
Ruibran explica que a situa��o � consequ�ncia de uma massa de ar quente e seco, o que ele chama de uma bolha de calor, que est� atuando em Minas Gerais desde o in�cio de setembro. Segundo ele, essa �poca do ano � normalmente seca, com baixa umidade, um indicativo que vem desde agosto. Mas est� piorando a n�veis pouco vistos at� ent�o.
Esse � um dos menores �ndices registrados nos �ltimos anos e, entre segunda-feira (20/9) e ter�a (21), o tempo seco deve persistir e pode ainda se agravar, ficando na casa dos 9%. Apenas a partir da pr�xima quarta-feira, lembra Ruibran dos Reis, essa massa quente deve enfraquecer, com a passagem de uma frente fria pelo litoral do Sudeste, mudando a circula��o do ar, gerando mais umidade para Belo Horizonte e regi�o.

A previs�o do tempo para este domingo � de sol em todo o estado. O Tri�ngulo Mineiro deve ter term�metros batendo os 38º, e em Maria da F�, no Sul de Minas, a temperatura m�nima aferida foi de 14º. Em Belo Horizonte, marca��es entre 18º (constatados na Pampulha) e 34º. E por enquanto, na capital, nada de chuva.
FUMA�A
BH e cidades do entorno amanheceram cobertas por uma grande massa de fuma�a. Segundo Ruibran dos Reis, � o resultado das queimadas que v�m acontecendo em muitas regi�es do estado nos �ltimos dias - neste fim de semana, uma ocorr�ncia importante foi observada na BR-381. � um fen�meno conhecido por invers�o t�rmica que, em uma explica��o did�tica, significa que a fuma�a ficou retida nas primeiras camadas da atmosfera, devido a diferen�as na densidade do ar.
No fim das contas, uma enorme quantidade de polui��o que n�o se dissipou. Um efeito que acontece mesmo se no momento n�o s�o registradas queimadas pr�ximas - na verdade, fruto de um per�odo significativo de ac�mulo da fuma�a e da polui��o.
Ainda que o domingo tenha come�ado sem ocorr�ncias relevantes de inc�ndios ou queimadas, como informa o Corpo de Bombeiros, o clima extremamente seco propicia a propaga��o do fogo, e a tend�ncia � que surjam novos focos. Minas Gerais vem experimentando a maior temporada de inc�ndio em 10 anos.
De acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), entre 20% e 30% de umidade relativa do ar � estado de aten��o; abaixo de 20% � estado de alerta. O n�vel ideal de umidade do ar para o organismo humano gira entre 40% e 70%. A t�tulo de compara��o, cidades no deserto africano do Saara comumente registram umidade entre 14% e 20% e, em S�o Pedro do Atacama, no Chile, isso tamb�m � recorrente - na regi�o, nesta sexta-feira (17/9), o �ndice foi de 8%.
Geralmente, idosos e crian�as s�o as pessoas que mais sentem os efeitos negativos da secura, sendo os principais reflexos na sa�de o agravamento de doen�as respirat�rias, para a popula��o em geral.
Para evitar complica��es, a Defesa Civil recomenda: hidrata��o durante o dia; dar prefer�ncia a alimentos leves e frescos, como saladas, frutas, carnes grelhadas; evitar frituras; dormir em local arejado e umedecido por aparelhos umidificadores, ou colocar uma bacia com �gua no c�modo; evitar atividades f�sicas ao ar livre e exposi��o ao sol entre 10h e 17h; evitar banhos com �gua quente, para n�o potencializar o ressecamento da pele (se necess�rio, usar hidratante); e procurar um especialista no caso de problemas respirat�rios mais graves.
*Em caso de inc�ndio em mata ou floresta, avise imediatamente ao Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) ou Pol�cia Militar (190).