
A professora adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Tri�ngulo Mineiro (UFTM), Andrea Pereira, que � doutora em ci�ncias m�dicas, realizou pesquisa que apontou que estudantes da Universidade Federal do Tri�ngulo Mineiro (UFTM), em Uberaba e Iturama, ap�s a pandemia da COVID-19, aumentaram o consumo de �lcool (14,6%) e maconha (7,9%).
De acordo com a pesquisa, a primeira coleta de dados ocorreu em sala de aula, entre mar�o de 2018 e mar�o de 2019, sendo que para a an�lise participaram 947 alunos de 24 cursos de gradua��o da UFTM de Uberaba – 55,28% do sexo feminino e 44,72% do masculino.
“A subst�ncia l�cita mais usada � o �lcool e o consumo dobra ao entrar na universidade por aqueles que j� a consumiam. J� a subst�ncia il�cita mais usada � a maconha, mas 76,6% dos participantes n�o consomem esta subst�ncia. Quando avaliada as �reas em conjunto, o uso de risco de moderado a alto para �lcool foi 52,48%; para o tabaco, 20,79%; e 15,94% para maconha; para as outras drogas, o risco ficou abaixo de 3,5%”, diz trecho da pesquisa.
A conclus�o deste estudo do consumo de drogas antes da pandemia, segundo a Dra. Andrea Pereira, � que os jovens entram na universidade j� consumindo �lcool, mas aumentam muito a quantidade ingerida.
“Provavelmente em decorr�ncia da vida universit�ria, embora a maconha seja a droga il�cita mais usada por eles, apenas 9% dos estudantes a experimentam ao tornarem-se universit�rios”.
“Provavelmente em decorr�ncia da vida universit�ria, embora a maconha seja a droga il�cita mais usada por eles, apenas 9% dos estudantes a experimentam ao tornarem-se universit�rios”.
J� a pesquisa realizada em junho de 2020, per�odo da pandemia, avaliou outros dados como a preval�ncia de problemas relacionados ao uso de �lcool e outras drogas entre pessoas matriculadas nos cursos de gradua��o da UFTM e fatores de estresse para a sa�de mental dos universit�rios no per�odo de distanciamento social devido � COVID-19.
O p�blico-alvo foi constitu�do por universit�rios com idade superior a 18 anos, matriculados na UFTM, campus Uberaba e Iturama.
Todos os estudantes foram convidados a participar da pesquisa por chamada p�blica, pelas redes sociais e grupos de WhatsApp, sendo que a coleta foi realizada por meio de formul�rio eletr�nico do Google.
Ao final, a amostra foi constitu�da por 378 estudantes (67,8% do sexo feminino e 32,2% do masculino), que responderam quest�es relacionadas ao consumo de subst�ncias psicoativas no come�o do distanciamento social, sendo que 14,6% afirmaram um aumento no consumo de �lcool e 7,9% no de maconha.
Considera��es finais da pesquisadora sobre o consumo de drogas durante a pandemia
Segundo a Dra. Andrea Pereira, o �lcool j� � uma subst�ncia que 90% dos jovens quando entram para a universidade passam a consumir e, al�m disso, eles apontam este consumo como algo que alivia o estresse.
“E quando eles retornaram para a casa dos pais, neste per�odo de pandemia, o uso do �lcool se manteve e, inclusive, teve um aumento, j� que passou a ser mais consumido em casa. Drogas como LSD, lan�a perfume e coca�na tiveram uma redu��o e algumas nem tiveram relatos de consumo durante a pandemia. J� o uso da maconha entre os universit�rios teve um aumento, mas pequeno”, disse.
Ao final de sua pesquisa, a terapeuta ocupacional questiona: “Que estresse � esse que o universit�rio precisa da subst�ncia psicoativa para conseguir lidar com o distanciamento social? A gente entende que esse uso acaba sendo pelo lazer e tamb�m como uma busca por prazer devido � falta de um prazer saud�vel”, considerou.
Entre as principais curiosidades da pesquisa, de acordo com a dra. Andrea, h� um fator de estresse muito grande devido ao retorno para a casa dos pais.
“Porque a partir do momento em que eles est�o na vida universit�ria o ritmo � um, e quando se retorna para a casa dos pais tem que voltar � rotina original. Um outro problema averiguado na pesquisa � com rela��o � dificuldade de organizar o tempo. Porque a rotina da casa dos pais � diferente de uma rep�blica ou apartamento que se divide”, contou.
Os universit�rios responderam ainda � pesquisa que durante a pandemia aconteceram aumentos da ansiedade, preju�zos na qualidade do sono e altera��es no apetite.