
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) denuncia Jos� Lauriano, conhecido como Zez�, por participa��o no sumi�o e assassinato de Eliza, al�m do sequestro da mo�a e de Bruninho, filho dela com o goleiro Bruno Fernandes - na �poca, com 4 meses.
Segundo o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), o julgamento n�o deve ultrapassar dois dias. Hoje, onze testemunhas prestaram depoimento: 4 informantes, 4 testemunhas comuns e 3 testemunhas exclusivas da defesa.
Amanh� (26/8) ocorrer�o os debates orais entre a promotoria e a defesa do r�u, que podem ter r�plica e tr�plica. O pr�ximo passo � a reuni�o dos jurados para decidir sobre o futuro do acusado: culpado ou inocente. A expectativa � de que o julgamento termine at� o fim da tarde.
Vinte testemunhas chegaram a ser intimadas, mas nove foram dispensadas. Agora � noite, o j�ri ouviu o depoimento gravado de Jorge Luiz Lisboa Rosa, prestado na 1ª fase do processo.
As oitivas da a��o penal, que corre em segredo de Justi�a, come�aram com o delegado Wagner Pinto, atualmente aposentado, que trabalhou na apura��o do caso. Entre suas principais revela��es est� o fato de que Zez� esteve no motel onde Eliza teria ficado antes de ser morta.
O grupo de depoentes tamb�m inclui a delegada Alessandra Wilke, que participou das investiga��es, Macarr�o, al�m do pr�prio jogador. O Tribunal do J�ri � conduzido pelo juiz Elexander Camargos Diniz.
Acusa��o
Zez� foi denunciado � Justi�a por ao menos quatro crimes. Ele teria sequestrado Bruninho e Eliza no dia 4 de junho com o aux�lio do primo do goleiro, Jorge Luiz Lisboa Rosa. A a��o foi articulada pelo goleiro e Macarr�o.
Posteriormente, o ex-policial teria mantido m�e e filho em c�rcere privado por seis dias, at� o dia 10. Lauriano teria participado ainda do homic�dio da modelo, arquitetado por Marcos Aparecido de Souza, o Bola. Por fim, ele se juntou a Bola a corromper o primo do goleiro, Jorge Luiz Lisboa Rosa - ent�o com 17 anos - para que ele ajudasse na oculta��o do cad�ver.
Zez� responde pelo crime em liberdade. Ele chegou a ter a pris�o preventiva decretada em 2015, fugiu e passou a ser considerado foragido da Justi�a. Em 12 de agosto do mesmo ano, contudo, os desembargadores da 4ª Vara Criminal TJMG concederam habeas corpus ao r�u.
O crime
Depois de se relacionar com Eliza Samudio em 2009, Bruno Fernandes passa a ser pressionado pela mulher para assumir a paternidade de uma crian�a.
No mesmo ano, ela presta queixa contra o jogador na Justi�a carioca por agress�o e por for��-la a abortar. Em 9 de junho de 2010, a modelo chega ao s�tio do jogador em Esmeraldas, supostamente para resolver a situa��o.
Ap�s o dia 10 de junho, ela n�o foi mais vista. A pol�cia recebeu uma den�ncia an�nima em 24 de junho sobre o suposto assassinato, que envolveria outras oito pessoas.
Condena��es
Todos os r�us do caso foram condenados, com exce��o de Dayane Rodrigues, ex-mulher de Bruno, que foi absolvida das acusa��es.
Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foi condenada a cinco anos pelo sequestro e c�rcere de Eliza e Bruninho. Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, bra�o direito do ex-�dolo do Flamengo, foi sentenciado a 15 anos de pris�o por homic�dio qualificado. Ele foi beneficiado por uma confiss�o parcial do crime.
J� Bruno teve a pena estabelecida em 22 anos e 3 meses de pris�o por homic�dio e oculta��o do cad�ver da jovem e tamb�m pelo sequestro e c�rcere privado do filho, Bruninho. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor do assassinato, foi condenado a 22 anos de pris�o.
Elen�lson Vitor da Silva, caseiro do s�tio do ex-atleta em Esmeraldas, e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, respondiam apenas pelo sequestro e c�rcere privado de Bruninho da modelo. Ambos foram condenados e cumprem pena em regime aberto.
Um outro r�u no processo n�o chegou a ser julgado. S�rgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, era considerado a principal testemunha do caso. Ele foi assassinado meses antes da data prevista para o julgamento. A pol�cia concluiu que ele foi v�tima de um crime passional, sem rela��o com o caso Eliza Sam�dio.
Jorge Lisboa Rosa, primo do jogador, que revelou �s autoridades grande parte da trama, cumpriu medida s�cio-educativa e j� est� em liberdade, j� que era menor de idade quando o crime ocorreu.
(Com informa��es de Gabriel Ronan)