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Estado de Minas BELO HORIZONTE

'Conta n�o fecha': empresas de �nibus veem 'colapso', e sindicato rebate

Ap�s suspens�o de movimento grevista de BH nesta ter�a (23/11), negocia��es devem ocorrer para encontrar sa�da e encerrar impasse entre patr�es e trabalhadores


23/11/2021 20:19 - atualizado 23/11/2021 20:37

Passageiros esperam por ônibus em ponto do Centro de Belo Horizonte
Afetados por greve, passageiros se aglomeraram em pontos de �nibus de BH (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
As conversas entre representantes das empresas de �nibus de Belo Horizonte e dos trabalhadores do transporte coletivo t�m sido permeadas por diverg�ncias. Apesar da suspens�o do movimento grevista nesta ter�a-feira (23/11), a categoria promete continuar reivindicando o aumento salarial. Pelo lado patronal, por�m, a percep��o � que o sistema est� em "colapso" financeiro.

C�lculos do Sindicato das Empresas de Transporte P�blico de Belo Horizonte (Setra-BH) apontam que, em outubro deste ano, a receita bruta das via��es foi de R$ 64 milh�es, ante gasto de R$ 62 milh�es com itens como folha de pagamento e combust�vel.

"Sobram apenas R$ 2 milh�es para fazer compras, pagamentos, financiamentos dos �nibus, manuten��o dos ve�culos, impostos e tudo mais. A conta n�o fecha", diz o presidente da entidade, Raul Lycurgo, em entrevista ao Estado de Minas.

O dirigente garante que, durante as tratativas com os profissionais do transporte, discutiu a impossibilidade de apresentar propostas para melhorar as remunera��es. Segundo ele, o impasse precisa de tempo para ser resolvido. 

"O sistema est� em colapso. Colapso econ�mico e financeiro. E n�o sou eu que est� falando. S�o os dados", afirma.

O contrato entre as concession�rias e a Empresa de Transporte e Tr�nsito de Belo Horizonte (BHTrans), firmado em 2008, � alvo de cr�ticas.

Enquanto as empresas defendem a repactua��o dos termos, o Sindicato dos Trabalhadores Rodovi�rios de Belo Horizonte (STTR-BH) defende que o passivo n�o pode ser repassado aos motoristas. O acordo foi, inclusive, alvo de Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que correu na C�mara Municipal.

"A categoria j� fez a parte dela e cedeu no passado, aceitando reajuste zero, perdas de benef�cio e at� parcelamento do 13º sal�rio. Essa � uma discuss�o que compete somente as empresas e o poder concedente. A classe trabalhadora exige apenas aquilo que entendemos que � de direito", diz a nota enviada pelo STTR-BH � reportagem.

Empres�rios falam em opera��o deficit�ria


De acordo com o Setra-BH, os gastos com pessoal foram de cerca de R$ 35 milh�es no m�s passado; o diesel, por sua vez, "mordeu" outros R$ 27 milh�es. Para as contas, s�o considerados 20 milh�es de passageiros transportados a uma tarifa m�dia de R$ 3,20 - isso, porque embora a passagem seja R$ 4,50, h� gratuidades legais.

"Precisamos achar uma solu��o. E, obviamente, em uma mesa, com o Minist�rio P�blico, o poder Judici�rio, a BHTrans e os trabalhadores, que s�o, sim, prejudicados, por essa infla��o descontrolada, que tamb�m nos afeta. O diesel aumentou 65%", pontua Lycurgo. "A gente vai, sim, conseguir chegar a uma sa�da. O transporte precisa e a sociedade de Belo Horizonte tamb�m", completa o dirigente.

Por�m, o presidente do sindicato dos rodovi�rios, Paulo C�sar da Silva rebate o patronal. "Da mesma forma que est�o falando que o contrato est� sendo descumprido, (as empresas) est�o descumprindo conosco ao n�o oferecer reajuste", diz.

Motoristas cobram nova rodada de conversas


A suspens�o do movimento grevista foi solicitada pelo desembargador Fernando Luiz Gon�alves Rios Neto, durante audi�ncia mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em contrapartida, as empresas de �nibus devem apresentar uma proposta � classe trabalhadora at� esta sexta-feira (26/11).

"Dos patr�es, esperamos apenas respeito e �tica no retorno das negocia��es, caso contr�rio, a greve ser� mantida como forma de preservar e garantir os direitos da categoria", pedem os profissionais.

O movimento, constru�do ainda na semana passada, foi iniciado nas primeiras horas de segunda-feira (22).
"Falando a linguagem do trabalhador: n�o tenho responsabilidade sobre o que negociam, (como) contratos e reajustes tarif�rios. O importante � que o sindicato briga pelo reajuste da data-base do trabalhador", pontua Paulo C�sar da Silva.


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