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Estado de Minas PREVEN��O

Outubro Rosa para Pets: como prevenir o c�ncer de mama no seu bichinho

Especialistas apontam alta ocorr�ncia de c�ncer de mama em animais de estima��o. Ufla realiza ciclo de palestras gratuitas sobre o assunto


20/10/2021 10:06 - atualizado 20/10/2021 20:40

Cão e gato juntos, diante de uma vasilha de comida
Dados apontam que nas cadelas, aproximadamente 50% dos tumores de mama s�o malignos, nas gatas o percentual � ainda maior, de 70% a 90% (foto: Pxhere/Divulga��o)
N�o s�o apenas os humanos que sofrem com o c�ncer de mama. Animais de todas as esp�cies est�o sujeitos ao diagn�stico da neoplasia, especialmente as cadelas e gatas, apontam especialistas da Universidade Federal de Lavras (Ufla). Neste outubro rosa, per�odo de conscientiza��o para o c�ncer de mama, m�dicos veterin�rios dizem ser necess�rio tamb�m o alerta para os pets e pedem que tutores fiquem atentos ao aparecimento dos primeiros sintomas.  

Foi assim, logo nos primeiros sintomas, que os tutores da Lua - uma American Bully, de oito anos -, Rafael Vilela e Luana Koscky, perceberam que algo estava errado. Em 2019 eles notaram que uma das mamas estava pingando sangue e, ao realizar o toque, notaram um n�dulo.

“O veterin�rio realizou os exames e no mesmo dia que saiu o resultado ele quis oper�-la. Foi realizada a mastectomia (retirada de toda a mama) e tirou metade das suas tetas. Ficamos muito preocupados”, contou Rafael que disse que a Lua passou alguns dias internada devido a uma complica��o no rim causado pelo sedativo. Na mesma cirurgia, o veterin�rio fez a castra��o da Lua e ap�s 15 dias, a cadela estava recuperada. N�o foi necess�rio realizar a quimioterapia ap�s a cirurgia.
Casal sentado com dois de seus cães a frente
Rafael e Luana passaram, em 2019, momentos angustiantes com o diagn�stico de c�ncer de mama da Lua. A cirurgia deu certo e ela se encontra saud�vel (foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)

“Foi bem dif�cil a recupera��o, mas ap�s 15 dias ela j� estava bem. Agora estamos sempre de olho, observando e realizando o exame de toque por precau��o. O importante � que ela continua alegre e saud�vel”, comemora Rafael.  

Os tumores de mama preocupam os veterin�rios devido � alta taxa de ocorr�ncia. Nas cadelas, aproximadamente 50% dos tumores de mama s�o malignos, nas gatas o percentual � ainda maior, de 70% a 90%, pontua a professora da Faculdade de Ci�ncia Animal da Ufla, Gabriela Rodrigues Sampaio. Segundo ela, embora raro, o c�ncer de mama tamb�m pode ser diagnosticado em machos, assim como em homens. 

“A cadela � considerada a esp�cie mais acometida por tumores mam�rios, mais do que a mulher. Ela est� no topo da lista”, comenta a professora que diz ser necess�rio ficar atento a alguns sinais.

“Se o tutor notar o aparecimento de algum carocinho nas mamas do animal, perceber qualquer mudan�a na caracter�stica, mama mais inchada, avermelhada, produ��o de secre��o, falta de apetite, deve procurar um m�dico veterin�rio para detectar se aquilo � um tumor. Quanto mais cedo isso for feito, melhor � o progn�stico, com chances de cura e sobrevida para o animal”, diz Gabriela.

Causa do c�ncer de mama nos pets

A m�dica veterin�ria lembra que a principal causa dos tumores em cadelas e gatas est� associada �s inje��es de horm�nio, popularmente conhecidas como “vacinas anti cio”. 

