
Segundo o m�dico legista Marcelo Mari, chefe da per�cia do IML, os trabalhos de identifica��o tiveram in�cio �s 20h de domingo. “Trabalhamos incessantemente at� as 6h20 desta segunda (1º/11), quando demos uma parada para um caf�, e retornamos �s 7h. S� vamos parar quando terminarmos o �ltimo corpo”, disse o profissional, em entrevista coletiva, na manh� desta segunda-feira.
Segundo o assessor da dire��o do IML, Jos� Roberto Rezende Costa, no total, 200 pessoas est�o convocadas para os trabalhos de identifica��o. "De imediato, quando tomamos conhecimento do caso, foram convocados 50 profissionais, que vieram imediatamente para o IML. Outros 150 foram colocados de sobreaviso", explicou. No trabalho direto de identifica��o participam 10 legistas, sendo um radiologista, e cinco peritos.
S�o diversas as fun��es dos convocados, segundo ele. "Temos aqui 10 m�dicos legistas e cinco peritos. Mas al�m deles, participam dos trabalhos papiloscopistas, investigadores, escriv�es, trabalhadores do servi�o social, dos servi�os gerais e da administra��o. Todos est�o envolvidos nesse trabalho de identifica��o."
Marcelo Mari explica que os trabalhos s�o feitos a partir da coleta de sangue e material de cada corpo. "A partir do exame de DNA, o resultado � inserido num banco nacional de dados, que disp�e de informa��es de criminosos de todo o pa�s. A partir do sangue e da pele, temos o perfil gen�tico de cada corpo."
Tatiana Teles, Secret�ria Executiva da Secretaria de Justi�a de Minas Gerais, explica como funciona o processo de tentativa de identifica��o. "Nesse banco nacional de dados est�o inseridos dados de todos os crimes ocorridos no pa�s, onde tenham sido encontrados vest�gios que permitam detectar o DNA. Isso permite que encontremos o que chamamos de dados coincidentes, e assim, chegar � identifica��o."
Como identificar
Existem, hoje, quatro m�todos, segundo o Marcelo Mari, que possibilitam a identifica��o. S�o as t�cnicas de papiloscopia, que permite a identifica��o atrav�s das impress�es digitais. O segundo m�todo � o da arcada dent�ria, no qual � feita a identifica��o pela mordida. Nesse caso, no entanto, o IML depende de um dentista que tinha aquela pessoa como paciente.
O terceiro m�todo � conhecido por Antropologia Forense, quando se re�nem particularidades dos corpos, tais como tatuagem, pr�tese, cirurgias e deformidades �sseas. O quarto m�todo � o exame de DNA, que � o mais usado atualmente.
Informa��es
Nas �ltimas 36 horas, o IML recebeu uma s�rie de telefonemas de pessoas de S�o Paulo, Bras�lia, Tri�ngulo Mineiro, Goi�s e Rond�nia, solicitando informa��es sobre os corpos dos mortos na opera��o em Varginha.
Isso leva as pol�cias Federal e Civil a suspeitar que os 26 mortos possam ser identificados a partir dessas consultas. Os n�meros ficam gravados e, assim, poder�o chegar aos que procuravam informa��es, o que pode ajudar na identifica��o de corpos.
A Pol�cia Civil trabalha, tamb�m, com alguns documentos encontrados nos dois s�tios onde aconteceram os tiroteios e os criminosos foram mortos. A suspeita maior � que os documentos sejam falsos, mas h� a possibilidade de que um ou outro sejam verdadeiros.
S�o fortes os ind�cios de que os 26 mortos estejam, tamb�m, envolvidos nos crimes do novo canga�o em Ara�atuba (SP), Crici�ma (SC) e Uberaba.
Pedidos
Jos� Roberto faz ainda uma solicita��o, pedindo ajuda de pessoas que possam reconhecer os mortos. "Precisamos que nos enviem, ou tragam ao IML, fotos de seus entes e, se poss�vel, que mostrem os dentes, ou mesmo que se disponham a prestar depoimento." O IML fica na na Rua Nicias Continentino, 1.291, Bairro Nova Gameleira, zona oeste de Belo Horizonte.