
A desconfian�a de um porteiro em BH foi o ponto de partida para que a Pol�cia Civil, por meio da Delegacia de Pol�cia Sul, descobrisse quem eram as pessoas envolvidas na aplica��o do golpe conhecido por “Boa noite, Cinderela”, em que a criminosa coloca droga ou son�fero na bebida do homem e, quando este apaga, rouba-lhe o que tem de valor.
Nesse caso, os preju�zos chegam a R$ 100 mil. At� o momento, cinco v�timas foram identificadas. Uma das mulheres golpistas, de 19 anos, est� foragida. Uma segunda envolvida, de 21, suicidou-se quando foi descoberta.
Segundo o delegado Guilherme Santos, da Delegacia de Pol�cia Sul, de Belo Horizonte, as investiga��es tiveram in�cio em maio, quando o porteiro de um pr�dio, desconfiado da movimenta��o de duas mulheres que subiram para um apartamento junto com o morador, resolveu chamar a pol�cia.
“O porteiro do pr�dio achou estranho que as meninas chegaram ao local com duas bolsas pequenas e sa�ram com uma mochila. Na delegacia, o homem contou sua vers�o dos fatos e demos in�cio � investiga��o para apurar o roubo”, diz o delegado.
A partir dessa den�ncia, os policiais conseguiram identificar as duas mulheres e tamb�m outras quatro v�timas do golpe.
O modus operandi das jovens era o seguinte, segundo o delegado: “Elas criavam perfis em redes sociais e aplicativos, marcavam encontros com as v�timas e, depois de dop�-las, furtavam objetos das casas. Levantamentos ainda indicam que o material furtado era destinado a um religioso, um pai de santo, na Regi�o Metropolitana”.
Este homem, segundo o delegado, j� foi identificado e tamb�m est� preso. Com ele foram apreendidos diversos produtos furtados. Parte do material recuperado foi restitu�do a uma das v�timas.
“A v�tima compareceu � delegacia e reconheceu v�rios objetos, inclusive um anel que possui o nome da filha.”
O delegado Guilherme diz que pode haver muitas outras v�timas e que, por esse motivo, a pol�cia est� emitindo um alerta sobre a import�ncia de outras pessoas que tenham ca�do nesse golpe procurarem a pol�cia para registrar queixa.
“� importante que quem tenha sido v�tima procure a delegacia e fa�a o boletim de ocorr�ncia. Vamos buscar qualificar as v�timas para que elas possam ser ouvidas, a fim de demonstrarmos a reitera��o delitiva. Queremos avaliar tamb�m qual � a verdadeira participa��o do religioso”, afirma o delegado.
As investiga��es, al�m da Delegacia de Pol�cia Sul, contam com as participa��es dos delegados Arlen Bahia, chefe do 1º Departamento de Pol�cia Civil em BH, e Cinara Rocha, delegada Regional Sul.