“Sabemos que esses tumores s�o induzidos por horm�nios, eles possuem uma depend�ncia hormonal. Essas inje��es s�o � base de medroxiprogesterona, um an�logo sint�tico da progesterona. Uma �nica aplica��o durante a vida do animal j� � suficiente para provocar um c�ncer de mama e infec��o no �tero. A melhor forma de preven��o do cio, de gravidez em cadelas e gatas e do sofrimento dos animais no parto � a castra��o”, ressalta Gabriela Rodrigues Sampaio.

A inje��o anti cio � vendida livremente em muitos lugares. A droga � liberada pelo Minist�rio da Agricultura e, geralmente, � aplicada pelos pr�prios tutores. Em Bras�lia, dois projetos de Lei em tramita��o na C�mara dos Deputados prop�em o uso controlado do medicamento apenas por m�dicos veterin�rios, al�m da proibi��o de seu livre com�rcio. 

Para prevenir o c�ncer de mama em cadelas e gatas, a veterin�ria esclarece que pesquisas cient�ficas atestam que as castra��es precisam ser realizadas antes do primeiro cio. Dessa forma, cai para 0,5% a chance de o animal desenvolver a doen�a. “A castra��o cir�rgica deve ser feita por um m�dico veterin�rio que trabalhe em uma cl�nica adequadamente equipada, j� que � uma cirurgia que requer cuidados e pr�tica m�dica”, refor�a a professora da Ufla.

Tratamento
 
Caso exista a suspeita de o animal ser diagnosticado com a doen�a pelo exame cl�nico e palpa��o, a confirma��o do tumor � feita por meio de an�lise histopatol�gica de todas as mamas. Exames de imagem, como o raio-x, s�o utilizados para pesquisa de met�stase em outros �rg�os, como o pulm�o por exemplo.
 
“Uma vez diagnosticado, o principal tratamento do c�ncer de mama em cadelas e gatas � pela retirada cir�rgica de toda a cadeia mam�ria. S�o v�rios protocolos, retiramos as mamas com tumor e as que podem desenvolver”, diz Gabriela. 

Depois que o tumor � retirado, ele � enviado � patologia para que seja identificado qual o tipo de tumor. A partir da�, os veterin�rios podem prescrever o protocolo quimioter�pico espec�fico, como um tratamento complementar.

Segundo a professora, a quimioterapia para o c�ncer de mama em animais tem obtido muitos avan�os nos �ltimos anos e, geralmente, � feita com medicamentos usados em humanos, de acordo com o tamanho do animal (superf�cie corporal). Por�m, segundo ela, o tratamento n�o est� dispon�vel gratuitamente aos animais, como no caso dos humanos. “Aqui na Ufla, explicamos ao tutor o tipo de patologia que o animal possui e fazemos o or�amento tanto de medicamentos vendidos em farm�cia, quanto de manipulados, na dose do animal”, conta Gabriela.

Universidade oferece palestras no Outubro Rosa Pets 
 
Um encontro on-line sobre o Outubro Rosa Pet est� sendo realizado pela Universidade Federal de Lavras, com a organiza��o dos n�cleos de estudo. O evento � aberto ao p�blico, estudantes e profissionais de medicina veterin�ria. As inscri��es podem ser feitas neste link. As palestras v�o ocorrer no s�bado (30/10) das 08h �s 14h.
 
Para os participantes externos � universidade, � necess�rio primeiramente realizar um cadastro de participante externo e, posteriormente, entrar na aba “eventos da institui��o”, procurar por  “Encontro on-line oncologia de animais de companhia”,  e clicar em se inscrever.

Membros dos n�cleos de Estudos em Farmacologia Veterin�ria, de Estudos em Felinos, de Estudos e Aperfei�oamento em Patologia Veterin�ria e de Estudos em Pequenos Animais, da universidade, far�o palestras que abordar�o a etiologia, o tratamento e as formas de diagn�stico da neoplastia mam�ria (c�ncer de mama). 


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