(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas REFER�NCIA NACIONAL

Governo quer transformar centro de vacinas da UFMG em 'Oxford Brasileira'

Ministro da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��es (MCTI), Marcos Pontes, fez o an�ncio neste domingo (1�/8) ao dizer que ser�o investidos R$ 50 milh�es


02/08/2021 04:00

O ministro Marcos Pontes já visitou os laboratórios da UFMG para ver de perto a estrutura usada no desenvolvimento de vacinas(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O ministro Marcos Pontes j� visitou os laborat�rios da UFMG para ver de perto a estrutura usada no desenvolvimento de vacinas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


O Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��es (MCTI) anunciou ontem que vai investir R$ 50 milh�es para que o Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) da UFMG se torne a “Oxford Brasileira”, em alus�o � universidade brit�nica respons�vel pelo desenvolvimento da AstraZeneca. “Criamos uma parceria entre o Minist�rio e a UFMG para desenvolver o Centro Nacional de Vacinas. Vamos entrar com R$ 50 milh�es para que tenhamos tipo a Oxford Brasileira”, afirmou o ministro Marcos Pontes. O titular da pasta disse que o investimento � resultado do trabalho de excel�ncia da universidade mineira.

“Gostaria de parabenizar a todos pelo magn�fico trabalho que fazem em diversas �reas, em rela��o �s vacinas, sob coordena��o de profissionais de alt�ssimo gabarito. Hoje vamos falar dessas vacinas, mas tivemos outros resultados como reagente nacionais para testes e kit para teste diagn�stico”, afirmou Pontes.

O objetivo � ampliar a infraestrutura para desenvolver vacinas. Conforme o Estado de Minas havia mostrado, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) j� assinou um termo de patroc�nio de R$ 30 milh�es para dar andamento �s pesquisas da UFMG. O recurso vem do Fundo de Manuten��o e Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Fundeb).

A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Goulart Almeida, tamb�m participou do an�ncio do ministro de Ci�ncia e Tecnologia e refor�ou o desejo de que o desenvolvimento da SpiNTec – vacina desenvolvida pela universidade – seja apenas o in�cio. “Que o CT-Vacinas se torne o Centro Nacional de Vacinas.”

DOSE PARA REFOR�O

Ao ser questionado sobre a possibilidade da aplica��o da SpiNTec como uso emergencial, o ministro respondeu: “Essa vacina poder� ser usada dentro de uma constela��o de vacinas nacionais que surgir�o. Como o Queiroga (Marcelo, ministro da Sa�de) falou, teremos vacina��o anual. Vacinas nacionais poder�o ser utilizadas com o controle completo da tecnologia pra atender qualquer muta��o do v�rus”.

Em entrevista ao Estado de Minas no �ltimo dia 23, o professor Fl�vio da Fonseca, um dos pesquisadores do CT-Vacinas � frente do desenvolvimento da SpiNTec, afirmou que, se for demonstrada sua seguran�a e efic�cia, os imunizantes brasileiros, entre eles a f�rmula da UFMG, chegar�o aos bra�os dos brasileiros somente no ano que vem, quando a popula��o j� estar� vacinada.

Fl�vio voltou a dizer que essas vacinas ser�o caracterizadas como dose de refor�o, com o objetivo de manter a imunidade das pessoas em rela��o �s infe��es provocadas pelo Sars-Cov2, v�rus com o qual ainda conviveremos por muito tempo.

CUSTOS

Os custos das vacinas para os cofres p�blicos ainda s�o incertos. O secret�rio de Pesquisa e Forma��o Cient�fica do minist�rio, Marcelo Morales, disse que, por enquanto, o valor ainda n�o est� definido, mas “certamente estar� dentro dos custos que as outas vacinas est�o sendo compradas”. Santuza Ribeiro, professora do ICB/UFMG e integrante do CT-Vacinas, ainda completou ao dizer que o valor deve ser relativamente menor do que o pre�o de mercado da AstraZeneca ou a Pfizer.

TESTES EM HUMANOS

A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) anunciou no s�bado (31/7) que recebeu o pedido para realiza��o de estudo das fases 1 e 2 da vacina SpiNTec. O objetivo � testar o imunizante feito em parceria com a Funda��o Ezequiel Dias (Funed) em humanos. A solicita��o para autoriza��o do pr�ximo passo da pesquisa foi enviada na sexta-feira (30/7).

De acordo com a UFMG, as duas fases t�m o objetivo de avaliar a seguran�a da vacina para identificar se a mesma provoca ou n�o efeitos adversos. Outro intuito � a comprova��o de sua capacidade imunog�nica, ou seja, de induzir a gera��o de anticorpos e de c�lulas de defesa espec�ficas contra o novo coronav�rus (Sars-Cov-2). A fase 1 reunir� aproximadamente 40 volunt�rios. J� a segunda, entre 150 e 300 pessoas.

Segundo os procedimentos da Anvisa, a an�lise iniciada agora considerar� a proposta do estudo, o n�mero de participantes e os dados de seguran�a obtidos at� o momento nos estudos pr�-cl�nicos, que s�o realizados em laborat�rio (in-vitro) e em animais como macacos, hamsters e camundongos humanizados (transg�nicos suscet�veis � infec��o pelo novo coronav�rus). Antes do pedido formalizado, a Anvisa j� havia realizado reuni�es pr�vias para orienta��es e esclarecimentos aos desenvolvedores da vacina. (Com Gabriel Ronan e Guilherme Peixoto)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)