Capela Curial na estrutura da Arquidiocese de Belo Horizonte, Igrejinha da Pampulha, no cora��o dos mineiros e, a partir de 4 de outubro, dia do protetor dos animais e da natureza, Santu�rio Arquidiocesano S�o Francisco de Assis. �cone do Patrim�nio Mundial e cart�o-postal da cidade, o templo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) ser� elevado a essa condi��o para valorizar ainda mais o espa�o sagrado, destacar o conjunto moderno e fortalecer a peregrina��o.
Com programa��o religiosa e cultural de 1 a 4 de outubro, a constru��o �s margens da Lagoa da Pampulha, em BH, e reaberta completamente restaurada h� dois anos, passar� a ser santu�rio durante missa celebrada pelo arcebispo metropolitano de BH e presidente da Confer�ncia Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Futuro reitor do santu�rio, o padre Ednei Almeida Costa considera o reconhecimento “digno e justo”. Ele ressalta o grande n�mero de visitantes. “Outro dia, chegou um casal dos Estados Unidos que sofria com a perda do animal de estima��o e ficou sabendo da exist�ncia, na capital, de uma igreja dedicada ao protetor dos animais. Ficaram emocionados”, contou.
Lembrando que o templo re�ne f� e cultura, o padre citou os demais artistas que trabalharam no futuro Santu�rio Arquidiocesano S�o Francisco de Assis, a exemplo de C�ndido Portinari (1903-1962), autor dos 14 quadros recriando as cenas da via-sacra, da pintura de S�o Francisco com um cachorro e do painel externo em azulejos, homenageando o padroeiro. No interior, podem ser vistos os baixos-relevos em bronze do batist�rio, do escultor Alfredo Ceschiatti (1918-1989), e, na parte externa, o revestimento em pastilha de Paulo Werneck (1903-1962).
Uma igreja ou outro local sagrado se torna santu�rio quando os fi�is, em grande n�mero, por algum motivo especial de piedade, fazem peregrina��es. No territ�rio da Arquidiocese de BH, que re�ne 28 munic�pios, h� 12 santu�rios, seis deles na capital – Nossa Senhora da Boa Viagem, S�o Paulo da Cruz, Nossa Senhora da Concei��o dos Pobres, da Sa�de e da Paz (Padre Eust�quio), S�o Jos� e S�o Judas Tadeu.
TURISMO
Ontem, turistas do Sul do Brasil e da Alemanha se surpreenderam com a arquitetura da igreja e instala��o do santu�rio. “Muito importante para valorizar ainda mais o templo, a arquitetura de Niemeyer, a hist�ria. Fizemos muitas fotos”, disse a fot�grafa B�rbara Angioletti na companhia do marido J�lio C�sar Angioletti. Morador de Indaial (SC), o casal viaja pela primeira vez a BH e se disse apaixonado pela capital mineira.
Tamb�m pela primeira vez em BH, o estudante de direito Pedro Paulo Fabbri, de 23 anos, de Florian�polis (SC), se disse surpreso “positivamente” com BH e, de forma especial, com a Igrejinha da Pampulha. “Estamos acostumados com as igrejas tradicionais, e, neste caso, houve uma releitura modernista”, disse o estudante. O amigo Fabian Gutheil, arquiteto alem�o residente em Berlim, se mostrou impressionado com a arquitetura e a forma abobadada da nave, com “o teto encostando no piso”.
Para quem quiser visitar ou assistir �s missas, a igreja fica aberta todos os dias das 8h �s 17h, com celebra��es aos domingos, �s 7h, 10h e 18h. O Conjunto Moderno da Pampulha � tombado pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha) e Conselho Deliberativo do Patrim�nio Cultural Municipal de Belo Horizonte.