
N�o h�, entre todos os colegas de trabalho, outro sentimento que n�o a gratid�o de t�-lo tido conoso nas equipes de reportagens nas mais variadas coberturas.
Amauri Gama nasceu em 12 de dezembro de 1956.
“A melhor pessoa que conheci”, “pessoa de luz”, “um sorriso que nos far� muita falta”, “um cara super do bem e gente boa”, “uma figura doce, envolvido e entusiasmado com o trabalho”. Essas s�o defini��es feitas por jornalistas dos Di�rios Associados para descrever a grandeza de Amauri.
E ele parecia mesmo um gigante! A sua estatura se tornava maior pelas muitas qualidades que tinha. Era pontual no trabalho, gentil com todos e bem-humorado.
Se fosse necess�rio que a equipe de reportagem sa�sse de madrugada, �s 4h, l� estaria Amauri com um sorriso e pronto para a miss�o.
Os colegas da Divis�o de Transporte perderam um farol. “Perdemos a nossa p�rola, uma refer�ncia que a gente tinha”, lamentou Lenine Cosme de Mendon�a.
Amauri exercia como nenhum outro a fun��o de motorista nas coberturas jornal�sticas, conhecia todos os caminhos, sabia da urg�ncia das pautas e buscava os atalhos para que cheg�ssemos em tempo no fato.
Nunca deixava de dirigir com seguran�a, o que nos deixava tranquilos para realizar nosso trabalho. Ficava de olho na cena dos acontecimentos e, vendo algo que escapava ao rep�rter e ao fot�grafo, nos avisava. Era a extens�o dos nossos olhos.
"Amauri partiu para sua �ltima viagem, desta vez rumo �s estrelas. Lembro de uma vez, quando atravessamos o lago de Tr�s Marias, de barco, ele olhou para o c�u estrelado e fez uma poesia", conta o rep�rter Gustavo Werneck.
Amigo de tantas jornadas, Gustavo agradece Amauri por tanto apoio no trabalho de buscar a not�cia: "Me ajudou muito nas viagens. Tinha uma no��o impressionante de dire��o. Em S�o Paulo, na cobertura da visita do papa, chegamos aos lugares sem GPS."
E a habilidade n�o era apenas com as rotas, era com gente. "Era impressionante tamb�m o cuidado com os rep�rteres, sabia harmonizar o ambiente. Se n�o fosse ele, certa vez no Norte de Minas, eu n�o teria tido tranquilidade pra fazer uma pauta. Era um excelente companheiro", completa Gustavo, decano da reda��o.
Rep�rteres fotogr�ficos, rep�rteres de textos, editores, diagramadores, enfim toda a equipe da reda��o guarda hist�rias compartilhadas com Amauri.
O rep�rter fotogr�fico Gladyston Rodrigues se recorda de uma reportagem que fizeram em Tr�s Marias. “Numa viagem a Tr�s Marias, est�vamos eu, Amauri e o Pedro Rocha Franco na balsa. Um 'maluco' que cismou com a gente veio tirar satisfa��o. O Amauri entrou na frente e falou para o camarada para n�o mexer com a gente, porque est�vamos trabalhando. Salvou a gente de uma situa��o muito complicada dentro da balsa no meio do Rio S�o Francisco”.
Amauri tamb�m ajudou Leandro Couri na cobertura de protestos em junho de 2013, quando o rep�rter fotogr�fico foi atacado por manifestantes que queriam impedi-lo de fazer seu trabalho.
A conviv�ncia de Amauri e Leandro vem desde a inf�ncia do fot�grafo, quando ele j� frequentava a reda��o onde seu pai, V�tor Couri, trabalhou tamb�m com Amauri. “Centenas de pautas e jornadas. Amigo do meu pai. Meu amigo desde a inf�ncia”.
Mais do que colega de trabalho, tornou-se amigo da turma da reda��o. A rep�rter J�nia Oliveira relembrou a conviv�ncia com ele. “Amauri entrou na minha fam�lia, viajamos para tudo quanto era lugar com ele. Fez quest�o de me levar no meu casamento”, recorda-se.
O rep�rter fotogr�fico Juarez Rodrigues tamb�m se tornou amigo de Amauri, com quem compartilhava momentos de descontra��o. Era amante de um bom samba e sabia de cor a programa��o dos melhores da cidade. Adorava o Samba do Cac� no Bairro S�o Paulo. Era torcedor do Am�rica.
Era um pai completamente dedicado � fam�lia e costumava contar com orgulho as conquistas dos filhos. Ele era casado com Maria das Dores Silva com quem teve tr�s filhos: Michelle Silva Gama, Melissa das Dores da Silva Gama e Marcos Vinicius Gama Silva.
"Foi um pai muito preocupado com os filhos. N�o pod�amos chegar um pouco mais tarde em casa que ele j� ligava, pra saber se estava tudo bem. Em casa sempre s�rio, mas sempre bonzinho quando precisava conversar. Muito querido. Era muito ativo fazia suas coisas sozinhos", conta Melissa.
Outras paix�es de Amauri era jogar dama na Pra�a 7. Em casa, a distra��o preferida era sentar no sof� para assistir aos jogos do Am�rica.
O vel�rio de Amauri ser� neste s�bado (15/5), a partir das 10h, no Cerimonial Santa Casa (Rua Domingos Vieira, 600 ). Ter� dura��o de duas horas e devido � pandemia de COVID-19, somente 10 pessoas poder�o permanecer no local.
O enterro ser� no Cemit�rio Bosque da Esperan�a.