulher, homem ou mesmo crian�a – acompanhada dos pais ou respons�veis -, que tiver algum ind�cio, alguma suspeita de crime sexual praticado nos �ltimos dois anos em Itabirito e na regi�o, que procure a Delegacia de Pol�cia de Itabirito para que possamos tomar provid�ncias, conversar e entender o caso”, disse o delegado. 

Ele refor�a que a den�ncia tamb�m pode ser feita em qualquer delegacia do estado ou pelo telefone 181, de forma an�nima. 


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