
Os levantamentos da Pol�cia Civil indicaram que a ex-secret�ria era respons�vel por gerir os contratos de transportes com a Prefeitura de Arax� e, segundo apurado, ela � suspeita de forjar ordens de servi�o que requisitavam viagens, para ludibriar as investiga��es da Pol�cia Civil. O objetivo era de tentar convencer de que os servi�os haviam sido prestados.
No esquema, segundo a investiga��o, a investigada determinava a elabora��o de documentos falsos para os processos de pagamento, e ainda orientava os demais suspeitos sobre de que forma eles deveriam agir diante dos avan�os das investiga��es como, por exemplo, mandando adulterar hod�metros de vans escolares.
Os suspeitos poder�o responder pelo crime previsto no artigo 2º, inciso 1º, da Lei nº 12.850/2013, que define sobre organiza��o criminosa, e disp�e sobre a investiga��o criminal. A pena pode ser de tr�s a oito anos de pris�o e multa.
Antecedentes
Nos primeiros levantamentos da opera��o Malebolge, depois de apurados os processos de pagamento arquivados na prefeitura, n�o foram encontrados os documentos que determinassem as viagens das vans do transporte escolar investigadas.
Para atrapalhar as investiga��es, os envolvidos forjaram ordens de servi�os. Segundo a Pol�cia Civil, o modelo do documento era repassado pela l�der do grupo, a ex-secret�ria de Governo, preenchido por um dos empres�rios e entregue a um ex-assessor municipal, que os inseria nos processos de pagamentos.
Parte das ordens de servi�o fraudadas foram apreendidas na sala que era ocupada pelo assessor da �poca.
Em 2015, a Pol�cia Civil notou que as ordens de servi�o, supostamente emitidas pelo gabinete e assinadas pela ent�o secret�ria de Governo, descreviam a raz�o social que a empresa contratada passou a usar apenas em junho de 2016.
Foi identificado ainda que houve adultera��o dos hod�metros das duas vans vinculadas aos contratos fraudados e que a a��o realizada por ordem da l�der do grupo.
Os hod�metros tiveram os registros aumentados, de modo que ficassem compat�veis com a suposta quilometragem que teria sido percorrida, na tentativa de dar a entender que as viagens efetivamente tivessem ocorrido. A adultera��o foi de cerca de 300 mil quil�metros em cada ve�culo.
Os policiais civis descobriram o esquema depois de identificar a empresa onde era realizada a manuten��o dos autom�veis.
Na troca de �leo dos ve�culos, foi notado que houve incremento exponencial na quantidade de quil�metros registrados nos hod�metros. O respons�vel por realizar a adultera��o tamb�m foi preso e confessou que fez a mudan�a a pedido do empres�rio dono das vans.
O empres�rio celebrou acordo de colabora��o premiada e confirmou o esquema criminoso. Os dois ve�culos foram apreendidos em agosto de 2020, e, recentemente, foram revertidos � Prefeitura com outros bens.