
Morando com os dois irm�os, de 20 e 22 anos, e a sobrinha de seis meses, Mirelle Carolaine Ferreira, de 24 anos, integra a parcela das fam�lias brasileiras que viu a renda despencar durante a pandemia da COVID-19.
De uma comunidade carente de Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, as a��es sociais � que est�o a ajudando a manter as contas. Mais recentemente, o cart�o aux�lio do projeto Fazendo Arte veio para aliviar.
Conhecido por oficinas, cursos de teatro e dan�a, o projeto atende cerca de 800 crian�as e adolescentes em situa��o de vulnerabilidade. Durante a pandemia, as atividades passaram por transforma��es.
Para n�o parar, os volunt�rios se aproximaram mais das comunidades atendidas. Al�m de arte, passaram a levar alento.
Dentre as a��es para ajudar assistencialmente est� o cart�o auxilio, em parceria com o Gerando Falc�es. Cada fam�lia selecionada recebe um saldo de R$ 300 para as despesas de casa.
O cart�o, a exemplo do de d�bito e cr�dito, pode ser usado em v�rios estabelecimentos comerciais para diferentes finalidades. “Aqui usamos para comprar fraldas”, contou Mirelle.
Ela e os irm�os vivem com uma renda m�dia de R$ 1,5 mil. Apenas o mais novo trabalha e ela faz alguns bicos com produ��o de saquinhos, que lhe rendem cerca de R$ 300 no m�s.
Pr�ximo da comunidade
A ideia de ajudar com doa��es as fam�lias carentes veio ap�s um contato mais pr�ximo com os assistidos pelo projeto. Com as atividades presenciais suspensas, os volunt�rios passaram a ir � periferia.
“Na pandemia, fomos at� �s comunidades e percebemos que tinha muita gente passando necessidade e outras at� fome, e fomos buscar ajuda”, conta a diretora do Fazendo Arte, Lenir de Castro.
At� agora, foram duas mil fam�lias beneficiadas, quase R$ 1 milh�o injetado na economia local. “Estamos fazendo uma grande diferen�a porque realmente � muita gente que precisa”, enfatizou.
Al�m disso, houve doa��o de �lcool em gel. O projeto tamb�m ganhou um carregamento de chocolates.
As fam�lias s�o selecionadas a partir de indica��o de entidades, como a Associa��o de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Associa��o dos Deficientes do Oeste de Minas (Adefom), dentre outras.
A Secretaria Municipal de Assist�ncia Social tamb�m auxiliou no processo indicando aquelas em vulnerabilidade social integrantes do Cad�nico. Copacabana, Candid�s, Laginha, Terra Azul, Elizabete Nogueira, Jardin�polis, S�o Roque, Graja� e S�o Sim�o est�o na lista dos bairros atendidos.
Transforma��o social

Com o vi�s na transforma��o social, o movimento contou com a intera��o dos jovens assistidos pelo projeto. Aluna h� 10 anos, Brenda Fernandes assistiu as aulas remotas sobre dan�a folcl�rica, ao mesmo tempo arrega�ou as mangas e ajudou na distribui��o das doa��es.
“A gente acha que para mudar o mundo precisa de muito, e eu vi que, �s vezes, o que para mim � pouco para outra pessoa � tudo o que ela precisa. Sa� da minha bolha”, comentou.
O movimento social n�o deve parar e dever� continuar paralelo � retomada das aulas presenciais prevista para o segundo semestre.
*Amanda Quintiliano especial para o EM