
Um m�s ap�s a psic�loga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, ser
encontrada morta dentro do porta-malas do pr�prio carro
, em Pouso Alegre, o caso segue sem respostas. A Pol�cia Civil informou nesta ter�a-feira (21/9), dia em que se completam 30 dias da morte, que aguarda o resultado de exames toxicol�gicos, que poder�o dizer a causa da morte.
At� o momento, todas as informa��es prestadas pelo marido da v�tima foram checadas e confirmadas. Ainda conforme a Pol�cia Civil, nenhuma hip�tese ser� descartada at� a conclus�o da investiga��o.
Relembre o caso
A psic�loga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, foi encontrada morta dentro do porta-malas do pr�prio carro no dia 22 de agosto, em Pouso Alegre. O ve�culo estava estacionado na garagem da casa da v�tima. Quem encontrou o corpo e chamou a pol�cia foi o marido da psic�loga, um m�dico veterin�rio de 62 anos.
De acordo com a Pol�cia Civil, a v�tima estava como os p�s e as m�os amarradas, com roupa e capacete de ciclismo, e sem sinais aparentes de viol�ncia. Na casa onde a psic�loga morava tamb�m n�o havia ind�cios de arrombamento.
No dia 29 de agosto, o delegado regional Renato Gavi�o afirmou que nenhuma hip�tese estava descartada. “A v�tima foi localizada sem nenhum sinal de viol�ncia, nenhum sinal de arranh�o, nenhum sinal de inje��o ou qualquer coisa do tipo. Ent�o, hoje a Pol�cia Civil trabalha com todas as hip�teses. N�o podemos falar em crime de homic�dio, n�o podemos falar em suic�dio at� a conclus�o da investiga��o”, afirma o delegado.
Ainda segundo o policial, as amarras dos p�s e das m�os poderiam ter sido feitas por uma terceira pessoa ou at� por ela mesma. “Estava amarrado, mas uma amarra��o que pode ter sido realizada pela pr�pria v�tima, como pode ter sido realizada por um terceiro. A Pol�cia Civil est� investigando tudo para que esse fato seja devidamente esclarecido”, disse o delegado.
Depoimento do marido
Em depoimento prestado � pol�cia, o marido da v�tima disse que estava trabalhando na fazenda onde presta servi�o, no munic�pio de Carea�u, quando recebeu uma mensagem da esposa, por volta das 11h50 de s�bado, dizendo que iria pegar uma bike speed emprestada com um amigo para pedalar at� Borda da Mata.
O marido contou que chegou em casa por volta das 16h30 e que a esposa n�o estava. Naquele momento, ele n�o achou estranho porque ela teria falado que chegaria mais tarde do passeio. Por�m, mais tarde ela n�o apareceu, e ele come�ou a procurar em hospitais e delegacia, mas n�o teve not�cias da psic�loga.
O homem ainda relatou que ficou a noite preocupado, j� que os pertences da v�tima estavam em casa, como celular, bolsa e outros objetos. Na manh� do dia seguinte, o marido resolveu abrir o carro da esposa, que estava na garagem, e encontrou Marilda sem vida no porta-malas.

De acordo com a Pol�cia Civil, tudo o que o marido disse no depoimento foi confirmado, e que n�o h� nada que incrimine o m�dico veterin�rio no caso. “Por enquanto, n�o tem nada que o desabone. Tudo que ele relatou para a Pol�cia Civil condiz com o que foi apurado. N�o podemos falar que ele � o autor de qualquer delito”, disse o delegado Renato Gavi�o no �ltimo pronunciamento.
Todos os passos anteriores feitos pela v�timas est�o sendo checados, assim como as informa��es e passos do marido. A Pol�cia Civil informou que aguarda o resultado de exames toxicol�gicos, que poder�o dizer a causa da morte.
Fam�lia e amigos n�o acreditam em suic�dio
A reportagem do Terra do Mandu conversou com a m�e da psic�loga, Luzia Matias, e com colegas que trabalhavam com a v�tima na unidade de sa�de em Carea�u. Eles n�o acreditam que ela tenha tirado a pr�pria vida.
A m�e da v�tima diz que a filha era cheia de vida e muito querida por todos. “Ela n�o ia tirar a vida dela, n�o. A minha filha era muito querida em Pouso Alegre”, afirma Luzia Matias.
No entanto, a m�e da v�tima tamb�m confirma que a filha n�o estava feliz no Sul de Minas e queria voltar a morar com ela, em Bauru, no interior de S�o Paulo. “Ela s� pediu pra mim que queria ir embora para Bauru. Ela ainda falou assim pra mim ‘m�e, vende a sua casa e a gente vai morar junto’, relata.
"Na verdade ela n�o estava feliz a� [Pouso Alegre]. Ela nunca entrou muito em detalhe comigo, ela era reservada”, complementa a m�e da psic�loga.
(Gabriella Starneck / Especial para o EM)