
De janeiro a julho deste ano em rela��o ao mesmo per�odo do 2020, houve um aumento de inc�ndios de 54,65%.
De acordo o Corpo de Bombeiros, o perfil das queimadas na cidade tamb�m mudou em rela��o aos anos anteriores: elas est�o atingindo, agora, em sua maioria, grandes propor��es e �reas.
A aten��o est� principalmente nas chamadas �reas “periurbanas”, onde a zona rural faz divisa com cidade. No munic�pio, os maiores focos s�o justamente nos bairros lim�trofes � vegeta��o, como: Jardim Europa, Mangabeiras, Parque das Flores e Camu�.
“S�o as regi�es que mais ocorrem os inc�ndios, pois as chamas ficam descontrolas por causa da quantidade do mato e mat�ria org�nica seca presente”, destaca o tenente do Corpo de Bombeiros, Marcelo Teixeira Caixeta.
O momento de estiagem geralmente ocorre entre o fim de maio e meados de novembro. Mas os maiores registros de inc�ndios em vegeta��o s�o, normalmente, entre julho e o final de setembro.
“O terceiro trimestre � pior per�odo. O clima est� mais prop�cio para os inc�ndios, seja pela a��o do vento, da falta de umidade ou das temperaturas mais elevadas. Essa mistura de condi��es clim�ticas � favor�vel para que um inc�ndio florestal aconte�a” alerta o Tenente.

Inc�ndios por a��o humana
Ainda segundo o tenente Caixeta, cerca de 90% das queimadas s�o causadas por a��o humana, e, na maioria das vezes, n�o � poss�vel identificar os autores. O ato acontece, principalmente, pela cultura de que muitas pessoas preferem limpar as vegeta��es utilizando o fogo, momento em que os inc�ndios ganham propor��es maiores.
“Quando a pessoa liga para o bombeiro � porque ela est� vendo essa fuma�a subir e o fogo pegar, ou porque est� chegando perto da casa dela. Com isso, quem colocou aquele fogo j� saiu do local h� muito tempo. Na hora que o bombeiro chegar l�, vai ser para lidar com o que foi feito. Ent�o, na realidade, isso � algo cultural. N�s n�o temos como prevenir, mas podemos sempre alertar sobre as consequ�ncias”, detalha Teixeira.
No dia 21 de julho, um inc�ndio �s margens da BR-262, em Arax�, atrapalhou a vis�o de um condutor de uma carreta bitrem, e o ve�culo tombou na pista. A ca�amba atingiu duas pessoas que estavam caminhando pela rodovia. Ambos, um homem de 40 anos e uma mulher de 30, morreram na hora.
Para Vinicius Martins, chefe da Divis�o de Meio Ambiente do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustent�vel de Arax� (IPDSA), autarquia da Prefeitura, a maior dificuldade da administra��o em lidar com os inc�ndios � tamb�m, justamente, a falta de controle como eles se iniciam.
“O mun�cipio, entretanto, em parceria com o Corpo de Bombeiros, busca realizar trabalhos preventivos, como a vistoria de lotes vagos, onde os propriet�rios com terrenos com alta vegeta��o ou presen�a de lixo e entulho s�o notificados a adequarem a �rea. Caso algum seja autor identificado provocando queimadas, ele poder� ser multado entre 5 e 50 Unidades Fiscais do Munic�pio de Arax� (UFPAs)” explica.
Cada Unidade Fiscal equivale � R$ 56,15. A multa pode variar entre R$ 280,00 a R$ 2.807,50. H�, ainda, a possibilidade de o infrator responder judicialmente por crime ambiental.
Neste per�odo de estiagem, o �rg�o informou que est� intensificando as fiscaliza��es. Para den�ncias, o cidad�o pode entrar em contato pelos telefones: (34) 3661 – 3676 ou (34) 9 8861 – 4079.
Ocorr�ncias de inc�ndios
No plant�o desta ter�a-feira (3/8) em Arax�, foram registradas cinco ocorr�ncias, sendo uma delas inc�ndio em resid�ncia e as outras quatro notifica��es em vegeta��es.
Foram atendidos desde queimadas em lotes vagos at� inc�ndios em margens de rodovias. Um foco ocorreu na BR-452 (que liga Arax� a Uberl�ndia), em uma �rea pr�xima Distrito Industrial da cidade.
J� no KM 25 da MG-428, que liga Arax� a Sacramento, os focos estavam em tr�s propriedades rurais, sendo uma delas da empresa Mosaic. Para o combate, os bombeiros tiveram apoio de maquin�rios advindos dos produtores rurais e de brigadistas da empresa de fertilizantes, at� o controle total da chamas.