H� um ano, a luta contra o c�ncer de �tero tem feito parte da rotina de Kelle Ver�ssimo e de toda a fam�lia dela. Ontem, ela foi surpreendida por um gesto de carinho e apoio durante consulta de quimioterapia no Hospital Luxemburgo, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Seu irm�o, Ad�lio Ver�ssimo, se vestiu de super-homem em homenagem e apoio � irm�.
Ad�lio conta que sempre acompanha a irm� no tratamento e que, por ela enxerg�-lo com um her�i, decidiu fazer a surpresa. Apenas a mulher dele sabia do plano de se fantasiar de super-homem. “� uma refer�ncia de super-her�i. Ela tem visto em mim um her�i, porque tenho feito tantas coisas. A minha irm� � uma verdadeira hero�na neste momento, nesta luta contra o c�ncer. Ela que merece a capa do her�i”, disse.
Segundo ele, Kelle tem demonstrado muita for�a e uma f� encantadora. “Procuro passar pra ela uma fortaleza. Eu tento ser o pilar desta luta. Ela faz quest�o que eu v� �s consultas com ela. Sempre fa�o o poss�vel para ir”, comentou. O c�ncer, que inicialmente se encontrava no �tero, foi descoberto tardiamente e, agora, est� avan�ando para pulm�o e pesco�o.
Os m�dicos informaram que por conta da gravidade da doen�a, a realiza��o de cirurgia se torna invi�vel. Kelle se emocionou com a surpresa do irm�o: “Foi muito emocionante, uma grande surpresa. Ele est� sempre comigo. Eu n�o esperava, mas � uma emo��o muito grande de saber que ele est� comigo e que ele � meu super-her�i”.
Contratempo
Se Kelle foi homenageada, um homem, de 75 anos, est� h� uma semana sem receber o tratamento efetivo para uma fratura no f�mur e ainda foi levado para a ala COVID-19 da UPA Barreiro e do Hospital Metropolitano Dr. C�lio de Castro do mesmo sem a confirma��o de que estava com a doen�a causada pelo novo coronav�rus. Na quarta-feira da semana passada, Teot�nio Souza sofreu uma queda e precisou ser encaminhado para a UPA, para atendimento. Cristiamara Giordani Souza, que acompanhou o pai, ficou revoltada com a situa��o � qual ambos foram expostos.
Segundo ela, entre 7 e 9 de abril o idoso ficou internado na UPA, enquanto aguardava transfer�ncia para realizar a cirurgia na perna. Durante o atendimento, ele tossiu e foi levado para fazer uma radiografia no t�rax, que constatou uma mancha no pulm�o. Apesar de a mancha ser um dos sinais de poss�vel infec��o por COVID-19, o motivo n�o foi identificado e ser� investigado posteriormente. “Ele teve uma �nica tosse, justamente na hora que a m�dica estava passando, e pediram uma radiografia do t�rax. O pulm�o do meu pai j� n�o � muito limpo, como a mancha apareceu, uma tosse e uma �nica satura��o baixa, ele foi transferido de acordo com o protocolo”, diz Cristiamara.
O problema, segundo a filha de Teot�nio, � que o pai n�o tinha confirma��o de COVID-19, chegou � UPA para se tratar de uma fratura na perna, ficou entre os pacientes positivos para a infec��o e n�o foi operado. O transtorno continuou quando a fam�lia de Teot�nio pediu o prontu�rio de atendimento e n�o teve acesso. “Enquanto ele estava no pronto atendimento, suspeitaram de COVID-19 por causa da tosse e em 40 minutos ele j� estava na enfermaria. Pedimos o prontu�rio, falaram que iriam me entregar, mas ningu�m entregou!”. Ap�s mais um dia na ala de coronav�rus da Upa, o idoso foi transferido para o Hospital Metropolitano Dr. C�lio de Castro (HMDCC). Dois exames foram feitos no hospital e deram negativo para COVID-19
*Estagi�rios sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina