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Estado de Minas VIOL�NCIA

O que � novo canga�o? Entenda a modalidade de crime que assola o interior

A��o do 'novo canga�o', assim como o grupo de Lampi�o no in�cio do s�culo passado, age usando viol�ncia em suas opera��es


31/10/2021 18:00 - atualizado 31/10/2021 18:27

Arsenal de guerra
Quadrilha possu�a um verdadeiro arsenal de guerra, afirmou a Pol�cia Militar (foto: Reprodu��o/Alterosa Sul de Minas)
Quadrilhas fortemente armadas cercam cidades e promovem assaltos de grande repercuss�o em v�rias partes do pa�s. No mais recente epis�dio, ocorrido na madrugada deste domingo (31/10) em Varginha, no Sul do Estado, 26 suspeitos foram mortos. S� em Minas Gerais, foram ao menos tr�s cidades este ano  onde o chamado "novo canga�o" foi registrado. Em um per�odo cr�tico, entre 2011 e 2014, foram 386 ocorr�ncias no estado.
A express�o 'novo canga�o' surgiu no Nordeste brasileiro em 1990 por meio da m�dia e foi criada para designar as quadrilhas com a��es agressivas que cercavam pequenas cidades do sert�o nordestino para praticar crimes 'cinematogr�ficos'.

Ataques como esse se tornaram mais frequentes nos �ltimos anos, principalmente em cidades pequenas e m�dias do Sudeste. Investiga��es indicam que as a��es s�o planejadas e tamb�m executadas por membros de fac��es criminosas, principalmente do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Lampi�o


Esse tipo de assalto - quando um grupo criminoso toma o controle de uma pequena cidade para roubar - n�o � novo no Brasil. No in�cio do s�culo passado, Lampi�o e seu bando de cangaceiros ganhavam a vida praticando saques semelhantes.

No final dos anos 1990, surgiu o chamado "novo canga�o", quando grupos de criminosos passaram a invadir cidades do sert�o nordestino (munic�pios carentes de efetivo policial) para saquear bancos e carros-fortes. As a��es, bastante violentas, terminavam em tiroteios e mortes de policiais e civis inocentes.
 
O principal l�der do "novo canga�o" era Jos� Valdet�rio Benevides Carneiro, que comandou dezenas de a��es cinematogr�ficas pelo Rio Grande do Norte - ele morreu em 2003 durante um confronto com a pol�cia.

Nas ra�zes do canga�o original, que consagrou figuras como Lampi�o na hist�ria do pa�s, tamb�m estava um elemento de revolta contra o coronelismo, o descaso do poder p�blico e as injusti�a sociais no Nordeste. Apesar de terem deixado um rastro de morte e terror em v�rias cidades, eram vistos por parte da popula��o, como her�is.

Varginha


"Posso adiantar que essa � a maior opera��o referente ao novo canga�o no pa�s. Muitos infratores fariam um roubo a banco, provavelmente na data de amanh� ou hoje, e foram surpreendidos pelo nosso servi�o de intelig�ncia integrado com a PRF. Foi uma a��o conjunta que resultou na apreens�o de um grande armamento, al�m de explosivos e coletes � prova de bala que eram utilizados por esses infratores", disse, em v�deo divulgado pela corpora��o em rede social.

Conforme a PM, os criminosos reagiram ao cerco e atacaram os policiais. Na primeira ch�cara, foram mortos 18 suspeitos, enquanto outros sete foram atingidos mortalmente na segunda propriedade.

Em nota, a PRF informou que "a quadrilha possu�a um verdadeiro arsenal de guerra, sendo apreendidos fuzis, metralhadora ponto 50, explosivos e coletes � prova de bala, al�m de ve�culos roubados". Os criminosos dispunham de grande quantidade de "miguelitos", pregos retorcidos usados para furar os pneus das viaturas policiais em caso de persegui��o.

O tenente-coronel Fl�vio Santiago, do setor de comunica��o da PM de Minas Gerais, disse que a inten��o era prender os dois grupos de criminosos, mas houve rea��o. Como os policiais ocupavam uma posi��o privilegiada, nenhum deles ficou ferido.

"Nossos policiais correram muito risco, pois eles tinham uma arma de calibre ponto 50, usada pelas For�as Armadas e muita muni��o. Foi uma a��o de intelig�ncia que permitiu que nos antecip�ssemos aos criminosos para tomar esse arsenal", disse. At� o final da manh�, a Pol�cia Civil ainda n�o tinha os n�meros finais da opera��o. (Com BBC News e Estad�o Conte�do)


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