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Estado de Minas CAIX�O LACRADO

Hospital erra a identifica��o do corpo e mulher � enterrada em outra cidade

Equipe do Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus, em Divin�polis, esqueceu de afixar etiqueta no inv�lucro; sepultamento ocorreu a 55 km da cidade de origem


22/06/2021 19:05 - atualizado 22/06/2021 19:15

Júnia Máximo morreu em decorrência de complicações da COVID-19(foto: Arquivo Pessoal)
J�nia M�ximo morreu em decorr�ncia de complica��es da COVID-19 (foto: Arquivo Pessoal)
O corpo de uma mulher, v�tima de COVID-19, foi trocado no Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus (CSSJD), em Divin�polis, e enterrado como outra pessoa em Concei��o do Par�, a 55 quil�metros. 

O caso aconteceu nesta ter�a-feira (22/6) e s� foi descoberto quando o Servi�o Municipal do Luto informou � fam�lia que haveria atraso no sepultamento.
Os familiares de J�nia M�xima aguardavam no cemit�rio Parque da Colina, em Divin�polis, para o sepultamento, marcado para as 10h, quando a funer�ria mudou o hor�rio para as 13h.

“Minha tia foi at� o hospital, chegando l� foi descobrir. Pediu para ver o corpo, porque bateu a d�vida”, relata a filha, Ana L�via M�xima Ara�jo. Uma foto foi tirada para a identifica��o.

A fam�lia j� estava novamente no cemit�rio quando foi informada que o corpo no hospital n�o era o de J�nia M�xima. Ela foi levada erroneamente para Concei��o do Par�. Entretanto, a informa��o inicial era de que o transporte teria ocorrido para Pitangui. 

J� em Concei��o do Par�, os familiares foram at� � delegacia para saber qual medida seria adotada para a remo��o do corpo. Ele foi velado de caix�o lacrado, j� que a outra mulher tamb�m morreu v�tima da COVID-19.

Ela foi sepultada em Santana da Prata, zona rural de Concei��o do Par�. 

O corpo foi desenterrado e identificado como sendo o de J�nia M�xima. Eles est�o o removendo para Divin�polis e ser� sepultado ainda hoje no cemit�rio Parque da Colina.

A fam�lia registrou ocorr�ncia contra o CSSJD e dever� acion�-lo judicialmente. “Minha m�e sempre foi muito boa, ajudou muitas pessoas e n�o merece isso. Ela morreu �s 22h e n�o velamos at� agora. Nem um vel�rio digno a gente pode fazer. A gente entende por ser um protocolo de COVID, mas isso que aconteceu � um absurdo”, lamentou.


Quadro cl�nico

J�nia deu entrada em 1º de junho na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com problema arterial. No dia 3 ela foi transferida para a ala do Hospital S�o Bento Menni, uma extens�o da UPA durante a pandemia.

L�, contraiu a COVID-19 e o quadro de sa�de se complicou. Ela era hipertensa.

Com o novo diagn�stico, ela foi levada para o Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deu (CSSJD) em 16 de junho. 

No domingo (20/6), o quadro de sa�de dela piorou e ela foi intubada no Centro de Terapia Intensiva (CTI). J�nia teve fal�ncia m�ltipla dos �rg�os e morreu na segunda-feira (21/6), por volta das 22h. 

Hospital admite erro

A troca dos corpos ocorreu no Hospital São João de Deus, em Divinópolis(foto: Complexo de Saúde São João de Deus/Divulgação)
A troca dos corpos ocorreu no Hospital S�o Jo�o de Deus, em Divin�polis (foto: Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus/Divulga��o)

A diretora-presidente do CSSJ, Elis Regina Guimar�es, gravou um v�deo reconhecendo o erro. A identifica��o do corpo � feita em tr�s etapas. Uma delas � afixada no peito, a outra no tornozelo. Devido aos protocolos da COVID-19, uma terceira � feita no inv�lucro. 

“Lamentavelmente, num erro de processo, a identifica��o dessas mulheres n�o ocorreu neste terceiro momento, que seria a identifica��o desse inv�lucro”, relata.

Essa terceira identifica��o � para evitar que o pl�stico seja aberto para a identifica��o da pessoa e ocorra alguma contamina��o. A funer�ria do outro munic�pio e a equipe do hospital n�o observaram e liberaram o corpo.

Elis disse que todas as medidas para a corre��o foram tomadas ainda pela manh�. Uma outra funer�ria foi contratada para o translado.

Kits de seguran�a foram entregues para quatro membros da fam�lia que foram transportados pelo hospital at� a cidade em quest�o.

“Ele ser� trazido, como bem o outro ser� liberado para a outra cidade ainda hoje para que os vel�rios aconte�am”, informou.

Os funcion�rios que trabalhavam no turno foram identificados e ser�o demitidos. Al�m disso, as equipes assistencial e de qualidade est�o reunidas para que sejam refeitos os protocolos e procedimentos para que exista uma nova checagem na libera��o dos corpos.

“A �nica coisa, neste momento, que o S�o Jo�o de Deus pode fazer, efetivamente, � tomar todas as provid�ncias para que isso n�o aconte�a e pedir desculpas para as duas fam�lias, bem como para a popula��o de Divin�polis.”, finalizou a diretora-presidente.

Servi�o do Luto 

A Prefeitura de Divin�polis atribuiu o erro ao hospital. Disse que o Servi�o Municipal do Luto foi acionado pela fam�lia na manh� desta ter�a-feira (22). Por volta das 9h40, a equipe esteve no CSSJD com a finalidade de realizar os tr�mites. 

Ao chegarem l�, foi solicitado aos agentes que aguardassem, pois funcion�rios da unidade hospitalar estavam com dificuldade para localizar o corpo.  

“Em raz�o da demora e diante de outras demandas, os agentes do Servi�o de Luto dirigiram-se a outro hospital para translado de outro corpo para fins de sepultamento, informando aos funcion�rios do Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus que logo que o corpo fosse localizado iriam voltar para realizar o translado e sepultamento”, informou a prefeitura. 

A nota da prefeitura informa que, ap�s apura��o feita pela vice-prefeita Janete Aparecida (PSC) e pela ger�ncia do Servi�o Municipal de Luto, foi identificado que o corpo teria sido sepultado em Pitangui. Entretanto, ele foi levado para Concei��o do Par�.

Mudan�a no decreto

Com objetivo de impedir que erros como este aconte�am novamente, a Prefeitura de Divin�polis ir� alterar o decreto nº 14.397/21. A partir de agora, toda pessoa que falecer em decorr�ncia do COVID-19 poder� ser sepultada apenas mediante pr�vio reconhecimento por um familiar ou, na falta deste, de pessoa autorizada, com as apresenta��es e cuidados necess�rios. 

A prefeitura ainda lamentou a morte de J�nia M�ximo. “Pela lideran�a participativa no segmento feminino e importante participa��o na estrutura��o do movimento comunit�rio em Divin�polis, com participa��o ativa na defesa dos moradores dos bairros”.

Ela ocupou a presid�ncia da Federa��o das Associa��es de Moradores, Bairros e Conselhos Comunit�rios Regionais de Divin�polis (Fambaccord) e do Conselho Municipal de Seguran�a. Era ex-assessora parlamentar da C�mara Municipal.

*Amanda Quintiliano especial para o EM


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