
A Esta��o de Tratamento de Esgoto (ETE) de Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste de Minas, ser� inaugurada nesta sexta-feira (1º/10). A unidade tem capacidade para atender cerca de 50 mil consumidores, quase que o dobro de habitantes do munic�pio, que fica a 117 quil�metros de Belo Horizonte.
Foram oito anos entre o in�cio das obras e a conclus�o, investimento que chegou a R$ 5 milh�es. A maior parte do recurso veio da Funda��o Nacional de Sa�de (Funasa), cerca de R$ 3,8 milh�es. Os outros 1,2 milh�o partiram dos cofres da prefeitura.
“As coisas de l� para c�, de 2012 at� agora, modificaram muito em valores e a Funasa n�o faz nenhum tipo de complemento”, explicou o prefeito Edson Vilela sobre o aporte do munic�pio.
A ETE vai tratar 86% do esgoto urbano da cidade, hoje despejado in natura no Rio Par�. “Os outros 14% no prazo de seis a sete meses, porque depende do t�rmino de pequenas elevat�rias”, completou o prefeito. As obras que incluem tamb�m a instala��o de interceptores est�o em andamento pelo Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (Saae) do munic�pio.
Hoje, os consumidores pagam uma tarifa de 50% pelo servi�o de coleta. At� dezembro deste ano, ela ser� mantida sem altera��o, mesmo com a ETE em opera��o. At� l�, com a estimativa do custo operacional, haver� uma reuni�o com a Ag�ncia Reguladora Intermunicipal de Saneamento B�sico de Minas Gerais (Arisb-MG).
A previs�o � de que, mesmo a partir do pr�ximo ano, n�o haja altera��o tarif�ria. “Temos quase certeza que vamos manter a mesma cobran�a sem altera��o”, reafirmou Vilela.
Impactos ambientais
Com a ETE em opera��o, 5 mil metros c�bicos de esgoto por dia deixar�o de ser despejados in natura no Rio Par�. “Carmo do Cajuru era o primeiro munic�pio a sujar, a gente sabe que a evolu��o dos aguap�s tem causa em cima de mat�ria org�nica”, citou o prefeito. Sem os dejetos, Vilela acredita que ir�o conseguir eliminar um problema recorrente que cobre boa parte do afluente.
“O ganho em termos ambientais � quase que imensur�vel, tudo em fun��o da manuten��o da qualidade ambiental. Agora, temos que trabalhar com a recupera��o das matas ciliares”, destacou.
Gera��o de energia
Com o sistema da ETE formado por reatores, filtros e leitos de secagem, todo o g�s produzido nele � queimado. “Como o processo de forma��o de bact�rias demanda de um certo tempo, estaremos avaliando a possibilidade de utilizar os gases gerados pelo reatores em vez de queima-lo”, antecipou o prefeito.
Este quantitativo ser� mensurado de acordo com a opera��o da ETE. A partir da forma��o de gases, ser� avaliado se o volume permite que seja montado um conjunto de combust�o associado a um gerador de energia el�trica. Em resumo, a ideia � aproveitar os gases e gerar energia para o munic�pio.
Os estudos devem ser iniciados no final deste ano e ganhar corpo no primeiro semestre do pr�ximo. Ainda n�o � poss�vel falar em n�meros e capacidade.
*Amanda Quintiliano especial para o EM