
A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) deu, neste s�bado (22/5), detalhes sobre a pris�o do t�cnico de futebol Carlos Alberto Oliveira Sena, de 38 anos, suspeito de abusar sexualmente de seus jogadores, todos menores de idade, em um clube de Ibirit�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
A pris�o do treinador ocorreu na noite de sexta-feira (21/5), ap�s uma semana foragido. Ele foi indiciado por estupro de vulner�vel, importuna��o sexual e abuso sexual. O suspeito negou os crimes.
A pris�o do treinador ocorreu na noite de sexta-feira (21/5), ap�s uma semana foragido. Ele foi indiciado por estupro de vulner�vel, importuna��o sexual e abuso sexual. O suspeito negou os crimes.
Um dos meninos � do interior de Minas e o restante do Par�. O t�cnico acusado � do Maranh�o e estava em Ibirit� h� dois anos e n�o tem antecedentes criminais. Os abusos ocorreram em maio de 2020.
Em coletiva on-line, a delegada titular da 2ª Delegacia de Pol�cia Civil de Ibirit�, Carolina de Oliveira Urbano, informou que dois meninos foram abusados sexualmente, um de 13 anos e outro de 15. Um terceiro rapaz sofreu ass�dio por mensagem de Whatsapp.
“Temos prints das mensagens enviadas, e os depoimentos dos rapazes foram todos com muitos detalhes. Ao todo, nove meninos foram ouvidos pela Pol�cia Civil. O t�cnico chegou a dar dinheiro e presentes para manter o sil�ncio deles, mas em depoimento negou tudo. Um dos argumentos do t�cnico � que os rapazes n�o gostaram de ter sido dispensados dos treinos ou de terem sido chamados aten��o por algum comportamento e, que devido a isso, eles estavam mentindo", relatou a delegada Carolina.
"Com rela��o �s mensagens printadas, ele disse que n�o partiram dele, que o celular ficava exposto e outra pessoa foi o interlocutor dessas mensagens”, continuou a delagda, que explicou que os meninos n�o passaram por exames m�dicos porque o ato libidinoso n�o deixa qualquer vest�gio.
"Com rela��o �s mensagens printadas, ele disse que n�o partiram dele, que o celular ficava exposto e outra pessoa foi o interlocutor dessas mensagens”, continuou a delagda, que explicou que os meninos n�o passaram por exames m�dicos porque o ato libidinoso n�o deixa qualquer vest�gio.
O Conselho Tutelar de Ibirit� abrigou os rapazes assim que souberam das den�ncias. Um dos pais j� veio para Minas Gerais acompanhar o caso, mas a maioria era do Par� e j� retornou ao estado de origem.
A delegada tamb�m ouviu os respons�veis pelo clube. “O presidente desconhece os fatos , mas foi colaborativo e desligou o treinador assim que teve ci�ncia da not�cia. O presidente foi pego de surpresa ao saber que o treinador usava as depend�ncias do clube para este tipo de conduta”, relata Carolina Urbano.
Ela informou ainda que o treinador se apresentou espontaneamente com seu advogado, apesar de ter desaparecido nos dias anteriores.
Ela informou ainda que o treinador se apresentou espontaneamente com seu advogado, apesar de ter desaparecido nos dias anteriores.
“Para o clube, a princ�pio, n�o h� nenhum crime, por�m n�o ficar� isento de responsabilidade. As autoriza��es com os pais foram feitas de forma bem informal. Essa � uma demanda mais judicial e que o Conselho Tutelar j� est� � frente”, finalizou a delegada.
Entenda o caso
Segundo informa��es do boletim da Pol�cia Militar (PM), o menor, ent�o com 14 anos, veio do Par� para um clube de Ibirit�, na Grande BH, atr�s do sonho de se tornar jogador de futebol.
Ele relatou aos conselheiros tutelares da cidade que sofreu abusos do t�cnico por duas vezes. Uma delas, ap�s a realiza��o de um treino em campo. O homem teria convidado o adolescente para malhar na academia do clube e, no local, tocou as partes �ntimas dele, al�m de for��-lo a praticar sexo oral.
O menino disse ainda que, ap�s o ato, chorava e recebia amea�as. Para manter o sil�ncio, o treinador tamb�m tentava compr�-lo com dinheiro. Ao tomar conhecimento das den�ncias, outros jovens relataram tamb�m terem sofrido ass�dio do professor.
De acordo com a PM, o administrador do clube se mostrou surpreso com os relatos e se disp�s a colaborar com as investiga��es. Ele disse que o suspeito trabalhava h� dois anos no local como aut�nomo e, aparentemente, mantinha conduta exemplar.