Frequentadores da Pra�a do Papa, em BH, reclamam de sujeira e mau cheiro

Frequentadores e moradores do entorno da Pra�a do Papa, no Bairro Mangabeiras, Regi�o Centro Sul de Belo Horizonte, reclamam da sujeira deixada principalmente pelos usu�rios noturnos. Ao chegar no local �s 7h da manh� deste domingo para se exercitar, o auditor Marlon Freire Ramos, de 24 anos, se deparou com uma pessoa fumando maconha.

“S�bado e domingo de manha � sempre assim. � noite junta o pessoal da 'resenha', que bebe e usa drogas aqui na pra�a. Mas, acho que piorou um pouco, porque n�o tem muitas casas de festa abertas”, explica. Morador da Serra, na Regi�o Centro Sul de BH, Marlon conta que levou um susto com o estado da pra�a, tomada por lixo e garrafas quebradas.

“� triste. A gente vem aqui para curtir a paisagem, admirar o dia e at� meditar. Estava com a expectativa de encontrar um ambiente mais limpo e organizado. Mais cedo tinha uns meninos brincando de jogar garrafa no ch�o. Eu sempre fico nessa regi�o, aqui ou na Pra�a JK, mas hoje me surpreendeu. N�o esperava que estaria t�o sujo assim”, relata o auditor, que ainda acrescenta que a Guarda Municipal sempre est� no local, mas reconhece que � muito dif�cil fiscalizar tanta gente.

O dentista Marcelo Occhi, de 37 anos, chegou � Pra�a do Papa na companhia da esposa Maria Diniz e do enteado Henrique, mas se recusou a ficar no local. Morador do Vila da Serra, em Nova Lima, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, ele conta que, al�m de lixo e garrafas de vidro, a pra�a estava fedendo a urina e fezes. “Foi frustrante. Nossa ideia era sair cedo para dar uma volta, que � mais tranquilo, mas o lugar estava imundo. Ficamos 10 minutos e fomos para a Pra�a JK, que estava bem melhor”, relatou o dentista.

Marcelo tamb�m sente que a conserva��o da Pra�a do Papa piorou, lembrando que se trata de um ponto tur�stico da capital mineira. “A pra�a estava imunda. Esta n�o � uma forma legal de voc� receber o turista”, afirmou. Por�m, na vis�o do dentista, o local � pouco fiscalizado.

O adjetivo usado pelo gerente de vendas Alexandre Rodrigues, de 43 anos, para o estado que encontrou a Pra�a do Papa nesta manh� de domingo foi “decepcionante”. “Tenho costume de vir aqui, mas, ultimamente est� pior. Tudo muito sujo, com garrafas quebradas e, pior, as lixeiras vazias. Existem lixeiras. Se elas estivesses cheias, a gente at� podia justificar que as pessoas ao menos tentaram jogar o lixo no lugar correto, mas n�o”, explicou.

Alexandre chegou ao local junto com a esposa Rosilane Guerra para fazer piquenique. O casal conseguiu se acomodar apenas na parte de baixo da pra�a, que estava um pouco mais limpa. Ele tamb�m atribui o p�ssimo estado de conserva��o da Pra�a do Papa aos frequentadores noturnos.

Moradores

Situa��o ainda mais delicada vivem os moradores do entorno da pra�a, que atualmente tamb�m convivem  com o barulho dos carros de som que estacionam ali e permanecem at� as 5h. De acordo com uma moradora que pediu para n�o ser identificada, esses usu�rios noturnos se aglomeram e nunca usam m�scara, ignorando o momento atual de pandemia.

A moradora conta que antes esse tipo de movimento acontecia apenas nos finais de semana, mas, agora � de segunda a segunda. Ela ainda relata a ocorr�ncia de viol�ncia, pessoas alcoolizadas ca�das na rua e a presen�a de ambulantes ilegais vendendo bebidas e drogas.

“Estamos vivendo momentos de terror. Quando ligamos para pol�cia, �s vezes respondem que n�o tem viatura dispon�vel. Mas, quando a pol�cia vem, eles diminuem o volume do carro de som enquanto a viatura est� por perto. � s� passar que ele aumentam o som. � a madrugada inteira, e, quando v�o embora, deixam a sujeira toda para tr�s”, relata a moradora.

Na vis�o do presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Rodrigo Bedran, hoje existe um descontrole generalizado da situa��o na Pra�a do Papa. “Despreocupa��o com a pandemia, eles v�o � noite e madrugada sem m�scara para aglomerar e consumir bebidas e drogas. Menores de idade que se juntam para aglomerar. E com a m�sica alta, drogas e bebidas, a pra�a amanhece todos os dias com muita sujeira, papelotes de drogas pelo ch�o. Os vizinhos do entorno s�o diretamente afetados”, resume.

Beldran conta que a Guarda Municipal tem um traileir dentro da pra�a, e que muitas vezes as reclama��es s�o feitas junto ao Centro Integrado de Opera��es de Belo Horizonte (COP-BH), mas apesar de falarem que v�o apurar a situa��o, at� hoje nada teria efetivamente sido feito.