O impasse sobre o transporte coletivo de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, parece longe de uma solu��o real. Uma reuni�o nesta segunda-feira (28/6) terminou sem um plano realmente poss�vel para evitar que v�rias linhas deixem de circular a partir de 1º de julho. Encontro entre a prefeitura e empresa, nesta ter�a-feira (29/6), deve, em teoria, por fim � quest�o.
H� pouco mais de uma semana, a Expresso Planalto, concession�ria do transporte p�blico, comunicou que deixaria de operar algumas linhas rurais que n�o carregam grande quantidade de passageiros para tentar amenizar os preju�zos.
O preju�zo desde o come�o da pandemia de COVID-19 chega a R$ 14 milh�es, segundo levantamento realizado pela pr�pria companhia de �nibus.
Se a medida extrema for adotada, ao menos 70 funcion�rios (de um total de 200) poderiam ser demitidos.
Se a medida extrema for adotada, ao menos 70 funcion�rios (de um total de 200) poderiam ser demitidos.
Por isso, a C�mara decidiu convocar uma reuni�o extraordin�ria para tentar chegar a um acordo. Representantes da secretaria de Transportes tamb�m acompanharam as explica��e do diretor de neg�cios da companhia, Roberto Torres Santana.
A tarifa hoje � de R$ 3,90, uma das menores do Sul de Minas. Santana chegou a sugerir aumento para R$ 4,76, que atenderia � demanda prevista no contrato e corrigido conforme a infla��o.
A Prefeitura de Pouso Alegre, em contrapartida, sugeriu criar um fundo municipal, com dinheiro p�blico e privado, para bancar as contas at� que se "ganhe um tempo nas negocia��es".
Essa � a proposta considerada mais vi�vel at� o momento, e que tamb�m depende de vota��o no legislativo para ser aprovado.
Essa � a proposta considerada mais vi�vel at� o momento, e que tamb�m depende de vota��o no legislativo para ser aprovado.
Ap�s o apelo para a n�o paralisa��o dos servi�os no dia 1º, foi informado que, nesta ter�a-feira (29/6), uma reuni�o entre a empresa e a prefeitura deve chegar a um consenso para, pelo menos por enquanto, garantir o transporte.
"N�o d� para resolver tudo de uma vez s�. Mas, se conseguirmos avan�ar um pouco, j� ser� um passo positivo", completou o diretor.
Em contrato, deveriam rodar 48 �nibus na cidade. Por�m, 38 est�o circulando, sem contar os oito reservas, que permanecem. Os demais, segundo o diretor, seguem dispon�veis ou est�o em manuten��o preventiva em outras garagens do grupo.
A planilha de custos
O diretor de neg�cios da empresa apresentou uma planilha que mostra que a tarifa de �nibus deveria custar, "na pr�tica", R$ 7,91.
Santana explicou que, quando a companhia assinou o contrato, a previs�o era de que 430 mil passageiros utilizassem o transporte p�blico de Pouso Alegre por m�s. Hoje, o n�mero chega a 230 mil.
Santana explicou que, quando a companhia assinou o contrato, a previs�o era de que 430 mil passageiros utilizassem o transporte p�blico de Pouso Alegre por m�s. Hoje, o n�mero chega a 230 mil.
"A pandemia e a concorr�ncia com o transporte por aplicativo tiraram o passageiro do �nibus, o que nos causa um preju�zo de 102% em rela��o ao valor do contrato. N�s pagamos isso do 'nosso bolso', para que os trabalhadores recebam em dia", argumenta.
A Expresso Planalto pertence ao Grupo CSC de Transportes e tamb�m opera em Paracatu e em linhas rodovi�rias para S�o Paulo e outros estados.
A Expresso Planalto pertence ao Grupo CSC de Transportes e tamb�m opera em Paracatu e em linhas rodovi�rias para S�o Paulo e outros estados.
A cr�tica aos aplicativos de transporte tamb�m foi ecoada por alguns vereadores, que consideram que h� uma "invas�o" de prestadores de servi�os de fora da cidade, que n�o pagariam impostos e prejudicariam o transporte coletivo por �nibus.
Santana sugeriu � C�mara uma regulamenta��o do servi�o para que as regras sejam determinadas.
Santana sugeriu � C�mara uma regulamenta��o do servi�o para que as regras sejam determinadas.
Outro fator que a empresa alega que afeta diretamente a tarifa � a quantidade de pessoas que andam gratuitamente de �nibus.
O n�mero exato � impreciso, j� que "muitos idosos, principalmente, n�o utilizam o cart�o oferecido pela prefeitura, apresentando apenas o documento de RG, que � permitido por lei federal".
Por contrato, seriam 190 mil gratuidades que a empresa teria que arcar.
O n�mero exato � impreciso, j� que "muitos idosos, principalmente, n�o utilizam o cart�o oferecido pela prefeitura, apresentando apenas o documento de RG, que � permitido por lei federal".
Por contrato, seriam 190 mil gratuidades que a empresa teria que arcar.
A Expresso Planalto deve enviar, nos pr�ximos dias, a planilha completa de gastos e ganhos em of�cio para o legislativo.