
� comum haver sepultamentos de pessoas que se destacaram na sociedade, com homenagens e com honras. Mas na manh� desta quarta-feira (11/8), as honras e homenagens foram feitas a uma cadela das Rondas Ostensivas com C�es Adestrados (Rocca), da Pol�cia Militar, cujos restos mortais foram cremados no Cemit�rio Especializado em Crema��o de Animais Bosque das �guas Claras, em S�o Sebasti�o das �guas.
Uana era um animal especial, uma recordista, tendo participado de 4.900 opera��es de combate ao tr�fico de armas e drogas. Sua produtividade impressiona. Farejou 200 armas de fogo, 2.000 muni��es, 108 mil buchas de maconha, 60 mil pedras de crack, 38 mil pinos de coca�na, 700 kg de maconha, 45 kg de pasta base, 68 kg de crack.
Uana estava com nove anos e meio e estava iniciando o processo de aposentadoria, que ocorre sempre que o c�o atinge 10 anos. Para o processo de aposentadoria, os c�es devem ser submetidos a uma inspe��o de sa�de final com o Oficial Veterin�rio. Foram detectados alguns n�dulos nela e, ent�o, foi preciso fazer uma cirurgia. No entanto, a cadela n�o suportou o procedimento cir�rgico e faleceu. Ela passou a vida na Rocca.
O processo de crema��o foi comovente, com muitos policiais indo �s l�grimas. Para todos os que tiveram Uana como companheira de opera��es, ficaram as recorda��es. O Comando da Rocca prestou uma homenagem especial.
O �ltimo companheiro
O �ltimo condutor de Uana foi o cabo Maia, que relembra a hist�ria da cadela. “O primeiro condutor foi o cabo Willie. Me recordo que a Uana fugia dele. Mas ele conseguiu domestic�-la. Ela tinha uma peculiaridade, pois parecia gostar muito de trabalhar. � normal o c�o receber um pr�mio, um alimento, a cada opera��o que realiza. Mas a Uana recebia o pr�mio e sa�a com ele na boa, em busca de mais servi�o. Era diferente.”
Ele conta que a cadela prendeu muito bandido, e que farejou muita droga, assim como armas de fogo. Diz que o animal era conhecido de toda a PM, principalmente da Rotam. “Todos que me encontravam, me perguntavam pela Uana. Ela vai fazer muita falta.”
