
Final feliz para Jos� Ramos Flor, morador de Ribeir�o das Neves, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, que estava sem ver o irm�o por oito dias. Ele foi encontrado em situa��o de rua nessa quarta-feira (23/6), pela equipe de servi�o especializado de abordagem social, do Centro de Refer�ncia Especializado em Assist�ncia Social (CREAS) de Venda Nova, em Belo Horizonte.
Jos� Flor sofre crises de convuls�o, devido � epilepsia, toma v�rios medicamentos controlados e apresenta quadro de dem�ncia.
Antes de desaparecer, estava internado em uma UPA no Bairro Justin�polis e, ao receber alta no dia 15 de junho, foi liberado pela assistente social sem a permiss�o da fam�lia, no dia seguinte.
Antes de desaparecer, estava internado em uma UPA no Bairro Justin�polis e, ao receber alta no dia 15 de junho, foi liberado pela assistente social sem a permiss�o da fam�lia, no dia seguinte.
De acordo com Eust�quio Ramos Flor, o irm�o saiu da UPA andando sem destino, sem no��o para onde estava indo, e foi parar no Bairro Minas Caixa, Regi�o de Venda Nova, em Belo Horizonte.
“Uma crian�a de dois anos de idade tem mais consci�ncia que ele. Meu irm�o ficou sem tomar banho, sem alimenta��o, sem os medicamentos controlados e sem tomar a vacina contra a COVID-19”.
O encontro entre os dois irm�o foi na noite do dia 24 de junho. Eust�quio conta que recebeu a liga��o da equipe do CREAS informando que Jos� Flor tinha sido encontrado e que estava acolhido no Abrigo S�o Paulo, no Bairro 1° de Maio, na Regi�o Norte de Belo Horizonte.
“Quando me viu, me reconheceu na hora, porque �s vezes ele n�o me reconhece. Tem dias aqui dentro de casa que ele pergunta onde est�, quem eu sou, e assim que ele desceu da Kombi, disse o meu nome”.
Eust�quio conta que a saga para encontrar o irm�o teve um final feliz devido � mobiliza��o de v�rias pessoas. Ao reconhecer o desespero que estava passando, uma terapeuta ocupacional que trabalha no Centros de Aten��o Psicossocial (CAPS), e acompanha o tratamento de Jos� Flor, fez um cartaz de desaparecido e divulgou nas redes sociais.
Ao mesmo tempo, na semana em que o irm�o doente estava perambulando pela regi�o, uma moradora do Bairro Minas Caixa entrou em contato com o CREAS de Venda Nova solicitando a presen�a da equipe de servi�o especializado de abordagem social porque um homem estava em situa��o de rua no local h� uma semana.
De acordo com a coordenadora do Centro de Refer�ncia Especializado de Assist�ncia Social (CREAS) de Venda Nova, Evanilde Santos, a equipe se deslocou ao local e, no primeiro momento, tentaram conversar com Jos� Flor, mas ele estava com dificuldades de racioc�nio e fala.
“Perguntamos se ele sabia de algum endere�o, telefone e ele n�o sabia dar nenhuma informa��o”.
“Perguntamos se ele sabia de algum endere�o, telefone e ele n�o sabia dar nenhuma informa��o”.
Evanilde conta que Jos� Flor n�o portava nenhum documento, estava apenas com a roupa do corpo e apresentava higiene bastante prec�ria.
Com isso, a coordenadora do CREAS Venda Nova procurou alguma institui��o que pudesse acolher Jos� Flor at� encontrar mais informa��es sobre sua identidade.
Com isso, a coordenadora do CREAS Venda Nova procurou alguma institui��o que pudesse acolher Jos� Flor at� encontrar mais informa��es sobre sua identidade.
Segundo o coordenador Abrigo S�o Paulo, Leonardo Morais, o acolhimento aconteceu nessa quarta-feira (23/06) e s� foi poss�vel devido ao trabalho em rede das institui��es que acolhem pessoas em vulnerabilidade social.
“Eles localizaram esse senhor e fizeram contato e n�s o acolhemos at� que conseguissem o retorno familiar dele. Seu Jos� chegou muito debilitado e prestamos os atendimentos necess�rios. Ele tomou banho, trocou de roupa e se alimentou”.
A coordenadora do CREAS conta que, no mesmo dia, uma servidora do posto de sa�de do Bairro Minas Caixa reconheceu a foto de Jos� Flor que estava circulado nas redes sociais, a procurou e passou o contato do irm�o.
Eust�quio conta que os dois irm�o moram juntos e, por trabalhar durante a semana, n�o tem condi��es de dar toda aten��o a Jos� Flor, que tem constantes crises de convuls�o e precisa ser atendido imediatamente.
“Essa hist�ria teve um final feliz gra�as a esses anjos. Tenho muitas dificuldades em dar total assist�ncia ao meu irm�o, ele acaba ficando muitas horas sozinho, e s� nos finais de semana posso dar mais aten��o. Gostaria de poder encontrar um abrigo permanente para ele ser melhor assistido e n�o passar por situa��es de descaso, como o que aconteceu na UPA e culminou nessa hist�ria”.