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Estado de Minas Feminic�dio

Policial militar aposentado, acusado de assassinar ex-mulher, � preso

V�tima teria sido agredida, sofrendo fraturas, por 32 anos, at� que decidiu pedir o div�rcio, o que n�o foi aceito pelo homem


08/11/2021 13:27 - atualizado 08/11/2021 16:10

As delegadas Letícia Gamboge e Ingrid Estevam
As delegadas Let�cia Gamboge e Ingrid Estevam trabalharam nas investiga��es que levaram � pris�o o policial militar aposentado (foto: PCMG)

Est� preso o policial militar reformado, de 52 anos, acusado de ter assassinado a mulher, de 50 anos, em 8 de outubro deste ano, por n�o aceitar o fim do relacionamento entre eles. O crime ocorreu no Bairro Mariano de Abreu, na Regi�o Leste de Belo Horizonte. As investiga��es mostraram, ainda, que a mulher foi v�tima de viol�ncia, pelo marido, por 22 anos. A investiga��o, feita pela Pol�cia Civil, teve participa��o ativa da Corregedoria da Pol�cia Militar.


A motiva��o para o crime, segundo apontaram as investiga��es, teria sido o fato de a mulher, cansada de apanhar por 32 anos, decidiu divorciar-se do marido, sendo que durante todo o tempo em que estiveram separados, o homem tentou por diversas vezes reatar o relacionamento.


“Nesse caso, assim como todos os outros com hist�rico de viol�ncia dom�stica, a v�tima j� vivenciava um ciclo de viol�ncia”, diz a chefe do Departamento Estadual de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), delegada Let�cia Gamboge.


Segundo ela, na noite do dia 8, o suspeito, utilizando-se de uma arma de fogo, desferiu disparos, todos, no rosto da v�tima. “A inten��o era de menosprezo, humilha��o e desfigura��o da v�tima”.


Provas da viol�ncia


A delegada Ingrid Estevam, que tamb�m participou das investiga��es, conta que “a v�tima guardou em arquivos pessoais fotos das marcas das agress�es que a v�tima sofria por parte do ex-marido. Ela j� teve o maxilar quebrado e tamb�m guardou um chuma�o de cabelo que, em alguma briga, o homem arrancou de sua cabe�a. Ela guardou como forma de demonstrar as agress�es que ela vivia com esse indiv�duo”.


A filha do suspeito, atualmente com 28 anos, intervinha nas agress�es sofridas pela m�e, motivo pelo qual tamb�m era agredida, segundo a delegada Ingrid, que conta que os dois filhos do casal cresceram vendo a m�e sofrer viol�ncias por parte do pai, assim como a neta deles, de 13 anos.


“A v�tima fez in�meros registros na pol�cia, relatando as agress�es, mas a fam�lia do suspeito sempre tentava uma reconcilia��o, desacreditando as v�timas, tanto a m�e quanto a filha”, afirma Ingrid.


Levantamentos realizados pela Pol�cia Civil d�o conta de que ap�s anos de viol�ncia dom�stica, a v�tima teria decidido terminar o relacionamento e pediu o div�rcio. Nos primeiros meses, o casal permaneceu morando na mesma casa.


Mas em 17 de junho, depois que o marido tentou estrangular a mulher enquanto dormia, ela procurou a Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher (Deam) para registrar ocorr�ncia e solicitar medida protetiva e, a partir da�, passaram a viver em locais diferentes. 


Em setembro, depois de insistentes pedidos do suspeito e de familiares, a mulher pediu a revoga��o da ordem judicial.


Em 4 de outubro, o militar reformado tentou, mais uma vez, agredir a v�tima e voltou a amea��-la, motivo pelo qual, um dia antes de ser morta, em 7 de outubro, retornou � Deam para solicitar mais uma vez a medida protetiva de urg�ncia, a qual n�o houve tempo h�bil de ser expedida.


Segundo informa��es policiais, no dia do crime, por volta das 22h, o suspeito teria entrado na casa, ido em dire��o � mulher, quando descarregou a arma, um rev�lver calibre 38, contra o rosto da v�tima, fugindo em seguida.


Ci�mes


Nas apura��es, os policiais descobriram, segundo a delegada Ingrid, que o estopim para o crime teria sido o coment�rio de um homem em uma publica��o da v�tima nas redes sociais. A vida da mulher era monitorada pelo acusado, que viu um coment�rio, de outro homem, e n�o gostou. Ele ainda teria tentado descobrir quem seria tal pessoa. N�o se sabe, no entanto, com que inten��o.


Testemunhas contaram, ainda, aos policiais, que durante o processo de separa��o, a v�tima vivia em clima de tens�o. Ela fazia confid�ncias, principalmente a familiares, contando sobre sua rotina e, que estava e dormindo com a porta do quarto trancada. “Ela colocava objetos atr�s da porta para dificultar a entrada do ex-marido”, contam os policiais.


Antes de deixar a casa, o acusado teria, inclusive, segundo a delegada, expulsar a filha e a neta do im�vel, com o objetivo de deixar a ex-mulher ainda mais vulner�vel.


 


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