
O m�dico Ricardo Souza Quadros, de 46 anos, foi levar os dois filhos, de 7 e 10 anos, � escola, depois de mais de um ano de aulas on-line.
Ele conta que as expectativas de cada um dos filhos era diferente: “O de 10 sempre foi muito soci�vel e gostava de se encontrar com os coleguinhas. Acho que ele j� estava se acostumando com essa hist�ria de ficar em casa. A escola n�o estava pegando tanto no p�”.
Para Ricardo, o filho mais velho j� n�o estava querendo tanto retornar, diferentemente do ca�ula. “Quando ficou sabendo que no revezamento um outro coleguinha, que � muito amigo dele, ia voltar tamb�m, achou super bacana. J� o de 7 estava adorando a ideia.”
O pai explica que, na sexta-feira (18/6), depois do an�ncio de libera��o das aulas presenciais, o col�gio colocou uma enquete no site. Ele respondeu que queria que os dois filhos pudessem ter as aulas presenciais na mesma semana e recebeu a informa��o de que ele poderiam voltar nessa quarta-feira.
Segundo o m�dico, o col�gio n�o informou como foi feita a escolha e nem a porcentagem de pais que concordariam em levar as crian�as. Ainda assim, o pai afirma ter se sentido seguro em deixar os filhos voltarem ao col�gio.
“Eles explicaram como ia ser o procedimento. N�s deixariamos as crian�as na porta, eles seriam encaminhados para as salas, com divis�es e uso de m�scara. Os protocolos foram bem delineados. Fiquei muito tranquilo em rela��o aos meus meninos, eles j� est�o com uma consci�ncia do COVID muito grande. Que n�o pode tirar a m�scara e ficar abra�ando coleguinha, nem ficar aglomerando.”
Aulas on-line e problemas na alfabetiza��o
O pai conta que os filhos tiveram problemas com as aulas on-line e estava feliz que tenham voltado para o presencial.
“A experi�ncia do de 7 anos, em fase de alfabetiza��o, foi muito mais complicada. A gente teve que recorrer a uma professora particular para tentar ajudar. Ele apresentou dificuldade com as letrinhas. A fase de alfabetiza��o foi muito prejudicada. O de 10 anos j� tem uma experi�ncia para estudar, mas a aula on-line era muito fraca. Tinha hora que eu chegava no quarto e ele estava deitado na cama fazendo outra coisa. As provas e a cobran�a eram bem menores”, conta.
E completou: "Numa adversidade, a aula on-line foi o que era poss�vel, realmente, mas � muito aqu�m da presen�a na escola, a sociabiliza��o, a cobran�a da professora, a disciplina... O que representa uma escola."
Ricardo conta que conversou com os filhos ap�s a aula e que eles gostaram da experi�ncia de voltar ao conv�vio dos colegas e seguros no ambiente escolar.

Retorno gradativo
Pelo decreto publicado no s�bado (19/6) pela Prefeitura de BH, as escolas est�o liberadas para receber os alunos do ensino fundamental a partir dessa segunda-feira (21/6).
Os col�gios particulares podem retomar as atividades para os alunos do 1° ao 9° ano e t�m autonomia para decidir a data de reabertura.
J� na rede municipal, a volta �s aulas � destinada para as crian�as at� o 3° ano.
J� na rede municipal, a volta �s aulas � destinada para as crian�as at� o 3° ano.
As escolas da rede privada optaram por fazer o retorno de forma gradual, j� que muitas alegaram n�o ter tido tempo suficiente para se adequarem �s medidas determinadas no decreto.
Por esta raz�o, na segunda (21/6), poucos col�gios conseguiram iniciar as atividades, caso do Col�gio Bernoulli Go e do Instituto Educacional Saramenha.
Na ter�a-feira (22/6), mais institui��es de ensino reiniciaram as aulas presenciais, como o Marista Dom Silv�rio e o Instituto da Crian�a.
Nesta quarta-feira (23/6) foi a vez dos col�gios Santo Aogstinho, Santo Ant�nio, Logos�fico, Nossa Senhora da Piedade e as tr�s unidades do Santa Maria (Floresta, Nova Su��a e Pampulha).
Nesta quarta-feira (23/6) foi a vez dos col�gios Santo Aogstinho, Santo Ant�nio, Logos�fico, Nossa Senhora da Piedade e as tr�s unidades do Santa Maria (Floresta, Nova Su��a e Pampulha).
Algumas escolas da rede particular decidiram retomar as aulas presenciais s� a partir de agosto, ap�s o recesso escolar de julho – op��o feita pelo Colleguium e pela Escola Americana.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina